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JSessão de li de Janeiro de 1924

•portuguesa, foram realmente encantado-.ras, pelo sincero e ardente patriotismo ••que nelas dominou.

.E os nossos patrícios não se preocupam .só com a vida da colónia no Brasil, com -as suas instituições: agora, lembraram-se • desta cousa que é bem grande, bem nobre e bela! a constituição de organismos cor* .respondendo cada lim deles a^uma província portuguesa, nos quais se filiam como sócios os portugueses oriundos das res-jpectivas províncias.

Esses núcleos têm por fim angariar meios para-"criar na província respectiva, ou seja em Portugal, hospitais o escolas, ^8 fazer a assistência daqueles portugueses que chegando ao Brasil, e que por infelicidade, doença, ou qualquer outro motivo não encontrem o que buscavam o desejem voltar à Pátria, são essas instituições que lhes dão toda a assistência de que careçam na doença, no transporte para as •suas terras, etc.

A primeira dessas. instituições que se fundou foi a trasmontana, talvez porque os trasmontanos são .em maior número e contam em seu .seio com a alta figura do Sr. Visconde de Morais, alma sempre .aberta a todas as obras meritórias è que, possuidor duma avultada fortuna, nunca -deixou de abrir a1 sua bolsa para largamente os proteger e beneficiar.

Outras estão em via de formação, como sejam as do Minho; Douro -e Beiras, todas obedeeeado aos mesmos -'fins de pro« tecção 'aos nossos patrícios infelizes.

IVeja a Gamara a vastidão-e beleza desta idea, e como a nossa gente aproveita bem o tempo que lhe sobra dos seus trabalhos ! . •••:

Não encontrei o menor vestígio de na-tivismo, e é bom que isto se diga, e eu, que tomei parte em dez ou mais sessões solenes em- diferentes instituições, verifiquei que em todas elas assistiram brasileiros que falaram a respeito de Portugal com o maior, entusiasmo e louvor, lembrando-me entre eles .do Sr. Xavier Pinheiro, um homem que foi admirado pelo Sr. Dr. António José dê Almeida, como orador de raça, e que se;apresento u em todas essas reuniões com a sua comenda de Santiago, para manifestar °a sua alta consideração por Portugal. • "•

E agora chamo a atenção da 'Câmara para o seguinte facto, ao qiial ligo: uma

grande importância e que ainda se relaciona com o nativismo: os brasileiros, por via de regra, não se regateiam elogios. Fazem muito bem. Assim é que por todas as formas procuram tornar conhecidos os seus médicos, os seus professores, os seus magistrados, artistas, •homens de letras, etc., prestando-lhes todas as consagrações, de modo a valorizá-los e impo-los à consideração de nacionais e estrangeiros. Nós, infelizmente, não fazemos outro tanto e muitas vezes somos injustos eom homens de valor^ amesquinhandò-os até.

Vou citar um facto, que me encheu de satisfação por ver a maneira como são justamente apreciados por um estrangeiro cousas e pessoas portuguesas.

Houve ultimamente um congresso médico em Espanha, se beui me parece.

Sei que o enviado brasileiro foi o Dr. Austragésilo, médico e professor de alto mérito que, no seu regresso ao Rio, foi entrevistado. Contou da sua viagem pela Inglaterra, França, Espanha, etc.; falou dos hospitais que visitou naqueles países, e a este' respeito teve referências e palavras elogiosas para determinados serviços hospitalares de Lisboa que nos devem encher de orgulho, porque nessa especialidade os considerou os melhores que tinha visto, terminando por mencionar os nomes dalguns dos nossos mais reputados médicos, que ele classifica de notáveis homens de sciência. •

Sinto-me cheio de orgulho por poder mencionar estes factos, por'poder dizer que. o Brasil é realmente uma nação amiga o que não nos devemos deixar arrastar por indivíduos sem cotação e por certos políticos, a quem convém dizer que há urna corrente nativista no Brasil que nos hostiliza e nos não • vê com bons olhos.

Pois verifiquei exactamente o contrário, 'encontrando' em todas as manifestações portuguesas - brasileiros categorizados. • • '- • -" -

Vou'rematar,-referindo-me a-uma cousa que realmente me sensibilizou e aos meus companheiros, que foram o nosso colega nesta Câmara; Sr. Fernandes de Almeida;-que sinto não estar presente, e o Sr. Joaquim de Matoà, ilustre D0putado.