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Diário das Sessões do Senado

que a nossc convite vêm assistir à comemoração do IV centenário da morte de Vasco da Gama.

Temos de fazer alguma cousa ^rruiá que festejos são esses que se pretendem realizar ?

Isto que aqui está não é um programa., porque um programa defino princípios, consigna atitudes e orientações e Isto não revela senão insignificâncias, frivolidades, não ó um programa, isto. não é nada, absolutamente nada, é uma congsmina-ção de um modestíssimo carnpónio.

Não tem nada de grande, nem de natural. E tudo pee;ueno e insignificant?.

Ora, muito bem disso o Sr. D. Tomás de Vilhena, o centenário, em 1898, ó que teve brilho, foi alguma cousa de memorável.

Agora., tudo só guarflou para í. ultime;, hora, sem a devida preparação.

O que há de mais notável são duas sessões solenes uma na Sociedade do Geografia que será bem de adormecer, e outra na Câmara Municipal que o Governo aqui se propõe realizar sem prévio conhecimento da própria Câmara.

O Governo invadiu as atribuições da Câmara Municipal.

Não sei quais são os oradores que falarão nestas duas sessões, mas pareço-me que essas conferências não passarão do simples palestras.

O que temos mais ? Tomos, por exemplo, uma festa no palácio da Ajuda, em que naturalmente não poderão tomar parte senão pessoas escolhidas e em reduzido número, quando o fim que se deve tei' em vista é dar a osta celebração o cunho democrático, chamando o povo a compartilhar nela.

Há ainda uma primeira pedra que só vai lançar em Belém. Ainda há, pouco tempo foi lançada uma primeira pedra na Avenida da Liberdade, junto da Una db Salitre, para um monumento destinado a-comemorar os heróis da guerra. Hão-de.' desaparecer ato os vestígios dessa pedra; sem que se erija ali esse monumento. No dia em que se lançou ali essa pedra lançaram-se reais duas em outros pontos, destinadas r. dois monumentos à memória-de dois grandes patriotas. Não se sabe-quando se começará a construção desses-monumentos.

Se nós não temos possibilidade de eri-

gir edifício 3 e monumentos condignos o apropriados ao fim que têm em vista, £ para que é ir lançar primeiras pedras nos pontos mais importantes da cidade?

Figura no programa, por exemplo, -o descerramento .duma lápide comemorativa no Liceu de Pedro Nunes. ,;A que propósito vem isto? É conveniente qne o Governo explique que razão teve para incluir isto no programa. <_ de='de' no='no' foi='foi' ou='ou' do='do' porventura='porventura' local='local' o='o' p='p' nunes='nunes' nasceu='nasceu' professor='professor' está='está' onde='onde' pedro='pedro' liceu='liceu' vasco='vasco' da='da' edificado='edificado' gama='gama'>

^ Teria sido Vasco da Gama um iniciador do ons::no secundário em Portugal? Parece que nuo.

Conforme se inaugurou esta lápide também só podia inaugurar o rctrato de Eduardo Brasão no Teatro de S. Carlos.

• O Sr. Carlos Costa (interrompendo): — V. Ex.a acha pouco o que só faz, mas só continuar assim evita que se voto este projecto de lei.

O Orador: — Não é este o meu intuito, o, para o provar, imediatamente termino as minhas considerações, declarando apenas que voto o projecto o que lamento qne se tÍATessem dado todas estas peripécias, e sobretudo, que o programa das festas fosse 'tam deficiente, não figurando um número que pudesse levantar a alma nacional.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Silva Barreto : — Sr. Presidente : este lado da Câmara vota a proposta do Sr. Ministro do Trabalho.

O país conhece bem o significado das festas, que se vão fazer a Vasco da Gama.

É de facto para lamentar que não haja o tempo preciso para dar o brilhantismo necessário às festas em presença do estrangeiro, que mostre conhecer o alto feito prestado por Vasco da Gama.

Não faço, Sr. Presidente, mais considerações, visto ser necessário'votar este projecto e haver mais oradores inscritos.

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