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d# 7 de Dezemlro de 1920

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ram para a Sociedade das Nações, eu em resposta àá preguutas de S. Ex.a disse e não o disse impensadamente, porque não costumo, principalmeute exercendo funções ministeriais, empregar palavras que não tenham o seu peso, ou significação. que o Governo Português tinha fundadas razoes.

Eu disse a S. £x.a que o Governo Português tinha fundadas razões para acreditar que em breve Portugal estaria no Conselho da Liga das Nações.

Estas palavras tenho ainda o prazer de as confiar uar, e para mim sorá um grande consolo de consciência a certeza de que o actual Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros está também habilitado a ter sobre o assunto a mesma opinião.

Resta me, Sr. Presidente, lembrar a .V. Ex.a que também tive a honra de ino referir, eui seguida à resposta que dei ao Sr. Beruardino Machado, a um lacto de essencial importância, como o da questão de mandatos.

Sobre este assunto, foram trocadas algumas impressões entre mim e S. Ex.a

Creia V. Ex.a que esse assunto, como de resto todos os outros, não deixará de ser atendido pela delegação portuguesa que está absolutamente esclarecida sobre o assunto.

Todo o Senado sobre esse assunto terá prazer em ver que os seus esforços cor-poadem à autoridade moral do Sr. Ber-nardino Machado.

Disse.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros (Domingos Pereira): — Sr. Presidente: é com a maior satisfação que declaro a V. Ex.a e ao Senado que me associo à proposta de saudação apresentada pelo Sr. Bernardino Machado e apraz-me para declarar que são realmente bem fundadas as esperanças expressas há pouco pelo Sr. Bernardino Machado.

Ainda S. Ex.a há pouco disse que Portugal tinha na Sociedade das Nações a fôrça toda para que o nosso país fosse reconhecido de que efectivamente devia ter no Conselho Administrativo da Sociedade das Nações a sua representação.

Os esforços feitos pelos nossos delegados junto dossa As&emblea, a voz patriótica que nela se tem erguido em defesa

não só dos nossos direitos, mas dos direitos de todas as nações pequenas, a forma como as palavras do Sr. Afonso Costa foram aclamadas por aquela assern-blea e até pelos representantes das grandes potências que foram saudá-lo fazendo alguns deles a expressa atírmação de que o ponto de vista defendido pelo Sr. Afonso Costa era justo e estava de acordo com a índole da Assemblea e a intenção dos aliados ao entrarem na guerra, dão--nos a garantia de que iremos ter nesse Conselho a representação a que temos direito.

E posta a votação a proposfa do Sr. Bernardino l f achado.

Proposta

Proponho que o Senado saúde a Conferência das Nações, reunida em Genebra, exprimindo lhe todas as esperanças que deposita no alto espírito democrático das suas deliberações. E que esta saudação lhe seja transmitida pelo chefe da Delegação Portuguesa. — Bernardino Machado.

Aprovada por unanimidade.

O Sr. Dias de Andrade:—Pedi a palavra para dar conhecimento a V. Ex.a e ao Senado de um telegrama que recebi dos oficiais de justiça da comarca de Porto de Mós acerca da proposta de lei que melhora a sua situação material.

Estou certo de que o Senado tomará em consideração o que pedem aqueles oficiais de justiça.

O Sr. Soveral Rodrigues: —Mando para a Mesa um projecto de lei que auto.riza o Governo a conceder o tíronze necessário para um busto do malogrado coronel António Marja Baptista que a Câmara Municipal do Beja deseja colocar numa das praças daquela cidade.

Justificando este projecto não me alongo em considerações, apenas direi que aquele heróico soldado da Flandres foi, num dado momento o mantenedor da ordem pública entre nós.