O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

20

Diário dás Sessões do Senado

deço as palavras proferidas polo Sr. cónego Andrade, representaate da miuoriE. católica nesta Câmara; e, como deferência para com S. Ex.% não deixarei de dizer aqui as palavras, que pronunciei na Câmara dos Deputados em resposta ao ha-der católico daquela Câmara.

S. Ex.a conhece a minha maneira .]*> ver no que respeita às relações entre a República e os católicos.

E a maneira como se exprimiram os Srs. Lmo Neto e Dias de Andrade, em relação ao Governo, levam-me a procurar tornar mais amistosas as rola^fk1-da República com os católicos.

Ao Sr. Ribeiro de Melo, que teve palavra? do simpatia para o (íovôriiOn vão os meus agradecimentos muito sincero:-, o o Governo não deixará de considerar no que disse S. Ex.% que é um velho republicano e que à República tem preparo grandes serviços.

O Sr. Júlio Ribeiro, que não \ejo presente, referia-se ao Governo o m termos amigáveis e estranhou que não se fizessem referências na declaração* ministerial aos últimos acontecimentos políticos. .

Não tinha na verdade o Governo que fazer referências a acontecimcrtos interiores. Os factos produziram-se ante& da constituição do Governo e foram tomada, as provi df-n rias que se dão em (-nsós idênticos.

Não há evidentemente que d>?cutir atitudes políticas; e, mesmo às observações dalguns Srs. Senadores a episódio? da vida partidária não farei o menor reparo, porque entendo que não devo fazeX.OF, pois qne o local não ó, evidentemente, o mais próprio para isso.

Sr. Presidente: a oposição marcada nesta Câmara, pelos Srs. Joaquim. Crisóstomo, Tomás de \7ilhona, Querubim Guimarães e Augusto de Vasconcelos, como era natural, atacou o Governo por vários motivos, e a1é por actos que o Governo não pratif-ou.

Para nXo cansar a atenção da Câmara vou responder, em conjunto, a todos os ilustres Soniulores e apenas mi- referirei aos actos praticados polo Governo e ao 3 seus propósitos futuros.

Em primeiro lugar refiro-me h coii-sti-tucionalidíulo da organização do Governo, às medidas por ele tomadas, aos seus propósitos e ao seu programa." em matória

financeira, e, já que falo em matéria financeira, vou referir me ao discurso do Sr. José Pontes, tendo S. Ex.a frisado que a nossa representação no estrangeiro, nos jogos olímpicos e noutros desportos, se não tom feito como devia para rejuve-nescimento da nossa raça.

Ora eu devo dizer a S. Ex.a que tenho [.-ôsto uma intransigência grande, porquanto, se há despesas que são neces, sárias restringir, as dos nossos represen-"antes rio estrangeiro são as primeiras. porque avolumam enormemente o nosso orçamento.

Concordo inteiramente que o País não devo deixar de se representar em determinadas circunstâncias, não é agradável para o próprio País, mas não tem contudo uma finalidade desastrosa como poderia acontecer com o desequilíbrio financeiro.

Nós o que devemos fazer primeiro do que tudo é apresentar ao estrangeiro o nosso equilíbrio financeiro, pois creio que essa é a propaganda mais eficaz e proveitosa que podemos fazer.

Não compreendo qual a vantagem que há em nos fazermos representar nessa propaganda de desportos, desde o momento que nós não temos dinheiro para fazer face a essas despesas, tendo uma enorme dificuldade de fazer pagamentos, com o crédito avariado em toda a parte, rusultant3 de factos que todos conhecem, de navios dos Transportes Marítimos arrestados por diferentes portos, e por outros motivos, não compreendo, repito, que haja vantagem em nos fazermos representar, pois é convicção minha que um país em ruína o que deve fazer em primeiro lugar é tomar as. medidas necessárias para o restabelecimento financeiro, porque não há nada tam grande como o S3u equil;brio financeiro.

Apoiados.

Não é portanto por desconhecimento das vantíigens que. resultam do facto particular de que tratou o Sr. José Pontes.

Na verdade, e isso se reconheceu de uma forma mais precisa nas juntas de revisão dos mancebos que iam para França — que se acentua o definhamento da raça.