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Diário dá» Settões do Senado

que faz com que os produtos subam a uma granàe importância.

Sendo o consumo disciplinado, desaparece a concorrência, mas são os próprios comerciantes que enfeicham as suas forças o são estes que fazem com que os géneros custem uma exorbitância.

Não é o livre câmbio que nós queremos nós queremos obras na arena das lutas, nós não queremos lutas, queremos a solidariedade à qual o Estado prestará sempre a sua atenção, nós queremos é caminhar rapidamente.

Objecta-se, como se há-de fazer isso..

Veja-se a divisa cambial, aqui posta em relevo por um ilustre Senador, e eu dou-Uie razão. Evidentemente que eu não posso esperar a normalidade da vida externa, sem se regularizar a vida interna.

É preciso produzir muito e muito, e que as importações sejam reduzidas ao indispensável. A situação cambial é muito penosa.

Quando aqui se fala aos Governos, parte-se sempre desta disposição,: — ;0s Governos não fazem nada! ,íE necessário fazer a melhoria do câmbio e não fazem ?

Ora eu acho que a dialéctica parlamentar devia ser mais concreta. Pregunto-se duma forma precisa: — ^Se o Governo ainda não apresentou as suas propostas, o que é que tenciona fazer?

Se o ilustre- Senador Sr. Oliveira Santos, que é um novo aqui—e é sempre agradável receber um novo — nos pre-guntasse o que tencionávamos fazer, rios poderíamos dizer-lho. Provavelmente S. Ex.a ainda estava em Timor quando aqui foi lida a declaração ministerial.

Em Portugal, entre nós, os nossos inimigos fizeram a propaganda do defectis-mo durante a guerra e depois da guerra. Depois da guerra: — «Não há reparações. . . D. E até republicanos da mais alta categoria, no afan de bem servir a cansa pú-.blica — não tenho dúvidas a esse respeito.

As nossas compensações morais da guerra, se as não tivemos de sobejo, ú-vémo-las contudo para exaltarem o nosso orgulho nos últimos dias em que se produziu o acontecimento mais notável ca

história contemporânea dos nossos dias* Temos lá fora um crédito negociável.

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Aqui. têm V. Ex.as como desde o princípio, estava no nosso programa a melhoria do câmbio. Mas mais; um dos males, o nosso grande, mal, de efeito moral decisivo, sobre os câmbios, tem sido a desordem das finanças portuguesas, não termos sobretudo um orçamento organizado e votado. (Apoiados).

Vamos organizá-lo e votá-lo, vamos inspirar confiança, e V, Ex.as verão que o nosso câmbio melhorará.

É isto o que eu penso.

Quanto à economia nacional eu penso que se não deverá fazer questão da liber-bade de comércio, porque vamos fazer as restrições necessárias, como se tem feito tantas vezes, para melhorar a vida geral da Nação.

O Marquês de Pombal deu o exemplo vestindo nesse tempo o Chefe de Estado de briche.

Estas é que são as restrições nececes-sárias, pois são esses os sacrifícios que devemos à prosperidade da Nação.

(Apoiados).

O orador não reviu.

O Sr. Celestino de Almeida: — Sr. Presidente : está longe do meu espírito o fazer considerações largas sobre o brilhante discurso do Sr. Presidente do Ministério.

Ele merece contudo bastantes considerações, mas a hora vai adiantada.

À consideração que eu tenho por S. Ex.a é ainda superior, se acaso o pode ser, à que eu já tinha.'