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Diário das Sessões do Senado

que a importante figura portuguesa da .praça de Santos, João Jorge de Figueiredo, foi receber o navio.

Nos Estados Unidos da América, na Itália, sobretudo em Génova cometeram--rse as maiores incorrecções administrativas, os nossos navios chegaram a ser penhorados, e o Sr. Nunes Bibeiro responde a tudo isto dizendo que o Governo é que tem a culpa-porque levantou e dispôs dos rendimentos dos Transportes Marítimos do Estado. Chata defesa estai

Só porque o Estado foi buscar um pouco de numerário que precisava para realizar pagamentos inadiáveis, foi isso razão suficiente para se responder aos Ministros que não havia fraudes nem má administração, que tudo aquilo era proveniente da falta de numerário ...

Estes factos passaram-se em 1922, que foi .um ano feliz para a marinha mercante mundial.

jTodos ganharam, só a marinha portuguesa é que não dava dinheiro! E não dava 'dinheiro porque eu tenho aqui documentos de prova bastante, demonstrando que os fornecimentos que para lá se faziam eram sempre pelo maior preço e que fornecedores só podiam ser os amigos do agente ou da Direcção dos Transportes Marítimos do Estado.

Se o Governo tivesse 'querido averiguar dessa crapulosa administração, podia ter em mãos todas as provas. Bastaria proceder a um inquérito, aproveitando os funcionários diplomáticos e consulares nos países em cujos portos marítimos e comerciais tocaram os nossos navios para carga e descarga, para reparações, aquisição de material e de mantimentos de boca.

Sobein a centenas os escândalos, as roubalheiras praticadas pelos agentes e pelos fornecedores com a cumplicidade do pessoal dos navios e conhecimento ulterior do Sr. Nunes Ribeiro.

Nos portos africanos,^por exemplo e:n Lourenço Marques, podiam, se quisessem, colher elementos de informação a esse respeito.

Não convinha ! Tal a muralha da China que protegia c bandalheira em que caíram os navios aprisionados à Alemanha e à Áustria, instrumentos políticos que bastariam à nossa economia.

Discutiu-se em Beu tempo o extraordi-

nário caso de um s,gente de um porto estrangeiro, que já tinha conseguido a precisa carga para um vapor da frota mercante do Estado, quando foi abordado pelo agente de uma companhia de navegação francesa, cujo navio havia chegado ao mesmo tempo do navio português, e como não tivesse conseguido obter earga precisa para que o navio pudesse seguir viagem, combinou a cedência da carga, o que conseguiu.

O agente francês carregou o seu navio o qual seguiu logo para os portos de destino, e o vapor português esperou 15 dias em vão e por fim teve de vir em lastro para Portugal.

Sr. Presidente: <_:_ que='que' de='de' estado='estado' enquanto='enquanto' respeitável.='respeitável.' uma='uma' dos='dos' muito='muito' operação='operação' tivesse='tivesse' se='se' façanha='façanha' teve='teve' um='um' cuidado='cuidado' não='não' seguramente='seguramente' lucro='lucro' _='_' à='à' m.='m.' história='história' agente='agente' e.='e.' l='l' ao='ao' o='o' custou='custou' p='p' agentes='agentes' havido='havido' escolha='escolha' na='na' esta='esta' milhares='milhares' t.='t.' destas='destas' pertenceria='pertenceria' libras='libras' quanto='quanto'>

O Sr. Nunes Eibeiro, só quisesse demonstrar a sua boa administração, tinha em todos os portos quem o informasse sobre os seus agentes, mas jamais se dirigiu a um funcionário consular e jamais pediu que o informassem a respeito.

Mas há mais : foram -para o estrangeiro outros oficiais da armada, como por exemplo o Sr. Júdice Bicker como inspector, eoin um subsídio em o aro, para S. Ex.a apenas se pavonear pelas ruas e avenidas do Rio de Janeiro.

Pois ao Sr. Júdice Bicker, que foi obrigado a regressar à sua situação de oficial da armada ou a qualquer choruda comissão das muitas que disfrutam os eminentes homens públicos, deu-se-lhe o lugar de Ministro da Marinha ao primeiro Governo partidário da politicagem de A Luta.

f O que fez o Sr. Júdice Bicker ? Quem é S. Ex.a? <_0 p='p' que='que' foi='foi' fazer='fazer' ex.a='ex.a' é='é' brasil='brasil' s.='s.' ao='ao'>

S. Ex.% que bem conhecia da ruinosa situação era que se encontrava a frota do Estado, aproveitou-se do descalabro e da falta de fiscalização do Poder Executivo para gozar as tantas . libras diárias no regabofe do Rio de Janeiro.