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Sessão de 17 de Fevereiro de 1921

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grado coronel António Maria Baptista, ilustre filho daquela cidade.

Art. 2.° Fica revogada a legislação em contrário.

Sala das Sessões do Senado, 7 de Dezembro de 1920.— 8overai Rodrigues.

Senhores Senadores. — A vossa comissão de guerra foi presente o projecto de lei n.° 689, da iniciativa do nosso ilustre colega o Sr. Senador Soveral Kodrigues.

Não julga esta comissão que possa haver dúvida da parte de V. Ex.as na aprovação da proposta, que visa a homenagear aquele que foi uni dedicado republicano, cidadão ilustre e patriota insigne, o coronel António Maria Baptista.

A câmara municipal de Beja deseja perpetuar a sua memória erigindo um monumento modesto numa das suas praças, e a vossa comissão de guerra aprova com entusiasmo tal iniciativa.

Sala das sessões da comissão de guerra, 14 de Dezembro de 1920.— Abel Hipôlito — Raimundo Meira — Artur Oclá-vio Rego Chagas, relator.

Senhores Senadores,—A vossa comissão de finanças, à qual foi presente o projecto de lei n.° 689, da iniciativa do Sr. Senador Ezequiel de Soveral Rodrigues, autorizando o Governo a conceder à câmara municipal de Beja o bronze para a fundição do busto do coronel António Maria Baptista, é de parecer que esta justa homenagem àquele grande patriota deve ser aprovada, nada tendo a opor.

Sala das sessões da comissão de finanças, em Janeiro de 1921. — Herculano Jorge Galhardo — Celestino de Almeida— Júlio Ribeiro — Constando de Oliveira — Ernesto Júlio Navarro, relator.

O Sr. Soveral Rodrigues (sobre a ordem] : — Sr. Presidente: eu não farei agravo nem injúria ao patriotismo dos ilustres membros desta Casa propondo-me a demonstrar a razão e justiça deste projecto de lei, porque tenho a certeza de que na memória de todos está ainda bem funda e patente a lembrança dos altos serviços prestados per este benemérito cidadão que se bateu nas plagas africanas em defesa do património nacional, que se bateu nos campos de Flandres pela defesa da liberdade e do direito, e que su-

biu a encosta de Monsanto no dia em que a Eepública estava em perigo.

Eu não insistirei nem me referirei à grave injustiça dos homens para com este ilustre coronel do exército. Limitar-me hei, Sr. Presidente, a dizer à Câmara que, votando este projecto prestará justiça àquele que tam amigo era da sua pátria e que morreu servindo a Eepública.

Tenho dito.

O Sr. Afonso de Lemos: — Sr. Presidente: como Senador pelo distrito de Beja e como amigo desde infância do falecido coronel Baptista, pedi a palavra para declarar que me associo de todo o coração às palavras que acaba de proferir o nosso colega que acabou de falar e que aprovo plenamente o projecto de lei.

Tenho dito.

O Sr. Ramos Preto: — Sr. Presidente: começo por agradecer à Camará a benevolência com que acedeu ao requerimento feito pelo' nosso ilustre colega e meu amigo o Sr. Herculaeo Galhardo, adiando para hoje a discussão deste projecto, visto eu não estar presente na última sessão, porque eu desejava prestar a minha homenagem ao meu saudoso e querido Presidente do Ministério, Sr. coronel António Maria Baptista.

Evidentemente todos os ilustres membros desta Câmara que usaram da palavra com mais brilho e autoridade engrandeceriam a homenagem a prestar ao coronel Baptista; mas eu, Sr. Presidente, sentir-me hia mal com a minha consciência, apoucar-se hiam os meus sentimentos de graditão, desmereceriam os meus sentimentos de amizade se não viesse a este lugar para dizer que voto esse projecto.

O projecto, Sr. Presidente, fala à minha alma, porque evoca a memória de um homem por quem tive a maior estima, o maior respeito a mais sincera amisade. Este projecto, Sr. Presidente, se em muito pode exaltar o nome ilustre do coronel Baptista, e perpetua a sua memória mais se honrará votando o mesmo projecto a que os conterrâneos do ilustre morto imprimiram uma nota de carinhoso afecto.