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Sessão de 17 de Fevereiro de 192í

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Só a mais desatinada paixão política poderia, nestas circunstâncias, atribuir--me o malogro da operação. A Comissão de Inquérito apurará, porém, todas as responsabilidadcs e eu acatarei devidamente o seu veredictum.

Seja-me, porém, lícito pedir aos homens de bom que a constituem, que resolvam rapidamente, para que se ponha um tôrmo à mais desaforada perseguição que jamais se haja movido contra um homem público, pretendendo-se até enxovalhá-lo na sua honra. Ah! bem sei quo se tem declarado quo a minha honorabilidade não estava em jogo. Mas a verdade ó que, nessas hipócritas declarações, eu vi sempre a assinatura de D. JBasílio.

Sr. Presidente: ôste episódio é característico da desgraçada fase política que estamos atravessando. Não me magoa ôle, nem me visa pessoalmente, porque as provas de simpatia e afecto que tenho recebido me compensam largamente da amargura sofrida. Não é sobro mini que recaem as censuras e a indignação da opinião pública, mas sobre os autores da manobra. Doe-me, porém, que a República sofra no seu prestígio e na sua autoridade, porque nas mais elevadas re-grõos da administração pública se calquem aos pés as leis, se desprezem as fórmulas dos processos o só esqueçam as normas da cortesia o do respeito e de consideração pelos volhos republicanos quo, durante tanto tempo, prestaram culto carinhoso.

Eis o que profundamente fere os meus sentimentos de velho o inflexível republicano.

O Sr. Celestino de Almeida: — Sr. Presidente: a comissão do inquérito parlamentar ao extinto Ministério dos Abastecimentos, a que tenho a honra de presidir, ao começar os seus trabalhos, resolveu não se ocupar publicamente dos assuntos que lhe haviam sido entregues senão no relatório que apresentassea o Congresso; assim tem feito e assim teria feito até ao final, simplesmente neste momento, e só por uma questão de justificação de factos me permito sair deste campo.

Sr. Presidente: como elucidação ao que acaba de dizer o Sr. Augusto de Vasconcelos, eu não tenho dúvida em comu-

nicar a V. Ex.a e ao Senado, porque ó um facto que tinha impressionado a comissão, que, tendo-se pedido para Madrid, a 27 do mês passado, ao nosso ministro, para que nos enviasse com urgência um certo documento, só entrasse na comissão no dia 10 deste mês, quere dizer, '14 dias depois.

Isto justifica-se agora, pelos motivos apresentados pelo Sr. Augusto de Vasconcelos.

A comissão estranha este facto, e devo dizer ainda que a comissão o último elemento de informação que esperava receber era exactamente aquele que tinha pedido quo viesse de Madrid.

O orador não reviu.

O Sr. Catanho de Meneses: — Sr. Presidente: pedi a palavra para mandar para a Mesa o parecer da comissão do legislação à proposta n.° 6õl, vinda da Câmara dos Senhores Deputados, pedindo para ele dispensa de impressão, visto tratar-se de matéria de muita simplicidade.

O Sr. Vasco Marques: —Sr. Presidente: pedi a palavra apenas para mandar para 'a Mesa um projecto de lei por mini relatado.

O Sr. Presidente:—O Sr. Catanho do Meneses requero que seja dispensada a impressão do parecer à proposta n.° 651, vinda da outra Câmara.

O Sr. Pais Gomes (sobre o modo de votar}:— Sr. Presidente: nenhuma dúvida teria do votar o requerimento a que V. Ex.a se acaba de referir, mas julgo que os pareceres são elementos de apreciação- para o Senado e o que está na Mesa só poderá ser conhecido dos Srs. Senadores, indo todos lê-lo lá. Ora, isso não é fácil.

O Sr. Augusto de Vasconcelos (sobre o modo de votarj:—Sr. Presidente: tenho a .declarar que os Senadores do Partido Republicano Liberal se oporão por todas as formas à discussão % desse projecto, visto não concordarem com tal fornia devotar.