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de S de Junho de J925

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formações da 5.a repartição da 2.a Direcção Gorai do Ministério da Guerra, até que uma bola. ocasião uma pessoa, das minhas relações me pediu para eu chamar a atenção do Sr. Ministro da Guerra de então para esse processo.

E então respondi: — não peço favor nenhum senão este: que o Sr. Ministro da Guerra veja Esse processo.

O Sr. Ministro da Guerra respondeu-me, depois de ver o processo: — siiu, senhor, Csse homem tem razão, faça novo requerimento.

Foz novo requerimento. Foi deferido.

Pois, vSr. Presidente, depois disso causaram tais empenos a este processo que andou da 3.a repartição para a 5.a, dá 5.a para a 3.a, da 3.;i pura a 5.a que se passaram largos moses, sem ficar ultimado até que ultimamente o levaram a despacho do Ministro da Guerra para rosol-ver se o sargento é mutilado ou inválido. O despacho do Ministro, segundo me consta, foi para que o sargento seja presente à junta para julgar do motivo da invalidez.

Esta repartição -não dá o direito ao Ministro de proceder conforme enteada, e se o Minibtro despacha em desacordo com a sua informação, causa depois toda a série de dificuldades ao andamento dos processos.

Isto que se dá no Ministério da Guerra dá-se noutros Ministérios.

Não há possibilidade de, neste país, se fazer a obra que a opinião republicana reclama, sem que se substitua no todo. ou pelo menos em parte, o matorial que constitui a muralha que existe em todos os Ministérios em volta dos Ministros. Enquanto isto nuo se fizer, as obras dos Ministros hão-de ser sempre mais ou menos as mesmas.

Tenho dito.

O orador não reviu,

Ò Sr. Ribeiro de Melo: — Sr. Prosiden-te: as palavras com que há pouco interroguei a Mesa causaram, pode assim chamar-se, uma verdadeira tempestade num copo de água.

O Sr. Catanho de Moneses, que tem o encargo de defender os Governos, sobretudo em obediência ao sen alto cargo de leader da maioria desta Câmara, tomou a liberdade de fazer reparos às palavras

proferidas por alguns dos seus pares de oposição, começando por dizer que não havia razão para declarar o que eu disse, e pretendendo descobrir-me o propósito de atacar o chefe do Governo por- não ter cumprido a praxe parlamentar.

Sr. Presidente: se se pudesse medir a amizade sincera e até política que me liga ao Sr. Vitorino Guimarães e demais membros do actual Gabinete^ podia pedir meças da minha estima como representante do Partido Radical, com a daqueles que estão filiados no Partido Republicano Português.

Para dar o meu apoio incondicional ao Governo do Sr. Vitorino Guimarães, fiado na sua amizade de sempre e no respeito pelas suas virtudes republicanas, não crrcço de pedir o beneplácito do meu partido, e, Sr. Presidente, é bem difícil a muitos dos correligionários de S. Ex.a dizerem o mesmo.

Talvez, Sr. Presidente, se o Sr. Vito-rino Guimarães precisasse, no momento, de um vote de plena e absoluta confiança para poder fazer singrar â nau governati-va, o recebesse com mais firmeza e mais justiça das oposiçõcs do que da parte dos seus correligionários.

É que esses, Sr. Presidente, disciplinados como parecem ser, têm primeiro que ouvir as instâncias superiores; e nós outros, que vivemos com a consciência republicana, que prebendemos e entendemos que o Governo de S. Ex.a está, neste momento, promovendo a verdadeira paz na constituição republicana, não tomos necessidade de convocar os nossos directórios, nem os mandões supremos do partido para lhe dar um franco e decidido apoio.

Não se pode medir, infelizmente, a extensão da amizade em relação a mim para com o Sr. Presidente do Ministério e até para com os seus colegas do Gabinete, sobretudo depois de S. Ex.a ter jugulado o movimento revolucionário, com essa amizade-dúbia que transparece em todos os jorn;iis e discussões políticas de uma grande parte dos seus correligionários.