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Diário âcíè Sessões do Sênaâo

cá assistência que á Caixa Gerei de Depósitos dispensa às câmaras municipais. E ft contrastar com isto, -no que respeita à efflpróstimOB destinados a. beneficiar instituições que devem merecer toda a sim-patiaj há as facilidades nas concessões de Créditos á moagem.

.Sr^ Prêsideute: quando a administração dís, Caixa se1 diz tanl zelosa, existem. Comissões sobre os próprios empréstimos, pOndo-se em prática os processos dos agiotas , qiiando uma institiiição oficial se não deve transformar num a agência de tiégócios, para aqueles que recorrem ao crédito.

Devo acrescentar que uma das grandes dificuldades qUe atravessa o nosso país é a do dinheiro, resultante do péssimo sis-tenlã com que funciona o Banco de Por-

O estado actual da nossa vida económica provém do pé de meia, das quantias açambarcadas pelo pequeno agricultor, pelb" peqtteno comerciante, pelo pequeno bllrgiiêss erdflffi. E porquê? £ Porquê es-tâO arrecadadas essas quantias? Pela dúvida, porque se lhes não dÊo garantias.

A Caixa Geral de Depósitos j em vez de dar 4 por cento de juros aos depósitos insignificantes, se elevasse o prémio de jufO á 10 por cento, bem melhor faria. Mae fiada se fez nesse sentido.

A boa administração da Caixa Geral de t)ef)ôsitos contraponho um facto ocorrido receHtémeflt'1, qtie foi a burla dos 500 contos.

Segundo consta da escrita e da ecrres-pd&dêíicía trocada entre a Caixa Geral de Depósitos 6 a Administração do porto de Lisboa? nenhuma quantia podia dali ser levantada sem que Os cheques tivessem a assinatura de dois administradores do Porto de Lisboa. Não obstante, os funcio-íiáríOs encarregados de dar expediente ao levantamento de dinheiro mandaram paga? uni cheque de 500 contos a uni burlão. tendo apenas a pseudo assinatura dnm aotffliíJistradoT desse serviço público. Preguntd ettí ^quem indemniza a Caixa prejuízo?

Pois fett chamo a atenção do Sr* Ministro dás Finanças para êsts caso, porqtie estou convencido de que S. Ex.% como presideate do Conselho de Administração

desse estabelecimento de crédito, hãO tomou providências, indo toma-las hoje como Ministro das Finanças.

Sr. Presidente : a princípio comecei por • duvidar Um pouco da competência do Sr. Daniel Rodrigueâ para a pasta das Finanças ; más, reflectindo, lembrei-^mé que talvez S. Ex.a quisesse tomar a iniciativa de revogar um diploma, legislativo que permite ao administrador geral da Caixa Geral de Depósitos receber 2 por cento dos lucros dessa Caixa, o que atinge a ciirà de 4Q ou 50 contos por ano. Se S * Es..'1 fizer isto está plenamente justificada a sua entrada no Ministério; seguirá assim o procedimento nobre e altamente louvável, dos administradores do Porto de Lisboa, no número dos -quais se contava o nosso colega Sr. Herculano Galhardo, qde logo após o 19 de Outubro propuseram que fosse suprimido o preceito legislativo que lhes dava percentagens sobre os lucros apurados.

Pregunto eu:

? Poi que é que o administrador da Caixa Geral de Depósitos!, que tem tanta competência como os outros funcionários da Èepúblicaj há=de receber 4 e 5 contos por mêSj ao passo que uni,alto fdnciòná-río o máximo que recebe são 1.000$ a 1.500$? £ Porventura a inteligência dele é mais privilegiada?

£ Porventura o Sr. coronel Coelho Ou o Sr. Morais Roáá serão alguns luminares da sciência financeira? Não são ; ninguém lhes reconhece essa qualidade.

Por isso, se são funcionários do Estado coíno o ã outros, se trabalham como os demais, é justo que se lhes dê uma retribuição superior e tarn desproporcionada com os setis méritos?

Agora o Sr. João Salema» q"ue não foi pára Ministro da Agrículttirai Só neste momento percebo a razão por que o Sr. Rodrigues Gaspar mostrou o desejo de o Sr. Salema fazer parte do Governo. Era para o Governo não ser carne e peixe.

O Sr. Ferreira cie Simas : --=- & Há algum peixe Chamado salema?