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A resposta foi negativa e alguns livreiros olharam para mm e disseram:

gNás. não conhecemos esse escritor; nunca ouvimos falar e.m semelhante tratadista»..

Portanto, S, Ex.a não conquistou pó? qualquer afirmação de trabalho QU fie competência o lugar que ocupa,

O Sr. Rodrigues. 0a§par é. iim profissional muito distinto em matéria de n,:íu-tica, mas em matéria de medicina legal é muito pouco versado, pois O Sr. Xavier da Silva não faz autopsias, não faz exa-ings em cadáveres, visto que não é essa a sua especialidade.

Tem-se dito que o Sr. Xavier da Silva é director da polícia scientífica; No nosso País não há nenhum instituto que se dedique especialmente à polícia scientífica e portanto não poda haver um director desses serviços.

§, I^x." é £jn asgistente e as. suas funções são analises: análises de sangue, de cabelos, d§ spbstâncias diversas, para ia-bilitajem PS juizes a julgar,

g. J2x.* não disseca cadáveres, não faz exames. A. sua especialidade é de gabinete, com Q§ seus reagentes, à mão e com OS seus elementos para poder trabalhar, mas especialmente em assuntos de natureza, química,

O Sr. Rodrigues @agpar engamri-se quando disse que «é tra.tando com os mortos que se aprende a conhecer os vivo95),

Se assim fôsse, se o critério Apresentado por S- Ex.&'fosse verdadeiro, então devia S- Ex.^ e,sqp,lher um guarda do cemitério parg, Ministro, cousa de que ainda njnguéin. se, lenibrpu, porque ainda não houve quem fosse, chamar qualquer içdi-YÍdílQ ap Altq de S, JQãp ou aos Prazeres, para sabra.çar uma pasta,, pelp facto

de lidar GOIS QS mortos e dever, portanto, cqmQ afirjaa Q Sr, Rodrigues Gaspar, conhecer os vivos.

Pe.rpiito-me corrigir aquilo que se disse do gr. JJodrigu.es Gaspar, lembrando-lhe quê fora buscar & Morgue um colabor-a-dor» Eu diga que S. Ex,a foi baseá-lo à Penitenciária.

Q gr. Vicente flajnog (interrompendo):— O ^Fi Xavier da SUva j4 não pertence a êsgg estabelecimento,

Creio mesmQ que nunca foi funcionário da Penitenciária.

•:—Eu, pelo menos, não v1 até hoje a notícia da s.ua demissão no Diário do Governo.

Para evitar falsas interpretações, devo dizer que não tenho nenhum intuito de melindrar o Sr. Bodrigues Gaspar, nem de apoucar a situação do Governo.

Em 1899, José Luciano de Castro teye de ir à Penitenciária.buscar um colaborador, o Sr, António Cabral.

Mas, por estas razões, vejo que se a escolha não "foi desacertada, não pode também considerar-se acertada, porqae não ha nenhum expoente que indique a competência especial do Sr. Xavier da Silva.

Vou-me referir agora a um outro Ministro, o Sr- Vitorino Godinho. a quem O Sr. Eodrigues Gaspar chamou um alto diplomata-

Só se for dos encarapuçados.

Por mais que pense e que cogite, não sou capaz de saber qual é a obra do Sr. Vitorino Godinho como diplomata.

S. Ex.a foi apenas um adido militar que, na organização do Ministério dos Estrangeiros, teve uma categoria equivalente a cônsul de 3.a classe e, se por ventura erro. apelo para o testemqnho do Sr. Augusto de Vasconcelos, que é especialista nestes assuntos.

O Sr. Machadp Serpa (em aparte)'.— E mais do que contínuo.

O Orador:—Y. Ex.a parece que prevê a hipótese de se poder sentar naquelas cadeiras qualquer contínuo-

No dk em que isso acontecer, entro por uma porta e saio pela outra.

N6s temos tido Ministros dos Estrangeiros de diferentes categorias.

O Sr. Bernardino Machado, que eu considero como o primeiro Ministro da Bepública e como um um verdadeiro patriota, que tem moldado toda .a sua vida pelo desejo de levantar o nome português, sem que pretenda tirar da sua acção qualquer prebenda ou benefício, é um daqueles homens que coloca os interesses do País acima dos seus interesses.