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Diário das Sessões do Senado

Nessa ocasião, supunha S. Ex.a que a breve trecho podia obter na América d3 Norte um empréstimo com qae pagar este' material e foi pedir ao Banco Nacional Ultramarino dinheiro emprestado para fazer ôsse pagamento.

O Sr.Herculano Galhardo:—^E V. Ex.£

não reconhece ao Sr. Brito Camacho qualidades de trabalho e de inteligência?

O Orador: — O Sr. Brito Camacho atendeu a uma necessidade do pôr;o de Lourer.ço Marques, que precisava de uma draga o de guindastes eléctricos qu<< di estão prestando muito bons serviços.

O Banco Nacional Ultramarino emprestou a dinheiro e como não se realizou a operação, o Banco Nacional Ultramarino começou a sentir-se em dificuldades.

O Sr. Brito Camacho consentiu, por isso, num aumento de circulação fiduciária, e aqui está a razão por que a nota-ouro da província se encontra depreciada em relação à nota inglesa.

Mas se se realizar este empréstimo, e como com ele se não fazem pagamentos de materiais, fica a província de Moçambique com as disponibilidades necessárias para pagar ao Banco Nacional Ultramarino o dinheiro que ele lhe adiantou.

Se a província estiver habilitada a satisfazer os seus encargos, evidentemente que o Banco Nacional Ultramarino, recebendo a divida do Estado, vai retirar da circulação uma parte da circulação fiduciária. E então as receitas curo que são cobradas no valor de 7:200 contos, irão aumentar o valor das nossas receitas ouro.

O Sr. Herculano Galhardo (interrompendo') : — Mas eu ainda agora disse isso mesmo. Considerei as libras fortes. A minha argumentação é baseada toda em dinheiro fcrte.

O Orador : — ^ Mas o que deseja V. Ex.a?

,j.Dese'£, que a operação de que se trr.ta não se faça duma vez só?

Mas, Sr. Presidente, suponho q:ie ó essa a economia do projecto.

A operação faz-se por duas séries. Se isso não está realmente no projecto é, pelo menos, essa a intenção das pessoas que têm feito a negociação.

Evidentemente que a província de Moçambique não está preparada nem com material nem com pessoal para poder aplicar desde já 5.000:000 de libras.. .

O Sr. Herculano Galhardo (interrompendo] :— Apoiadíssimo! Começamos a estar de acordo. E V. Ex.a verá quando eu apres?ntar as minhas emendas.

O Orador: — A operação é em duas séries do 2.000:000 libras.

O Sr. Presidente: — Como a hora vai adiantada, V. Ex.a fica com a palavra reservada. Vamos entrar no período de antes de se encerrar a sessão.

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Presidente : — Tem a palavra o Sr. Alfredo Portugal.

O Sr. Alfredo Portugal: — Sr. Presidente: tinha pedido a palavra a V. Ex.a antes da ordem do dia mas, como me não tivesse sido dada nessa altura, pedi-a de novo para antes de se encerrar a sessão, para tratar dum assunto importante.

E o seguinte:

Constou-me, há dias, que a Comissão Administrativa do Congresso pensava em privar o Senado dum funcionário a todos os títulos respeitável, de alguém que connosco tem vivido desde há bastantes anos, funcionário zeloso e cumpridor que tem tido a seu cargo, nesta casa do Parlamento, lavrar as actas; refiro-me ao oficial, Sr. José Parreira.

Desde 1919 que ele faz serviço nesta Câmara, em substituição dum outro funcionário que pensa aposentar-sc ou já está aposentado.

Não seria justo, e permita-se-me que eu o lembre ao Sr. Presidente da Comissão Administrativa do Congresso, que se trouxesse para aqui outro funcionário, quando um outro se encontra já neste serviço há tantos anos. desempenhando-o com proficiência e assiduidade.

A Comissão Administrativa, quando muito, deve proceder como o Governo, não nomeando novos funcionários e mantendo os que estão ao serviço.