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Diário das Sessões ao Senado

eleitos para fazer parte dessa comissão, como, de resto, o foram todos os oficiais de marinha, membros do Parlamento.

Por motivo de serviço não pude tomar parte nas diversas reuniões da comissão, a não ser numa, em que verifiquei — e q.uero deixar bem expressa esta nota — que ali se tratava exclusivamente de assuntos técnicos, não percebendo o mais pequeno indício dos seus membros se ocuparem de política. Vi isso, Sr. Presidente, e vi com muita satisfação.

Terminado o estudo, resolveu a comissão apresentar a S. Ex.a o Ministro algumas conclusões de trabalhos já realizados, para o que foi lembrado pedir uma audiência ao Ministro, audiência que foi concedida.

S. Ex.a o Ministro recebeu muito amavelmente a comissão, segundo me conste., e disse-lhe que concordava abertamente com os pontos de vista que lhe tinham sido expostos, e, em vista disso, os oficiais que compunham a comissão ficaram satisfeitíssimos, por ouvirem declarar ao Ministro que ia pôr em execução essas medidas, não sucedendo como na maioria dos casos, em que os ministros recebem as pessoas que os procuram, com toda a amabilidade, e guardam os papéis que lhes entregam, dizendo que o assunto lhes vai merecer toda a sua atenção.

No entretanto, a comissão continuava com os seus trabalhos e pedia a convocação de uma assembléa geral para comunicar o modo como tinha sido recebida e as esperanças de que estava animada de que o Ministro muito faria pelo engrandecimento da marinha.

,Eis que, poucos dias depois, aparec9 publicado no Diário do Governo um decreto que era exactamente contrário a uma das conclusões d'a comissão, a um dos pontos com que S. Ex.a o Ministro tinha concordado.

Estava o Ministro da Marinha no seu pleno direito de pôr em excecuçâo uma medida contrária, ou não, a uma simples indicação dos oficiais, porque é preciso colocar as questões no seu verdadeiro pé, mas ocorre perguntar: ^era essa medida apontada pelos técnicos como a mais conveniente ? <_:_ a='a' resolver='resolver' competentes='competentes' ou='ou' tinha='tinha' pô-la='pô-la' execução='execução' em='em' feito='feito' do='do' levá-lo='levá-lo' pelo='pelo' saído='saído' o='o' p='p' pessoas='pessoas' por='por' ministro='ministro' para='para' menos='menos' ela='ela' estudo='estudo'>

Nada disso se tinha dado, porquanto a medida posta em execução não fora proposta pelas entidades competentes, nem mesmo o pessoal superior do Ministério da Marinha tivera conhecimento dela senão depois da sua publicação na folha oficial.

Infelizmente, porém, todas as medidas nem sempre agradam àqueles a quem interessam, e por isso é que é mester que exista superiormente o critério suficiente para verificar quem são as pessoas competentes que podem orientar as questões, como estas de instrução.

Mas, como disse, essa indicação dos oficiais podia ser contrariada pelas repartições competentes, ou pelos almirantes.

O Sr. Presidente: — Previno o orador de que já decorreu o tempo para cada orador, fazer uso da palavra.

Vozes: — Fale, fale.

O Sr. Presidente: —Pode V. Ex.a continuar, em vista da manifestação da Câmara.

O Orador; — Agradeço à Câmara a concessão que me acaba de fazer. ' ;'

Podia a indicação da comissão ser contrariada pelas repartições competentes, ou pelos almirantes, mas tal não sucedeu, antes ela foi contrária ao que já tinha sido reconhecido como mais vantajoso, que era educar, as praças fora do meio buliçoso da cidade.