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Diário 'das- Sessões 'Ao Senado

O resultado dessa má, dessa péssima administração, está-se a ver todos os dias, em todos os serviços.

Comentar factos desta natureza neste artigo que o Sr. general Sinel de Cordes assina, equivale a dizer-nos: jclhem para isto Srs..parlamentares! ;Não é de molde a desmerecê-lo no conceito do País! Bein pelo contrário! A razão de tudo isto vê-se bem e sem óculos.

jE que a Jovem Turquia nunca perdoa merecimentos superiores em qualquer pessoa fora da sua grei! Assim está certo.

Lamento que o Sr. Ministro da Guerra .procurasse atacar merecimentos e actos, pretendendo deixar na Câmara má impressão, a respeito do general demitido.

Estou convencido de que o Sr. Ministro da Guerra há-de reconhecer, dentro de muito pouco tempo, ter praticado um gravíssimo erro, como convencido estou também de que o Chefe- do Governo, a que S. Ex.a pertence, não tardará muito em se arrepender de não ter. impedido a prática dessa mau acto!

Não tenho qualquer má vontade contra o Sr. Ministro da Guerra. ;Conheço apenas S. 3x.a de o ver aqui no Parlamento, mas ó de lamentar que S. Ex.a nessa cadeira se deixe ir atrás da sua paixão política.'e, dizendo querer digniti-car o exército, começasse por bater na primeira figura do mesmo exército abaixo do Ministro da Guerra!

O Sr. Ministro da Guerra (Heider Ribeiro): — Sr. Presidente: ouvi com. toda a atenção as considerações feitas pelo Sr. Orlo] Pena, e como S. Ex.a disse que tinha assistido à discussão deste assunto na outra Câmara, eu julguei que S, Ex.a traria novos argumentos para este incidente e que viria demonstrar —se tal fosse possível— .a injustiça e incorrecção do meu proceder.

S. Ex.a começou o seu discurso por se referir às qualidades que exornam o general Sr. Sinel de Cordes, que desempenhava as funções de quartel-mestre general do exército.

Disse S. Ex.a, e a mesma opinião já eu tive ensejo de expor, que o general Sr. Sinel de Cordes ó um oficial distinto, inteligente e estudioso e que na sua* carrei-

ra tinha largamente evidenciado essas qualidades.

S. Ex.a frisou essas qualidades e aludiu à longa carreira militar do Sr. Sinel de Cordes para mostrar que o Ministro da Guerra não tinha carreira.

Devo dizer que na minha carreira militar, que não é realmente tam longa como a do Sr. Sinel de Cordes, nem poderia ser, embora já conte pelo menos duas dezenas de anos, na obscuridade do meu nome (Não apoiados] tenho sabido sempre, dentro das minhas forças', inas com firmeza e vontade, hoiarar a corporação a que pertenço.

Apoiados.

Posso orgulhar-me de ter feito a minha carreira militar sem recorrer nunca a fa-%Tores de qualquer pessoa ou a influências de qualquer natureza.

Apoiados.

Por isso, em toda a minha vida política, eu nunca esqueci que sou militar e, como tal, o respeito que devo ao exército è os deveres que de tal situação derivam. E como político, só tenho procurado fen-grandec<â-lo p='p' que='que' contribuir='contribuir' digno='digno' para='para' e='e' nação.='nação.' admiração='admiração' seja='seja' da='da' ele='ele'>

Apoiados.

E assim, eu não posso aceitar as palavras que pretendam mostrar que eu, como chefe do exército, que tenho obrigação de manter disciplinado, esquec' o respeito que devo ao lugar que ocupo, procedendo com leviandade para magoar qualquer fi- .» gura do mesmo exército.

O general Sr. Sinel de Cordes ocupava, na verdade, um dos lugares mais categorizados na alta hierarquia do exército, e, portanto, um dos que impõem mais altas responsabilidade. E quando se trata de exigir responsabilidades é evidente que elas crescem em relação à posição que ocupa a pessoa a quem são exigidas essas responsabilidades.