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Diário dat. Seê»Õet do Senado

siderações têm sido ouvidas por uma criatura altamente republicana, o Sr. Sá Cardoso, ilustre Ministro do Interior, nós havemos de acabar em saata paz, e quando daqui a meia hora .nós ouvirmos o Sr. Ministro do Interior, ficaremos convencidos de q*ie não há razão para as nossas queixas.

Os problemas versados pelos Srs. Her-culano Galhardo e Dias de Andrade são dois problemas importantíssimos, são duas cousas máximas diante da consciência nacional, e, no entanto, nós em cinco minutos, sem termos a colaboração daquelas que aqui de viam .estar, vamos talvez resolvê-los.

Não se pode admitir que se queira obrigar esta Câmara a fazer em quatro horas aquilo que os outros levaram quatro meses a realizar.

Apoiados.

E já que, há pouco, falei na imprensa, permita-se-me que diga que a imprensa é um reflexo da vida de todos nós. A imprensa vive um pouco çle traballi^T para todos, e infelizmente a imprensa não pode vir trabalham para o Senado porque são os. próprio s que para aqui vêm, que a não prestigiam.

No jornal Diário de Lisboa* vai0 publicada uma frase desprimerosa para esta a.lta assemblea legislativa, frase a que, estou convencido, foi absolutamente estranho o diíecior desse jornal, de quem eu fui companheiro bastante tempo.

Foi noiaeada uma comissão para tratar do funeral do Dr» Teófilo Braga, comissão de que fazem parter como sempre os grandes jarrôes. da Kepúbdica mas o que é verdade é que naxla disso foi feito em concordância das dvuts cas^s do Parlamento.

JL preciso não estarmos tam desassocia-dos uns dos outros, que 1180 se resolva definitivamente qualquer assunto, sem as duas .Câi»asa& serem ouvidas»

Todos esses trabalhos devem ser feitos pelas duas casas, e é assim, trabalhando no interesse da, Pátfia e agarrados à Constituição, qa& nos podemos fazer um trabalho profícuo, evitando essa campanha contra o Parlamento, que algumas vezes tem razão do ser por-que encontram base para,isso*

Entretanto, como há pouco se disse, fazem' essa.; guerra ao Parlamento e falam

contra ele pessoas que ainda são parlamentares, o que quere dizer que o Parlamento não é tam mau como dizem.

O Sr. Joaquim Crisóstomo : — Eu não quero também deixar de manifestar o meu modo de pensar sobro a questão suscitada pelo Sr. Herculano Galhardo.

Apenas duas palavras, porque a dis: cus são vai longa.

Entendo que Teófilo Braga, não tendo frequentado igrejas ou capelas, e indo os seus restos mortais para Santa Maria de Belém, importa numa ofensa para a sua memória,

Apresentou o Sr. Augusto de Vasconcelos uma fórmula tendente a conciliar este caso. Ora, creio bem que ele harmonizará todos os interesses e resolverá o assunto.

O Sr. Alfredo Portugal: — Falo em meu nome pessoal. Serei breve no que tenho a dizer;

Concordo em absoluto com a maneira de ver acerca do assunto em discussão apresentada pelo leader da minoria nacionalista, Sr. Augusto de Vasconcelos, por me parecer essa a maneira talvez melhor de não ofender a consciêacia dos católicos.

Depois disto, permita-me V. Ex.a que que eu também seja daqueles que venham juntar os meus protestos aos demais protestos formulados, e, assim, que me in-surja contra as desconsiderações -que, propositadamente ou não, têm sido feitas a esta Câmara.

Ao ssr nomeada a comissão que deverá dirigir o* funerais de Teófilo Braga, nem ao menos se lembraram de que esta Câmara também nela devia ser representada, e que existiam aqui também representantes dos Açores, terra desse grande escritor.

Que o meu protesto vá também contra a forma como a comissão nomeada, ou quem quer que seja, procedeu para com o digno Presidente do Senado, pois, segundo já ouvi dizer, nem foi pedida licença a S. Ex.a, que é o Presidente do Congresso, para que o cadáver desse morto ilustre pudesse vir para este edifício.