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Diário das Sessões do Senado

contra ele. e a prova de que a razão estí do meu lado vê-se n?.s revelares verdadeiramente sensacionais que G Sr. Hersu-lano Galhardo acaba de produzir perante o Parlamento do seu país.

Não cabe a responsabilidade ao Senado do regime em que temos vivido, perfeitamente anárquico, mas faço um apelo para que Gle não tique com a responsabilidade moral de consentir que tal regime continue.

O Sr. Silva Barreto:—Eu entendo que a responsabilidade é tanto da Câmara dos Deputados como do Senado, porque nadí: nos impe.ie de começarmos a estudar e discutir os orçamentos. £ Porque o Dão fazemos"?

O Orador: — A sessão legislativa deve .terminar no próximo dia 2 de Abril, mas ouço dizer que o Parlamento votanl uirui prorrogação.

Por outro lado vejo nos jornais que vá-haver férhis parlamentares.

Afigura-se-me que isto não faz sentido. Na ocasião em que o Parlamento tem absoluta necessidade de trabalhar, e tanto que vai voto* uma prorrogação, declara não trabalhar durante 15 dias.

Devemos contribuir por todas as formas para que não haja férias a pretexto das festas da Páscoa.

É indispensável que o Parlamento trzt-balhe, e desde já dou a minha adesão ;io alvitre do Sr. Silva Barreto para que o Senado oficiosamente comece a examinar os orçamentos, a exemplo do oue ±Vz o Senado Francês, que começou examinando nas suas comissões o orçamento apresentado na Câmara dos Deputados.

Eram c-írt&s as considerações que desejava fazer, dando o meu voto à proposta do Sr. Herculano Galhardo, relativamente à próxima discussão do duodécimo.

O Sr. Celestino de Almeida:—Por mais duma vez me tenho revoltado contra o sistema usado de se não discutirem os orçamentos.

Eu declarei já que apresentaria uma proposta para que o Senado tomasse a iniciativa na discussão dos orçamentos.

Vou mandar para a Mesa uma, proposta nesse sentido, que é um pouco longa na sua justificação, mas procura dar remédio a um mal que já vem de longe.

Onça V. Ex.a, Sr. Presidente, e ouça o Senado:

Proposta

Proponho ao Senado que resolva: que a comissão do Orçamento entre na imediata apreciação da proposta de lei orçamental de receitas e despesas do Estado para 1921-1922, e bem assim das propostas de lei orçamental de 1917-1918,1918— -1919, 1919-1920 e 1920-1921, sobre as quais dará parecer que depois será apreciado pelo Senado. — Celestino de Almeida.

Peço a V. Ex.a que consulte o Senado sobre se concede a urgência para esta proposta, à fim de que seja enviada imediatamente às comissões do legislação civil e do Orçamento.

Dispensadas as formalidade* regimen-fui*, é concedida a urgência.

O Sr. Presidente: — A proposta vai ser enviada às comissões de legislação civil e do Orçamento. Vai passar-se à

ORDEM DO DIA

Continuação do debate político

O Sr. Presidente : — Tem a palavra o Sr. Dias de Andrade.

O Sr. Dias de Andrade:—Em obediência às praxes parlamentares pedi a palavra para apresentar es meus cumprimentos e as minhas saudações ao Presidente do Governo, o Sr. Bernardino Machado, que, pelos seus serviços e altas funções que tom desempenhado dentro da República, é incontestavelmente uma grande figura.

Sr. Presidente: nunca eu discuti, nem agora discuto, os homens que se sentam nas cadeiras do Poder. Aos homens que ali se sentam presto en sempre a homenagem da minha mais sincera consideração pessoal.