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Diário das Sessões do Senado

O Sr. Ministro da Marinha representa muito bem aquela função que deve representar, uma função semelhante à que representa uma constante dentro das equações matemáticas. . E o Sr. Ministro da Marinha uma constante no Ministério da Marinha, e' ainda "bem que assim é, que S. Ex.a teia ocupado, através de vários Ministérios,- esse lugar com a mais elevada dist:'nção, distinção que tem sido reconhecida por todos os Governos, pois todos lhe oferecem esse lugar.

E ainda bem que neste momento sobraça a pasta da Marinha cidadão com competência tam elevada, com tam puro patriotismo e com tanto amor à sua classe como o comandante Sr. Pereira da Silva.

. Correm actualmente pela pasta de S. Ex.a assuntos de gravidade de carácter internacional que sem dúvida alguma encontrarão em S. Ex.a o melhor e roais devotado patrono em favor da justiça nacional..

No Ministério do Comércio e Comunicações ' houve uma troca de Ministros, mas vejo com íntima satisfação que essa pasta caiu nas mãos do Sr. Nu no Simões, pessoa que desde longos anos me acostumei a apreciar, desde, me parece, que S. Ex.a deixou a pasta do estudante universitário para entrar na sua vida pública. S. Ex.a sabe em que condições e sabe que não podiam deixar de ser das ,mais gratas para mim.

Desde então, para cá, devo a S, Ex.a as maiores provas de deferência, que merecem também uma atitude de reconhecimento pela minha parte.

O nosso colega nesta casa do Parlamento Sr. Gaspar de Lemos trocou a sua,pasta por uma outra não menos espinhosa, a pasta da Agricultura. Estando a terminar a sessão legislativa, com certeza não entraremos em debates de natureza política nem administrativa. Se tempo houvesse en chamaria já a atenção de S. Ex.a para certos pontos de alto interesse nacional que devem ser estudados com o maior dos carinhos pela pasta da Agricultura.

, Mas, naturalmente, cumprimentando hoje S. Ex.a, despedir-me-hei também de S. Ex.a e não valem, por: consequência, palavras inúteis e desnecessárias.

Todos os outros membros do Governo-apresentam-se também de modo a eu poder manter esta minha asserção de que o-Govêrno actual é efectivamente um Go-:vêrno de conciliação, que o Governo actual não é,uni Governo nem das direitas nem/ das esquerdas.

A Acção Republicana espera, como se-infere da declaração ministerial, a maior isenção partidária perante as urnas, para que estas falem legitimamente.

Por isso mesmo eu afirmo mais uma. yez que este Governo nos merece muita simpatia e que ficamos numa situação de espectativa benévola, pautando, a nossa-posicãò política pela acção política do-Governo.

O orador não reviu.

O Sr. Dias de Andrade:—Cumpro hoje gostosamente a velha praxe parlamentar de em nome da minoria católica apresentar os meus cumprimentos ao novo Governo e especialmente ao Sr. Presidente do Ministério, a cujas altas qualidades de espírito e de carácter eu presto homenagem..

Sabe V. Ex.a antecipadamente a atitude da minoria católica perante o actual Go^ ver no.-

Aguardar os seus actos.

Não 'representa isto uma habilidade política. Não temos pretensões a Governo-Completamente estranhos às contendas partidárias, pouco nos interessa saber a, que política pertencem esses homens.

O que nos interessa saber é se eles são* competentes e honestos. • ' .

Sc eles dignificam as funções do Podeir e servem o País, se eles nesta hora grave-para o País têm soluções mais adequada» para os nossos problemas.

Sobre o problema de ordem, não podemos continuar a viver nesta incerteza, é=' preciso estabelecer a ordem nas ruas, e-para isso é preciso estabelecer a paz nos-espíritos.

E preciso atender aos clamores que já se levantam contra-os pesados encargos fiscais cue ameaçam sufocar a actividade das classes produtoras, é preciso atender às reclamações dos católicos, que não pedem senão aquilo a qne têm direito.