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Diário das Sessões do Senado

vás de leal e dedicada colaboração, apresentou a sua demissão, que foi aceita pelo Sr. Presidente da Eepública.

Foi então convidado para assumir a pasta da Guerra o coronel Sr. Mimoso Guerra, que venho apresentar hoje ao Senado, o que faço com verdadeira satisfação e orgulho.

O Sr. Mimoso Guerra, quer -coaio cidadão, quer como militar, quer como republicano, não é um desconhecido para o Senado, nem para o País. Os seus trabalhos em todas as comissões, quer na metrópole, quer nas colónias são bem conhecidos ; a sua acção no exército como secretário geral íoi no período mais difícil para a administração da pasta da Guerra, em que teve de fazer a preparação para a guerra, e os trabalhos que teve de íVzer durante a guerra evidenciaram assim a todo o País quais são as suas qualidades de carácter, do inteligência, e as suas grandes faculdades de trabalho.

Assim, sob este aspecto, sob o aspecto •técnico, não é, do maneira nenhuma, um desconhecido; também o não é sob o aspecto republicano.

Todos sabem que S. Ex.a tem sido duma dedicação que pode ser igualada, mas não excedida, em tudo que diz respeito à defesa c ao prestígio do regime.

Portanto, terminando, digo a V. Ex.a, Sr. Presidente, que é com verdadeira satisfação que faço a apresentação do novo Ministro da Guerra ao Senado, c tenho a certeza, porque conheço as suas qualidades de carácter, inteligência o ler.ldr.dc, soja qual for o tempo que S. Ex.a se demore no exercício de tam importante cargo, do Ministro da Guerra, quando tiver de abandonar este elevado posto, só haverá motivos para louvar a sua acção e os ssus actos.

Estou certo de que S. Ex.;i é incapaz de praticar qualquer acto que mereça censura ou que represente menos respeito pela Constituição, pela lei e pelo direito pessoal.

O orador não r^viu.

O Sr. Catanbo de Meneses: — Sr. Presidente : devo dizer que, aplaudindo não o facto da tal ou qual censura dirigida pelo ilustre Senador Sr. Ribeiro de Melo, .mas única o simplesmente o zelo com que S, Ex.a quis defender as regalias desta

Câmara, S. Ex.a não tinha razão. Bastavam os motivos apresentados pelo Sr. Presidente do Ministério, bastava a maneira como S. Ex.a tem sempre procedido, com toda a atenção para esta Câmara, para que ficássemos desde logo convencidos de que só contra vontade de S. Ex.% sem de maneira nenhuma faltar us praxes parlamentares, deixara de apresentar a esta Câmara o novo titular da pasta da Guerra. Estou certo, de quo só por circunstâncias imperiosas. Uma delas, e elementar, foi a seguinte:

E que, aberta- ontem a sessão, logo o Sr. Presidente propôs um voto de sentimento pelo falecimento do Sr. João Chagas, do actor Brasão, e pelo doutros cidadãos.

Esse voto foi aprovado unanimemente pelo Senado, assim como também foi aprovado ein seguida um voto de que, em sinal de homenagem a esses ilustres extintos, a Câmara se encerrasse imediatamente.

De maneira quo, Sr. Presidente, não era possível ter sido o Sr. Ministro da Guerra apresentado nesta Câmara.

Outra razão havia, e foi dada agora pelo Sr. Presidente do Ministério, que era a de S. Ex.a não poder deixar de comparecer a urna festa que teve lugar na Escola Militar, em Tancos.

Efectivamente, sendo S. Ex.a o chofe do exército, não podia deixar de assistir a essa festa.

Digo isto, não para defender o Sr. Presidente do Ministério, porque S. Ex.a não precisa, mas para acentuar quo deste lado da Câmara não poderia haver, nem há, o mínimo melindro a semelhante respeito, porque nem o procedimento de S. Ex.a, nem o seu passado e o seu carácter davam aso a semelhante interpretação.

Sr. Presidente: devo também, e foi para isso que pedi a palavra, apresentar, em nome deste lado da Câmara, as minhas saiidações ao Sr. Ministro da Goer-ra, que acaba de ser apresentado. O Sr.' Ministro da Guerra, bem se pode dizer, é alguém no exército português.

Muitos apoiados.

Tem dado sobejas provas de quanto pugna pela ordem pública, de quanto preza as instituições militares e de quanto é capaz o seu esíôrço e inteligência.