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Diário das Sessões do Senaclo

cessário ter gasto tanta palavra e tinta a redigi i- um trabalho desta natureza, se afinal se deixa o Governo e os empregados superiores dos correios e Telégrafos perfeitamente à vontade; bastaria dizer que ílcr.va o Governo autorizado a reorganizar os serviços, porque as bases do artigo 2.° não vêm limitar o poder discricionário que o projecto estabelece., Era assim mais simples, mais sincero o não nos dava talvez tanto trabalhe a esiudar o que está aqui escrito.

Devo notar que este trabalho contrasta em absoluto com a deficiência com que a maior par cê das vezes são feitos os relatórios que precedem os projectos. Podia mesmo convencionar-se como uma obra prima, ao contrário do que susede habitualmente nos diversos projectos apresentados., mas cujos relatórios são em geral de uma imperfeição característica. Como relatório é, sem dúvida, um trabalho bem elaborado.

Parece até não ter sido feito pelo mesmo indivíduo que redigiu as bases, porque., de contrário, as bases seriam ^rfeitns.

Portanto, não é preciso ir mais longe para que se vejam as cousas.

Dispõe-se na base l.;t o seguinte:

Leu.

• O Sr. Silva Barreto referiu-se a esto pormenor dos grandes centros do País.

^Mas que devemos nós entender por esses centros do País? ^.Porque não havemos nós de sabor quais 'são os centros onde tem de ser organizados os serviços telégrafo-postais ?

O que era preferível, Sr. Presidente, é quo aqui se determinasse proc'saijent-3 quais eram esses centros para evitar actos de favoritismo.

E tanto assim que, sendo o Sr. Silva Barreto membro categorizado do maior partido da República — o Pariido Democrático—, S. Ex.a não pôde, contudo, deixar de estranhar e censurrr que tal se fizesse, acrescentando que Cio já sabia onde iriam ser instalados es serviços o até a ordem cronológica...

O Sr. Silva Barreto (inter r empenai): — Eu declarei «julgar» saber quais ernm os centros, mas não absolutamente.

O Orador: —Mas é porque V, Ex.a te1 u alguns dados para «julgar saber».

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Nuno Simões): — Y. Ex.ns estão fazendo conjecturas . . .

O Orador:—Eu estou talvez fazendo conjecturas do Sr. Silva Barreto.

Mas, continuando, diz a alínea 6) da base A :

Leu.

Eu pregunto: ^que siguificação tem uma alínea desta natureza consignada numa lei?

Parece que se legisla, não para pessoas inteligentes, mas sim para crianças; quo se legisla não para um Governo que se presume sor composto por pessoas instruídas, mas sim para uma escola.

Exige-se na reforma a publicar se estabeleça o princípio quo os indivíduos hão--dc ter algumas habilitações, pelo menos as habilitações profissionais e técnicas do onde se conclui que há alguns funcionários que não sabem ler nem escrever.

Ora, eu não consinto que se inclua numa lei banalidades desta natureza.

Diz-se aqui que os serviços da Caixa serão modificados pó:: forma a facilitar a sua utilização pelo público.

Pregunto: a que propósito vêm os serviços da Caixa serem feitos de forma a facilitar a sua utilização pelo público? Não será, porventura, estarmos a entrar em pormenores infantis?

Eu não admitia isto nem num artigo do fundo de um jornal da província; se o lesse, ria-me; numa proposta de lei, não posso rir-me, mas :alvez me seja lícito indignar-me um pouco.

Aqui também se diz que as despesas com os serviços e as do correspondente pessod serão custeadas pelas receitas próprias, pois, evidentemente que se refere às Caixas Económicas.

Mas. pregunto eu, Adentro de um organismo há ou deve haver uma situação tam mínimr, de contas como há entre duas ou trCs famílias que habitam na mesma casa, c quo cada uma faça as continhas pouco a pouco?