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Sessão de ô e 9 de Juntio de 1920

siderando-os descabidos e dizendo só os esperaria nesses termos feitos por nós, monárquicos da extrema direita.

Pareceu^me absolutamente inoportuno' lembrar-se o Sr. Pereira Osório, sem qualquer de nós ter ainda aberto o bico, de querer pôr as palavras do Sr. Kibeiro de Melo, apesar de nada terem de inconvenientes, serem muito bem deduzidas e, em parte, muito bom fundamentadas, na boca ou nas intenções da minha humilde pessoa ou na do Sr. D. Tomás de Vilhe-

na, ausente ia nessa altura.

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Esses esclarecimentos levaram-me a pedir a palavra, e portanto a maior parte da responsabilidade de V. Ex.a, o Governo e a maioria não terem visto acatada a sua vontade de verem'-'votado este projecto sem-demora deve-se ao Sr. Pereira Osório, que foi depois secundado, também com grande espanto meu, pelo Sr. Artur Costa, fazendo o papel de Cardeal Diabo, e, contra, o seu-costume, requerendo a prorrogação da sessão até se votar o projecto.

Ficávamos assim condenados, e V. Ex.a em primeiro lugar e todos nós os já assim um pouco brancos como S. Ex.a, a termos aqui uma sessão arrastada por a noite fora, sem necessidade, sem utilidade.

V. Ex.* não esteve pelos ajustes e fez muito bem e aqui lho agradeço, fazendo assim protelar a discussão, marcando a continuação para daí a três dias até terminar a reunião do Congresso Democrático, sendo de tal causador e responsável o Sr. Artur Costa, que não costuma ser apagador nem dilatador, e se lembrou agora de exercer essas "funções ou'por simples capricho ou para ser agradável ao Sr. -Pereira Osório.

A responsabilidade de este projecto não ser votado com a presteza desejada pelo Governo e pela maioria da Câmara cabe integralmente, sem a menor dúvida, aos Srs. Pereira Osório e Artur Costa.

Se assim não fosse, seS-'Ex.asnão"têHi, por assim dizer, provocado este lado da Câmara, o seu único representante nesse momento não teria pedido a palavra, o projecto seria votado sem a minha intervenção e V. Ex.as teriam sido dispensados de vir hoje aturar-me, com muita paciência e nenhum deleite, durante alguns minutos e teriam assim, prestado a sua de-

sejada homenagem, quê melhor fora não ser tam discutida e V. Ex.as hão-de votar; sendo tudo quanto o meu grupo,' agora reduzido ao número- um, faça absolutamente indiferente à votação.

Atacar o projecto ou defender o projecto ; votar branco ou votar preto: para o resultado final é absolutamente indiferente !

Gosto de falar verdade, de ser sincero, de ser justo.

i Se a intenção do Governo, se a intenção do Partido Democrático, se a intenção em geral dos republicanos desta casa era prestar homenagem a essa figura que foi João 'Chagas e trata p projecto, devemos confessar ''ter ela saído chocha desde o princípio.

Não teve brilho, deram-lhe um carácter de desperdício escusado, absolutamente desnecessário.

Foi feita em virtude de procedimentos ilegais, criando-se situações, tomando-se deliberações, assinando-se decretos, onde — no meu entender, nó'entender de muito boa gente— se vêem assinaturas que não estão ali legitimamente. • - O decreto n.° 10:808, publicado no Diário do Governo n.° 118 da l.a série, logo à cabeça é assinado pelo Sr. Gomes, em primeiro lugar!

O Sr. Manuel Teixeira Gomes renunciando, som ninguém lho pedir, por sua absoluta vontade, por seu livre alvedrio aos seus altos poderes, não tinha de consultar o Congresso.

O acto é positivo e foi definitivo, o que está.perfeitamente justificado, e foi logo nitidamente, absolutamente, sentido por toda a gente quê imagina ter ainda um resto de lógica no espírito.-

Desde o primeiro momento foi perfeitamente esclarecido na sua forma jurídica, num artigo publicado no ministerialíssimo Diário de Noticias assinado pelo Sr. Alberto Xavier, Deputado e pessoa muito inteligente. : \

É na verdade admiravelmente bem deduzido, revelando uma grande competência jurídica, sendo extraordinário, até, que, sendo o autor um pouco escuro de pele, escreva com tanta clareza que não deixa dúvidas no espírito de quem lê.