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-Sessão de 7 e 11 de Agosto de 1925

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.Disse S. Ex.s ao Sr. Presidente do Mi--nistério que, se ele se afirmasse.um jaco-. bino na questão religiosa, ele o combateria com todas as suas forças quer eu o ajudasse, quer não. *

Interrompi S. Ex.a neste momento para -dizer que . sobre esse assunto eu estaria sempre ao seu lado.

E agora tenho a acrescentar que ení matéria religiosa eu é que tenho de celebrar o de pontificar, visto que tenho as 'honras de prelado da igreja, tendo muita -honra em ter S. Ex.u por acólito.

Sr. Presidente: tem o Governo graves problemas a resolver.

£ Está ele disposto a resolvê-los c a encarar a situação do País, bem de frente?

Na declaração ministerial o Sr. Presidente o afirma—e faço inteira justiça à sinceridade e à justiça dos propósitos do ôr. Presidente do Ministério.

Eu, Sr. Presidente, limito-mo a fazer votos para que ò GovOrno possa efectivar Bestes seus. propósitos, merecendo assim o •aplauso deste País.

E para a realização dessa obra pode V. Ex.a contar absolutamente com a nossa modesta, mas leal colaboração.

Tenho dito.

O Sr. Ramos de Miranda: — Sr. Presidente: a hora vai adiantada, pelo que tomarei muito pouco tempo à Câmara.

Não pediria a palavra se não fosse forjado a fazer declarações importantes, porquanto já o Sr. Silva Barreto, membro da junta parlamentar deste lado da Câmara, «umpriu o dever de apresentar ao Governo os seus cumprimentos em nome -dos senadores democráticos.

Em virtude, porém, de circunstâncias especiais, um grupo dó parlamentares de-mocráticos foi obrigado a tomar uma atitude- de relativa independência, embora provisória, na sua atitude parlamentar, -merco de equívocos criados e de atitudes •tomadas pelo alto corpo directivo do nosso partido, independência que será mantida ;até. que quem de direito possa julgar e desfazer esses equívocos e modificar atitudes, tendo a convicção de que justiça nos, será feita.

E pois em nome desses Senadores que

eu cumpro o dever, de cumprimentar o novo Governo, presidido pelo Sr. Domingos Pereira.

Sr. Presidente: não seria a mim que caberia essa honra, mas sim ao Sr. Pereira» Osório. Porém teve S. Ex.a de se afastar desta Câmara antes que lhe coubesse a vez de usar da palavra, e deixou-me esto encargo bastante honroso, de que me desempenharei como puder fazê-lo nas minhas modestas forças.

O Ministério organizado pelo Sr. Do-.mingos Pereira não realiza os desejos manifestados na ocasião da solução da crise pelo grupo de parlamentares que eu represento aqui nesta Câmara, porquanto desejariam eles que o Sr. Domingos Pereira constituísse um Ministério de'verdadeira conciliação, em que colaborassem representantes dos diferentes grupos políticos e em quo entrassem mesmo altos vultos da República, embora estranhos ao Parlamento, mas que pela sua personalidade fossem penhor de que o acto máximo que está prestes a roalizár-se e a que provavelmente este Ministério presidirá— as eleições gerais da soberania nacional— se realizasse com extrema imparcialidade, e para que, porventura, não se manifestassem intenções de extermínio contra qualquer grupo político existente.

No emtanto a personalidade do Sr. Domingos Pereira, a sua imparcialidade -política, que principalmente como Presidente da Câmara dos Deputados tem sido várias vezes verificada, o seu espírito de. conciliação que em diversas emergências tem sido posto à prova, ajudado por um tato político e por uma diplomacia forte e intransigente, são garantias de que S. Ex.a dirigirá o. acto eleitoral com a imparcialidade que nós desejaremos ver no mesmo afirmada.

Estou certo de que o Sr. Presidente do Ministério, que na sua declaração ministerial aponta o problema da renovação da soberania nacional como um dos principais a que se dedicará; o Governo, terá o cuidado de em breve munir-se dos poderes constitucionais .de vida que o habi-litera a realizar o acto eleitoral.

É quási certo, Sr. Presidente, e ficará demonstrado, que a crise começou com a queda do Ministério do 'Sr. Vitorino Guimarães e só agora estâ: solucionada.