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Diário das Sessões do Senado

Parlamento, ou ainda para substituir os homens públicos, porque a outras cousas •não estão acostumados os comerciantes, senão à especulação e à ganância, explorando com a miséria do povo.

O que é verdade é que nenhum daqueles comerciantes têm um passado que se imponha ao nosso respeito e consideração.

E veja V. Ex.a quais os protestos que têm havido das associações.

O Sr. Carlos Costa (em aparte): — Parece que o autor da idea é um ex-"Minis-tro do tempo da manarquia.

O Orador: — O Sr. Schrõeter não é um estrangeiro, mas, mesmo que o fosse, teria deixado de o ser porque já foi Ministro português, maior é a sua responsabilidade porque devia saber que a Associação já foi castigada quando se quis intrometei-nos negócios do Estado, de uma maneira atrabiliária na governação pública.

Este protesto pode V. Ex.a, Sr. Presidente, se a Câmara assim o entender, transmitir a .quem de direito, para fazer um inquérito rigoroso e levar a Associação Comercial declarar como não pronunciadas aquelas palavras, ou então chamar à responsabilidade aqueles outros comerciantes que tião têm um passado honrado, antes pelo contrário, alguns deles devem pelo seu nome merecer a mim a suspeita de que se trate de portugueses autênticos, como, por exemplo, o Sr. Amzalack, que segundo as informações cue tenho .nem português é.

Sr. Presidente: à insolência da Associação Comercial tem de ser respondido com uma sanção, e essa sanção só pode vir do Poder constituído, do Sr. Ministro do Interior,, é ele que tem obrigação de mandar encerrar a Associação Comercial, por se ter querido intrometer na governação pública.

Este protesto vem a talhe de fouce, vem a cabimento nesta sessão, porque quando o Sr. Alfredo Portugal vem dizer à Câmara a sua opinião sobre a demora na questão dos orçamentos, eu podia também acompanhar S. Ex.a e dizer que esta demora para mini satisfaz-me, e satisfaz--me pela via política.

Sr. Presidente: quando há dois anos um dos maiores chefes do Governo de en-

tão quis a aprovação do Orçamento por que dela dependia a valorização do nosso escudo, provado está hoje, 30 de Junho de 1924, de que a arrumação de contas e aprovação do Orçamento em Portugal, nenhuma influência tem na valorização da moeda, autes servem. somente para a especulação cambial a que estamos sujeitos, e o ano de 1924 não tem o se|i Orçaníento aprovado,' como não foi também o de 1921.

A libra vem caindo, e de caída, sobre caída apresenta-se hoje com o valor de 1500.

Portanto, não há razão para se atribuir ao Parlamento a falta de não estar aprovado o Orçamento Geral do Estado e de termos sido compelidos a votar os dois duodécimos apresentados pelo Sr. Ministro das Finanças demissionário.

O orador não reviu.

O Sr. D. Tomás de Vilhena: —Sr. Presidente : uma proposta de lei de duodéci-não é senão uma lei de meios mais limitada.

Fazer uma proposta de duodécimos, que representa alguma cousa, sem termos tempo para a ler; vir com essa proposta à discussão, que representada íalta de discussão, em tempo competente, dos orçamentos, é que eu entendo que é um grande erro.

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Apoiados.

Por consequência, não é pela falta da rninha assiduidade quo a Câmara não discutiu o Orçamento.

Nestas condições, nós temos toda a autoridade e todo o direito para lamentar e para censurar que se aproveitem as últimas horas do ano económico para se apresentar uma proposta desta importância à discussão da Câmara.