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Diário das Sessões do- Senado

mento§ sobre a capacidade de quem vai tributar. .. . •

Há muito tempo que este assunto tem sido tratado por uma forma tam leviana, que tudo isso se resolve por multiplicações, sem se sabei* se.a taxa a aplicar é justa ou injusta. ;

E assim os tributos são uma cousa asfixiante para quem tem de os pagar.

Isto eonj untam ente com aquela célebre cavalgada das Walquirias do Sr. Álvaro de. Castro que fez com que num mSs o câmbio descesse vertiginosamente, desorientando todo o.comércio e a indústria, Otrazendo-nos uma situação tam perigosa

Para uma questão desta gravidade, peço toda a atenção do Sr. Ministro das Finanças e desde já digo a S. Ex.a que não se lembre de vir flagelar este desgraçado povo com tributações por que ele não pode mais.

Uma das vantagens que muito se apregoou-, da nossa entrada na guerra, foi a de que nos traria a "garantia, a imunidade das nossas colónias.

Ora há um tempo a esta parte, uma campanha quç não é de acaso, que se vê perfeitamente pensada, estabelecida coo método, com regras, está-se dirigindo contra algumas das nossas colónias mais importantes. .

E desnecessário, creio eu, chamar a atenção do Governo, mas eu como português não quero neste momento cleixar de levantar aqui o meu protesto contra essap presunções não dos inimigos da nacionalidade portuguesa, mas daqueles que depois de terem solicitado o sangue dos nossos soldados e sacrifícios tam grandes e tam complexos que nos levaram à ruína, -agora, aos parecem querer tirar uma cousa que representa um grande sacrifício dos nossos antepassados e um padrão de glória, . . • •

Está ali nm soldado de África, é am soldado da Grande Guerra, ò Sr. Ministro da Guerra, que há-de fazer pesar a sua espada no Governo, se porventura houver qualquer pretensão . menos justa aos interesses dos nossos domínios coloniais.

, Sobre o problema das estradas, parece-me que não há nada a dizer desde que o,. Sr. Ministro do Comércio tem sido um

dos seus. mais entusiastas defensores. Isso quere-me dar a esperança de que dentro em pouco os meus.ossos e os de V. Ex.a8 todos estarão m enos^ expostos àqueles choques desagradáveis e desencontrados que há muito tempo experimentamos.

Ao Sr. Ministro da Agricultura nada lhe digo agora'com respeito à sua pasta, havemos de, falai- niais devagar.

Tenho pena que não esteja presente o Sr. Ministro da Instrução, porque queria chamar a sua . atenção, para alguns problemas importantes que correm pela sua pasta. Reservo-me, porém, para o. fazer em ocasião oportuna. Pôr hoje nada mais tenho a dizer. . .

O Ministério- tem uma íunção primá,-ria: é as eleições. ' . .

Faça essa eleição tanto quanto póssí-vel com espírito de imparcialidade. Presida à eleição com aquele possível espír rito de justiça, e depois se vencer, se triunfar, então. o Sr. Domingos Pereira dir-nos-há o que poderá fazer e nós trataremos de analisar o seu programa ministerial. • ' \ •• . •, -

Agora seriam palavras perdidas estar a insistir em variados pontos de adminis^ tração pública, quando -o escopo principal deste Governo vé, fazer as eleições.

Tenho dito. , • .• -

O orador não reviu. - ,

O Sr. Lima Alves : — Ao entrar nesta sala, julgava encontrar aqui o Sr. Lima Duque, leader do Grupo de Acção Repur blicana, que deveria enviar, como é costume., os seus cumprimentos e saudações ao Governo que. hoje sé apresenta ao .Senado. S..: Ex.a não está presente, com certeza por caso de força maior, e nestas condições compete-ine dirigir esses cumr primeutôs ao novo Governo, representando na pessoa do Sr. Domingos Pereira, ilustre Presidente da Câmara dos Deputados. . .

Faço essa saudação em nome do meu grupo e em meu nome pessoal, com o maior prazer e com a maior satisfação.

Essa saudação não. tem o mero intuito de praxe, nem de -cprtesia. É ditada pelo íntimo da nossa consciência.