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Diário das Sessões do Senado

Peço a S. Ex.a para transmitir o que eu disse ao Sr. Ministro do Comércio, o qual na sua pasta tem mostrado certa,firmeza, frisando que o meu desejo principal é de que na estação de Setil haja ema paragem de meio minuto, pelo menos, para os comboios rápidos que vão de Lisboa para o Porto.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro da Instrução Pública (António Sérgio): — Transmitirei as considerações de S. Ex.a ao Sr. Ministro do Comércio.

Está sobre a Mesa uma proposta relativa às propinas das Universidades, cuja verba orçamental precisa de ser rectificada, porquanto pela exiguidade ca verba exarada há professores que têm despendido dinheiro, para despesas do expediente, do seu bolso.

O orador não reviu.

O Sr. Herculano Galhardo:—Eequeiro que se consulte o Senado sobre se dispensa, nos termos regimentais, a impressão e o prazo de 48 horas, para entrar já em discussão a proposta n.° 489, a que se refere o Sr. Ministro da Instrução.

É lida a proposta.

E aprovado o requerimento.

O Sr. Fernandes de Almeida:—Sr. Presidente: tendo estado ausente dos trabalhos parlamentares, só agora tenho a honra de usar da palavra nesta sessão legislativa e por isso me cumpre o dever de cumprimentar V. Ex.a e a Câmara.

Ao dirigir os meus cumprimentos a V. Ex.a. faç.o-o tam gostosamente, quanto é certo eu saber que em S. Ex.a residem aquelas altas virtudes cívicas que a te dos nós o impõem, como é certo também te dos nós termos observado as formas delicadas como V. Ex.a dirige os trabalhos desta Câmara, e a justeza de vistas com que enfrenta os problemas que no exercício da alta função que lhe incumbe lhe são postos para resolver.

Também à Câmara eu dirijo os meus cumprimentos, e faço-o cora muito prazer a todos os meus ilustres colegas, oferecendo a minha solidariedade em todos os actos que tenham por fim em vistas'o engrandecimento da Pátria e a dignificação da República.

Sr. Presidente: ausente, como disse, bastante tempo do País, e portanto dos trabalios da Câmara, porque me vi obrigado a sair não no exercício de qualquer missão oficial, mas porque interesses de vária ordem, e particulares meus, assim o exigiram, tive o prazer de visitar essa grande Nação, nossa irmã, o Brasil, e tive a honra de lá ser recebido com muito carinho e fidalguia de trato, tanto por brasileiros como pelos portugueses, que naquele País de maravilha lutam pela existência, procurando valorizarem-se a si, e contribuindo para L valorização moral e material tanto do País que deixaram como do outro onde trabalham.

Sr. Presidente: eu não pude ou não soube abdicar da minha qualidade de parlamentar, ainda que dos mais humildes, e, portanto, julgo que esse carinho e essa idalguia de trato de que fui alvo forair. mais devidos às funções altas que eu exerço, por virtude da boa vontade do meu eleitorado, do que às qualidades próprias do cidadão Fernandes de Almeida.

E porque assim entendo ser, Sr. Presidente e meus senhores, eu me julgo no uso de um direito e cumprindo um dever à Câmara dando parte disto para que V. Ex.as saibam que -na minha pessoa foi o Parlamento Português variadíssimas vezes, sempre mesmo, honrado, e na minha pessoa foram a Nação Portuguesa e a República honradas e dignificadas, não só por portugueses, mas muito especialmente pelos naturais daquele ' grande País.

Com algumas das mais altas individualidades da magistratura, da engenharia, da medicina e da advocacia e até da política, daquele País de encantos eu tive a honra de ser posto em contacto.