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Diário das Sessões do Senado

de o znanciar para a imprensa e da"-lne o destino que entender.

O Sr. Pereira Osório: — Sr. Prcsiii?n-te: tenho pena de que não esteja presente nenhum Sr. Ministro, por pé dosejí-^a ser elucidado sobre o assunto qc.e vou tratar, ao qual ligo grande importância. É o caso chamado «do Lazareto».

Há dias tive conhecimento desse facto pelos jornds, o depois casmlmeníí;.. vindo numa viagem para Lisboa, tenco per companheiro um d>stinto médico, que é funcionário do Ministério de Trabalho, e que tmbL sido encarregado, salvo 9rrc, de -ir ao Lazareto ver se pod'a arranjar acomodações para essas famílias q:i3 iam sendo postas fora dos prédios que iimcí -cavam ruína, que me contou o ppguints:

Que :IG Lazareto, desse enorme edifício qne oodia abrigar 800 passageiros com tccLs as comodidades, sendo as acomodações de l.a classe com luxo, pois que havia serviços de porcelana de I.inio-ges, cristofles magníficos, rorpis c;rr39-pondent^s io cama e mesa, mobiliário adequado, pianos, carpettes. etc., que guarneciam os quartos e os cinco magníficos salões destinados aos passageiros de 1." classe, nesse edifício não exista hoje nem um único oi:>jecto!

Dele existem apenas as paredes, e essas mesmas em parte destrrJdas, pcis que quem. tirou todo esse mobiliário, não contente com isso, foi-se às paredes, e nos sitio? onde havia canalizações, picou-as e roubou estas!

E, como ainda isto fosse pouco, foram às guarnições de madeira da* port-.s o das jaaelas. e tudo isso foi arrancado e roubado.

Quere dizer: foi um furacão que por ali passou, [uc só deixou as paredes de pé.

Até os mosaicos e os azulejos foram arrancados e desapareceram.

Dizem-me quo em 1914 osso ;jdin'e!<_ sc='sc'> encontrava nas condições em quo hoje- .se encontra, mas parece-mo que não seria difícil uma investigação para averigiar para onde fcram parar tantos objectos. ,;Foi o Estado, pelos seus Governos, que os m and o n retirar para os distribuir por estabelecimentos de assistência, hopitiis, etc. ?

Está muito bem. Mas a Câmara precisa de o saber.

Se, pelo contrário, forain retirados para casas particulares, ó preciso que isso se saiba; e, como eu clisise, deve ser facílimo, porque não se retiram em segredo dum odifício daqueles milhares e milhares de objectos, que tinham de ir para longe, porquo ali perto não há nenhum povoado importante. Deve por isso, repito, ser facílimo averiguar onde estão esses objectes, porque, por exemplo, as roupas, que representam uma soma importante, têm a marca do Lazareto.

j'_lu desejava que V. Ex.ft, Sr. Presi-cente, comunicasse isto ao Governo para cuo na primeira oportunidade ele possa vir dar uma satisfação à Câmara-, dizen-dc que vai envidar os seus esforços para averiguar o que foi feito desses objectos.

A entidade a que eu me referi, que já foi oficialmente ao Lazareto, calcula entre 13:000 a 20:000 contos a quantia a despender para pôr. tudo como estava. '

O Sr. Presidente :--Comunicarei ao Sr. Ministro do Trabalho as considerações do V". Ex.a

O Sr, Joaquim Crisóstomo:— Sr. Presidente: pedia a V. Ex.a a fineza de me informai: se está presente aigum dos Srs. Ministres.

Entra .na sala o Sr. Ministro do Comércio.

O Orador: — Sr. Presidente: depois de cSrca de um mós de ausência da Câmara, supunha que viria encontrar em via de solução os numerosos problemas de administração pública, que interessam ao Estado. Mas, infelizmente, ao contrário do que seria nataral e legítimo presumir, vim encontrar tudo no mesmo estado e agravado nalguns pontos.

Em trôs dias consecutivos veraei a quesito das libras, sem que qualquer dos Srs. Ministros me viesse esclarecer, já não digo colocando a questão em toda a sua clareza, porque parece que fiaso assunto pertence ao número daqueles que são classificados csegredos deEs-tado», e que interessam à aít.i diplomacia internacional.