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8essto de 21 de Marco de

necessidade impretorível de. marcar, pelo meãos, mais uma sessão por semana, no dia que V. Ex.a j algar mais conveniente.

O Sr. Presidente: —Eu julgo não só necessário mas indispensável marcar, pelo menos, mais um dia de sessão. SeV.Ex.as não virem nisso inconveniente, marco as seguudas-feiras.

O Sr. Mendes dos Reis: — Muito bem.

O Sr. Presidente : — Efectivamente há mais projectos de lei para pôr na ordem do dia, mas não os mandei marcar porque a ordem já é enorme.

Relativamente ao período do antes da ordem do" dia, durante um certo tempo teve alguma tolerância, mas agora tenho mantido o qne manda o Regimento de ser só uma hora para o "antes da ordem e as outras três horas consagradas à ordem do dia.

O Sr. Fernandes . de Almeida: — Sr. Presidente : eu pedia a V. Ex.a a fineza do consultar a Gamara sobre se concordava ou não em que em vez de ser a sessão plenária extraordinária às segundas, fosse às quintas-feiras.

A razão do meu pedido é simples. Nesta Câmara há muitos Senadores, e eu 'sou um deles, que têm necessidade de ir a suas casas todas as semanas. Vão aos sábados e só chegam a Lisboa às segundas--feiras à tarde, de maneira que não se podem apresentar à sessão nesse dia.

Eu não quero prejudicar os serviços do Estado porque não peço que não seja marcada mais uma sessão; peço apenas que nos combinemos na defesa dos interesses do Estado e na dos interesses nossos particulares, caso não colidam. Isto sendo possível; se não for, sujcitar-rnc hei emquanto puder.

Tenho dito.

O Sr. presidente : — Devo dizer a V. Ex.a quel) dia de quinta-feira é marcado para a sessão das Secções c agora essas sessões duram muito por virtude dos assuntos a tratar.

O Sr. Augusto de Vasconcelos (para explicações): — Sr. Presidente : estou de acordo em que se faça mais uma sessão

semanal e não vejo inconveniente em que se dê satisfação ao ilustre Senador Sr. Fernandes de Almeida, marcando a sessão plena cm vez de segunda-feira para quinta.

O Sr. Ribeiro de Melo (interrompendo):—-Mas isso seria uma alteração às deliberações do Senado.

O Orador:—Pois é para isso-que se pede uma deliberação.

Estou do acordo, pois, em que se marque uma sessão plenária, mas devo dizer que o principal obstrucionista é o Govèí^ no. porque os projectos chegam a esta é à outra Câmara duma tal maneira alinhavados e maltratados, quo se nós os não aperfeiçoássemos sairiam verdadeiramente monstruosos.

O Sr. Mendes dos Reis (interrompendo}:— V. Ex.a não tem razão. Dos muitos projectos dados para ordem do dia, apenas dois são do Governo. Isso ó uma questão política...

O Orador : — Não é, V. Ex.a sabe o que se tem passado com o projecto dos Traiis* portes Marítimos. Mas há mais.

O projecto de lei do selo quo foi aprc^ sentado à Câmara dos Deputados e foi perfilhado pelo Governo actual, teve do voltar à comissão.

No que respeita ao projecto de selo para os tabacos, o Sr. Mendes dos Reis teve de pedir misericórdia para se não discutir tal como está.

Resultado: a demora nas discussões peia maneira insuficiente e imperfeita como os projectos são apresentados.

O outro defeito é do Regimento,

Mas eu devo dizer a V. Ex.a, porque quero antes de tudo fazer justiça, quo este regime das Secções está dando resultados muito superiores àqueles que primitivamente dava.

As modificações actuais foram felizes, o eu julgo que o funcionamento do Senado em Secções é uma innovação proveitosa. O que eu julgo defeituoso é o preceito que determina que as emendas apresentadas na sessão plena tenham de voltar à Secção.