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Diário das Sesiõês do Senado

O Governo não poderá resolver o problema só pela compressão de desposar;, tem essa convicção. Está justamente envaidecido porque vfi que, em países como a França, governados certamente por homens, não direi mais inteligentes, mas tam inteligentes como os nossos, o problema está posto como entre nós.

Nota-se o aumento das contribuições em 20 por cento.

A política financeira n3o se faz, i:em com habilidades, nem "com filosofias. Faz--se com rea]idades mesquinhas, doutrina porventura que as grandes inteligências não poderão talvez admitir, mas que sabem compreender as criadas de servir.

Chega a parecer mal quo o Ministro das Finanças diga estas barbaridades. O problema resolve-se com a demirmíçào de despesa c aumento de receitas.

Tudo o mais serão banalidades parn o regime, niíis nada.

Se a directiva marcada pelo GovCrno for na verdade realizada por' aqueles que querem defender o regime e garantir o seu progresso, se esses seguirem a directiva que o Governo lhes indica., tenho a certeza matemática, absoluta, de que o Orçamento do 1925-1926 fica equilibrado.

O Sr. Querubim Guimarães (interrompendo)'.— Se essa profecia se realiza, S. Ex a fica. sendo o primeiro homem do país.

O Orador: — Unia cousa são as profecias, outra são as realidades objectivas que nós sentimos e reconhecemos.

Eu disse, r- é verdade: — Querer é poder!

E se as forças e energias dos .republicanos quiserem, não tenha o ilustre Senador dúvida nenhuma que o Orçamento do 1920-1926 é um orçamento equilibrado.

,;Mas vamos recorrer a quôV A ií-nó-menos extravagantes? Não.

Conheço a vida inglesa, porque é na verdade, na sua política fiscal que ca mais tenho aprendido a temperar o LIOU espírito. Veja-se lá o sistema de contribuições, cuja adaptação se fez em um larguíssimo período de mais de um século, mas que hoje é 111:1 sistema fiscal completo, o que podia desejarão espíritopnglês^ cumpridor dos seus devores, mas que hoje 6

absolutamente fácil, perfeito e admirável, que se conjuga, aliás, com o espírito inglês.

O Sr. Joaquim Crisóstomo:—Mas isso e que S. Ex.a não encontra cá, felizmente!

O Orador:—Não é culpa minha.

Vejo o quo lá se tem feito, e quo quando é necessário fazer sacrifícios, se fazem.

Não vejo que, por exemplo, em França se adopte outra política, o estão bem patentes as medidas tomadas nesse país para combater um fenómeno que aliás teve repercussão entre nós.

<íE com='com' norte='norte' que='que' a='a' os='os' e='e' f='f' países='países' cmfim='cmfim' feito='feito' do='do' estados='estados' o='o' estão='estão' américa='américa' ííustria='ííustria' itália='itália' todos='todos' da='da' tem='tem' unidos='unidos'>ua moeda depreciada?

Xão conheço outra forma de procurar valorizá-la.

Não ó obra minha, não é obra do Governo, porque tem de ser obra de todos nós '(Apoiados) c especialmente do Parlamento, porque, quando o. Parlamento falar ao País e lhe disser que é essencial fazer sacrifícios, dando-lhe a nota da sua serenidade e da certeza que têm no ressurgimento futuro de Portugal, o País corresponderá a êsíe n pêlo, porque sabe cue os poderes -públicos, nós os organismos mais altos, o Poder Executivo e o Poder Legislativo, representamos na verdade um instrumento de progresso e não do negação.

Tenho essa convicção, e tenho-a cada vez rnais arraigada.

Apesar da tempestade que há alguns dias assolou o País. a cada movimento do câmbio, eu crio mais energia e mais n:e convenço de que nós a podemos vencer .

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O Orador:-- Sou|optimista, porque não descreio 3o futuro do meu País.

Apoiados.

Posso variar de ideas políticas, mas ha uma cousa do que eu nunca variei: ó a certeza no ressurgimento da nossa nacionalidade.