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Sessão de 15 de Marzo de 1921

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de estarmos a viver num regime de duodécimos, assacou a responsabilidade desse facto à fraqueza dos Governos.

Hoje, que S. Ex.a é Presidente do Ministério, confio bem que, com a sua proverbial energia, .conseguirá que entremos finalmente na normalidade da vida financeira, o que os Ministérios transactos não conseguiram, por fraqueza, como S. Ex.a disse num dos seus eloquentes e vibrantes discursos, nesta casa do Parlamento.

O Sr. Presidente: — O Sr. Ministro da Marinha acaba demo informar, por ofício que me dirigiu, que o navio que conduz o Soldado Desconhecido chega amanhã o que o embarque no cruzador Carvalho Ai-aiijo se realiza no Arsenal da Marinha, às 11 horas.

Proponho que se nomeie uma deputarão para acompanhar o cadáver do Soldado Desconhecido. Caso o Senado aprove esta proposta, nomeio para fazer parte da deputação, além da Mesa, os Sr. :s

"Alfredo Rodrigues Gaspar.

Jorge F. Velez Caroço,

Luís I. Ramos Pereira.

Francisco Dias Pereira.

Amaro de Azevedo Gomes-

Abel Hipólito.

.Ricardo Pais Gomes,

Sousa e Faro.

Abílio S o eiró. tó

Travassos Valdês.

O Sr. Presidente do Ministério, Ministro do Interior e interino da Agricultura (Ber-uanimo Machado): — Sr. Presidente : tenho a honra, como Chefe do Governo, de reiterar a V. Ex.a os protestos de consagração que incessantemente lhe têm dirigido aqueles que do Governo fazem parte.

A todos os Srs. Senadores agradeço as cativantes pahivras que se dignaram dirigir ao Ministério, aos meus colegas e a mini.

Como na Câmara dos Deputados, podo dizer-se que a declaração ministerial não foi impugnada; pelo contrário, quási não houve propósito algum inserido nessa der claração que não tivesse aqui palavras de apoio e aplauso.

Está. claro que o Governo quere cumprir os seus deveres constitucionais e não poderei nunca esquecer que um dos pri-

meiros ó promover a discussão e votação do Orçamento. Disse-o muitas vezes aqui como Senador e nEo o poderei esquecer como Chefe do Governo. Contamos com o Parlamento para que cesso essa situação, que é tudo o que há de mais anómalo na vida constitucional.

Assim respondo c^s palavras do último orador e meu antigo amigo.

Um dos dignos Senadores notou quô fossem talvez ténues as nossas expressões acerca da actual situação das finanças portuguesas.

Sr. Presidente: o Governo não precisava de carregar os traços negros, porj que esta situação como se diz na declaração ministerial é mais do que difícil, é assombranto, mas o Governo está con-e vencido de que com os recursos materiais morais que temos, havemos de encontrar solução para o gravíssimo problema que hoje impende sobre a sociedade portuguesa.

Não temos optimismos, não estamos efectivamente a esbater as cores, é preciso um grande estorço, mas estamos cer-tos que este esforço se há-de dar sobretudo nos membros do Parlamento, associando-se ao Governo para que as suas iniciativas não fiquem suspensas.

Eu conto que em uma e outra Câmaras, como tantas vezes tenho dito, todos os republicanos se associem nas comissões, porquanto o Governo espera dentro em poucos dias apresentar à Câmara dos Deputados todas as propostas já preparadas para o estudo das comissões, a fim de se resolver quanto possível esta situação, não direi trágica, mas difícil das finanças públicas.

Outros Srs. Senadores se ocuparam, da questão do fomento, e outros acerca de tratados do comércio; eu devo dizer que o Governo está no firme propósito de rea* lizar esses tratados a que temos direito como nação, porque conquistámos esses direitos pelo sangue do nosso povo.

Falon-se aqui também na defesa da.s nossas marcas regionais; devo dizer também que puz em execução essa medida.

Fui eu que cm 1910 negociei o modus vivendi.