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Diário das Sessões do Senado>

de linha materna; mais uma razão para respeito e carinho por esse nome!

S. Ex.a o Sr. Catanho de Meneses gosta muito que o atendam e onçam coni atenção, mas quando se fala para ele, sem ser para o apoiar, finge não ouvir!

Estou pouco disposto a calar-me e como ainda tenho voz clara o garganta resistente, levantarei a voz a ponto de teren: de ouvir-me as pessoas a quem me dirijo! S. Ex.a, como advogado que é, devia ter um pouco mais de consideração polo que está escrito no Regimento. É se S. Ex.a se interessava tanto por ver votada esta baralhada do inquilinato, podia ter andado mais solicitamente e ter tratado da redacção definitiva das emendas a tempo de tudo poder ser discutido e votado.

E perfeitamente uma lenda infundada o dizer-se que a minoria monárquica quere protelar a discussão da lei do inquilinato !

É absolutamente falso que a minoria monárquica não queira que se trate de providenciar sobre inquilinato! A minoria monárquica quere que se providencie urgentemente sobre a questão do inquilinato, mas não atrabiliàriamente o em termos que não possa do Parlamento sair um. diploma aceitável que aproveite às classes que na questão têm interesses em jogo.

Lamento cue o Sr. Catanho de Meneses queira constantemente saltar a pés juntos por cima de todas as reclamações que aqui se fazem. Não o fará sem o nosso vigoroso protesto.

A maioria sabe que tem o número para nos esmagar, mas não queira, por isso, deminuir-se ou deminuir-nos moralmente, procurando, com artifícios, impedir que entremos nas discussões e defendamos o nosso ponto de vista no cumprimento de um mandato que tem de ser respeitado por todos. O nosso esforço resultará estéril, mas hfto-de acabar por reconhecer que é absolutamente legítimo e explicável.

Poderão fazê-lo, mas hão-do primeiro ouvir as nossas considerações e registar o nosso protesto.

O Sr. Catanho de Meneses:—Não posso nenl devo deixar em claro as afirma-

ções do Sr.OriolPena, que, sendo pessoa extremamente delicada, muitas vezes tem uma aparência agressiva que não está no seu ânimo.

Com respeito às alusões que S. Ex.a fez ao meu apelido, devo dizer que considero o nascimento em todos igual; as* obras é que fazem os homens diferentes.

É pelas minhas obras., e unicamente por elas, que o Sr. Oriol Pena tem de me condenar ou defender.

O Regimento não se opõe ao requerimento que eu fiz. É o que se depreende do § 1.° do artigo 89.°

Uma falta cometi e devo confessá-la com a fronte levantada. Devia ter começado por pedir que o Senado reconhecesse a urgência do projecto e só depois resolvesse discutir hoje as emendas à lei do inquilinato. Nesse sentido modifico o meu requerimento. Tem-se feito sempre-assim. x

Fez-se, por exemplo, relativamente aos Transportes Marítimos, sem que houvesse desse lado da Câmara uma voz que se levantasse com tanta energia.

O Sr. Augusto de Vasconcelos: — O artigo do Regimento que V. Ex.a invocou não se aplica a esto caso porque não se trata duma proposta do Governo ; isto ó um projecto de lei.

O Orador:—É uma proposta do Sr-Ministro da Justiça.

O Sr. Augusto de Vaíjconcelos: — O Sr. Ministro da Justiça apenas apresentou emendas.

O Orador: — O Sr. Ministro da Justiça já declarou que a súmula daquela proposta ó dele, o portanto ó uma proposta governamental.

O orador não reviu.

O Sr. Pereira Osório: — Sr. Presidentes ou só quero salientar o seguinte: ó quer seja qual for a deliberação da Câmara, aqueles Senadores que não estejam do acordo com essa deliberação nãç devem. ver nisso qualquer agravo.