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Diário dai &esòôéê dó Senado

O Sr. Htírculano Galhardo e meu querido amigo já me disse que eu não podia ter outra resposta. . .

O Sr. Herculano Galhardo (interrompendo} : — O que eu afinal disse é que, mesmo que o Senado aprove este projecto, V. Ex.a não fica habilitado para as despesas.

O Orador: — E claro, é claro. Todavia, em virtude das afirmações produzidas polo Sr. Ministro da Marinha, parece-mo que não são precisos grandes prodígios para chegar-se a qualquer entendimento.

O Secado, aprovando unia cousa, está convencido de que se não poderá conseguir o fim.

Por outro lado, desde que o Sr. Ministro da Marinha considere o contrato ruinoso para o Estado eu não posso daixar de o encarar sob Ôsse ponto de vista para lhe negar também a minha aprovação.

O orçamento do Estado aprescuta-se dom UKÍ déficit pavoroso e ó preciso todo ò cuidado com as medidas que se votem pára ainda o não irom agravar mais, além do que precisamos fazer as maiores economias para o reduzir, comprimindo ias despesas públicas*.

O Sr. Presidente: — V, Ex.a tem apenas dois auttutos.

O Orador: — Se V. Ex.a me permite, eu concluo as minhas considerações e prometo desde já não me alongar.

Ia eu dizendo, Sr. Presidente,' rme é necessário reduzir as despesas, mosmo para demonstrar ao estrangeiro que nós temos capacidade para sacrifícios.

Felizmente que ainda ha muita cousa de que o Estado pode lançar mão, mas na hora própria.

Comprimir, e comprimir inexoravelmente, mas dentro daqueles justos limites que importam a uma boa administração do Estado, es em desorganizar serviços, é o que devamos fazer custe o que custar.. (Apoiados).

Eu devo dizer a V. Ex.a que se nós suprimíssimos alguns Ministérios, se reduzíssemos diversos organismos e se não fizéssemos despesas, quo embora úteis podem ser adiadas, nós tínhamos aquela garantia de crédito no estrangeiro, bem su-

perior à que temos actualmente. (Apvia-

Nós necessitamos de fazer lima operação externa para aliviarmos a nossa situação cambial, mas V. Ex.as compreendem que não é despendendo todos os dias cada vaz mais que nós nos acreditámos no estrangeiro.

Eu estou convencido de que nós temos de ir ao i-apítulo subvenções, e cortar, logo qie á melhoria dó câmbio for um facto, mas não se seguindo o princípio de que peio facto do câmbio melhorar X se deve cortar na subvenção a mesma importância de X. Não.,

Precisamos de ter bong funcionários, mas para isso é necessário dar-lhes um relativo conforto, e nós estamos vendo que os bons funcionários vão desaparecendo.

Precisamos de não criar novos organismos. Nós estamos fazendo dispêndios pela pasta da Guerra, e temos uma contabilidade d& guerra, que, som ofensa pura ninguém, deve ser um pouco mais elucidativa; esses dispêndios podem ser reduzidos.

Eu não compreendo que haja por exemplo no Ministério da Agricultura, de nomeação recente, 9 ou 11 directores gerais. Só compreendem isto àqueles que úão têm a compreensão das suas responsabi-Hdades, nem avaliam a gravidade do actual momento, llá Ministérios que se podem, fundir com outros.

Queremos fazer isto? EeabilitamO-nos perante a opinião pública.

O Sr. Herciilano Galhardo: — <_ de='de' no='no' trazer='trazer' e='e' proposta='proposta' governo='governo' uma='uma' ao='ao' o='o' p='p' dessa='dessa' está='está' parlamento='parlamento' ordem='ordem' propósito='propósito'>

O Orador: — Nós temos os orçamentos a discutir. Será então a ocasião de cortarmos, mas cortarmos inexoravelmente tudo aquilo que os diferentes organismos não quiseram cortar, mas quo nós temos a extrita obrigação de fazer. (ÁpoiadoòJ.

Posta a questão neste pé, temos a probabilidade de nos libertarmos de dois terços desses encargos.

O Sr.. Presidente: — É a hora ... O Orador: — Vou já terminar.