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Diário das Sessões do Senado

terior de Portugal, em que se tratou das relaçdes comerciais com a França, a Alemanha e a Espanha, à correspondência relativa aos acordos comerciais com :t França, a Bélgica e a Noruega, à Conferência, Internacional, em que se tratou da revisão do regime estabelecido pelos Actos Gerais de Berlim e de Bruxelas, às negociações que precederam a publicação da carta pontifícia dirigida por Sua Santidade aos bispos portugueses e aos outros assuntos tratados cora a Santa Sé, à questão do Macau, à questão dos pescadores portugueses no Brasil, à primeira fase da questão das quedas de água do Douro, à visita de Suas Majestades os Reis dos Belgas, às questões dos foMatos e do arroz espanhol, etc. E o seu espirito de justiça reconhecerá,-sem estorço, com prazer certamente, que o Ministro dos Negócios Estrangeiros, derr.ibado pela queda do gabinete António Granjo, trabalhou sempre com dedicação, honeL--tidade e vontade de acertar, quer no que diz respeito aos negócios políticos, quer no tocante às questões comerciais da sua pasta.

^ Apreensões sobre a situação internacional? Nada há, felizmente, que possa justificá-las, e o mais recente indicador desta segurança é o apoio da Inglaterra e da França à iniciativa do presidente da Delegação Portuguesa na Conferência de Genebra, quanto à composição do Conselho Executivo da Sociedade das Nações. O Ministro que fechou a sua gí-réncia dando á República os dias consoladores de Londres — como consagração da política externa que anunciara nos programas dos governos a que pertenceu — deixa ao seu ilustre sucessor uma situação externa desafogada e digna, com a aliança- inglesa confirmada, solenemente, da mais impressiva maneira, na data histórica de 5 de Outubro, e com as instituições honradas por homenagens de excepcional apreço, como foram as que s:? traduziram nas visitas oficiais de doía Chefes de Estado.

Essa situação só a poderíamos perder, pela nossa loucura, se porventura sacrificássemos c. paz interna a desvarios de qurjquer espécie. Mas uma cousa hú que, sem a perder, a prejudica seriamente. -^ essa é a instabilidade governamental, caceio da Repúbbca.

Com aquela parcela de autoridade que me dá, bôbre o assunto, a situação especial que ocupei, afirmo ao meu país que a instabiLdade governamental náo é coni-pativel com o prestígio externo de que a República carece para manter à devida altura a sua vida de relação.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior (Liberato .Pinto):—Sr. Presidente: pedi a palavra para agradecer ao ilustre Senador Sr. Melo Barreto as elogiosas palavras que me dirigiu e para repetir mais uma vez nesta Câmara que uiLÍto grato estou a, todos os que me dirigiram palavras amáveis.

Eu tive ocasião de apreciar as qualidades de competência do ilustro Senador Sr. Melo Barreto no alto cargo que desempenhava de Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Acerca das considerações que o mesmo ilustre Senador fez sobre assuntos importantes, principalmente a propaganda e defesa da República, o Governo da minha presidôucia, concordando com a opinião de S. Ex.a, irá tratar com o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, a fim de que se possam executar em curto prazo de tempe.

Tenho dito.

O Sr. Presidente:, — São horas de *e entrar na ordem do cia. Estão inscritos vários Srs". Senadores para usarem da palavra, e o Sr. Bernardiuo Machado pediu para fazer uso da palavra com prejuízo da ordem do dia.

Os Srs. Senadores que aprovam queiram levantar-se.

Foi aprovado.

O Sr. Bernardino Machado :— Sr. Presidente : tive a maior satisfação em ouvir o ilustro Senador que acabou de falar, e creio ruo esta satisfação foi geral no Senado.

Se S. Ex." não ostâ nas cadeiras do Ministério, está nas do Senado, e eu congratule-me por isso.