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THdrio 'da» Sesgõe* 'do Senado

firo-me ao Dr. Luís de Magalhães, o filho de José Estêvão.

Com ele vão outros que igualmente me são caros, e todos vão decerto levantar bem alto o nome da pátria em que todos nascemos.

Feita está saudação gratíssima por esse passeio projectado que vai ter início na próxima quinta-íeira, desejo chamar a atenção de V. Ex.a e da Câmara para o estado de incerteza em que parecem andar os negócios e serviços respeitantes a esta casa.

No dia 8 ou 9 do corrente mês, vieram dizer-nos que ó Diário das Sessões ia ser publicado com extrema regularidade, exigindo-se-nos quási imperiosamente que déssemos as notas taquigráticas revistas e prontas no dia seguinte àquele em que essas notas nos fossem entregues. Por minha parte fui até onde me era possível, e no fim de contas continua tudo na mesma e a não se publicar com regularidade o Diário das Sessões, pois não me consta que desde o dia 9 para cá se tivesse publicado um só número, nem dos actuais,, nem dos atrasados há mais de um ano.

Sr. Presidente: é justo reconhecer que o corpo taquigráfico desta casa trabalhou exaustivamente paca mostrar a sua boa vontade de cumprir essa ordem draconiana, vinda ao conhecimento da Câmara quando o trabalho estava atrasadíssimo por motivos que não vêm agora para a discussão.

Os Srs. taquígrafos deitaram-se ao trabalho com unhas e dentes —seja-me permitido o plebeismo— e, em muito poucos dias, conseguiram ter o serviçotodo, absolutamente todo, em dia estando todos derreados e estafados. Mas não percebi, creio que nenhum de nós percebeu, qual a conveniência para se íazer isto estando o serviço atrasado como está, tendo-me chegado a passar pelo espírito que tivesse havido conveniência de alguém, seja quem for, fazer publicar os relatos das sessões actuais da outra Câmara. Esses parece efectivamente estarem a ser publicados já; pelo menos recebo todos os dias em casa, dentro do Diário do Governo, relatos da Câmara dos Deputados; do Senado, zero.

Não há direito, é absolutamente injusto,, inteiramente penoso para o pessoal dos

serviços estar-se a exigir-lhe sacrifícios exaustivos de trabalho esgotante para no fim de contas o resultado prático ser nulo.

De passagem, lembro-me também de protestar, em nome dos humildes e das vantagens de aperfeiçoamento desse serviço, por ter chegado ao meu conhecimento que numa remodelação projectada ou em execução —V. Ex.a melhor co-• nhecimento terá do assunto por ser o Presidente— feita na comissão administrativa do Congresso, se chegou à monstruosidade de reduzir os proventos dos pobres praticantes, creio que em 100$ mensais, quando eles tinham, e que mal lhe chegava para comer se são filhos-fa-mília, absolutamente insuficiente se são chefes de família, se têm mulher e filhos a sustentar, Se o ordenado que recebiam era insuficiente e insignificante, ficam agora ainda em bem pior situação e sim-•plesmenle condenados a morrer de fome. Para isto chamo a atenção de V. JEx.a, como digno Presidente do Senado e Presidente desta • comissão administrativa, para que 'nos possa informar da ordem de ideas, da espécie de conveniênnia de -ordem geral, de serviço, ou de quem quer que seja, a que obedeceu essa ordem de serviço, rápida, imperiosa, perfeitamente imperativa, sem que daí se tire o menor resultado para a vida e trabalho desta Câmara.

Sr. Presidente: creio ter pedido ainda a V. Ex.a para me dar a palavra se estivesse presente o Sr. Ministro da Marinha e as considerações que tenho a fazer só diante de S. Ex.a podem utilmente ter lugar.

Tenho ainda que fazer considerações diante do Sr. Ministro das Finanças a quem desejo fazer preguntas sobre factos, no meu entender gravíssimos, já tocados nos jornais e dizem respeito à deslocação extraordinária, imprevista, que não vejo meio de ser explicada por simples raciocínio, mudança do artigo medalheiro do Sr. D. Luís no Paço da Ajuda, onde se encontrava, para a Casa da Moeda, segundo parece certo.