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3 DEZEMBRO DE 1968 1859

por cento em Março, prosseguindo, aliás, o movimento operado ao longo de 1967 (de 5,25 para 4 por cento), na Dinamarca, de 7,5 para 7 por cento em Março, 6,5 por cento em Junho e 6 por cento em Agosto último; na Irlanda, com ajustamentos sucessivo, desde 7,78 em Dezembro de 1967 para 7,25 em Agosto de 1968; na Suécia, de 6 para 5,5 por cento em Fevereiro, e no Reino Unido (após a elevação, decretada em 20 de Novembro de 1967, para 8 por cento, o mais alto nível desde 1914), de 8 para 7,5 por cento em Março e 7 por cento em Setembro passado. Apenas em França, na sequência das perturbações económicas e político-sociais observadas em Maio, houve que aumentar a taxa de desconto em Julho, de 8,5 para 5 por cento, e em Novembro, para 6 por cento.
Quanto às transacções externas dos países europeus participantes nas O. C. D. E, o montante das importações de mercadorias subia bastante entre os 1.ºs semestres de 1967 e 1968; como, por sua vez, o valor das exportações se elevou também, o déficit mensal médio foi semelhante em ambos os períodos, reduzindo-se apreciavelmente entre os l.º trimestres, mas aumentando entre os 2.º trimestres. De notar, especialmente, entre os 2.º trimestres de 1967 e 1968, a contracção do excedente mensal médio da Alemanha Ocidental e o acréscimo do déficit da França.
Simultâneamente, da conjugação dos deficits comerciais com os excedentes por transferências de invisíveis correntes e com as operações de capitais, terá advindo para os referidos países europeus da O. C. D. E. um déficit global, que, avaliado pela quebra das reservas de liquidez internacional, ultrapassou os 1410 milhões de dólares no l.º semestre de 1968, quando, um ano antes, não chegar a aos 330 milhões. Todavia, aquela contracção foi provocada fundamentalmente pela França (cujas reservas baixaram cerca de 1480 milhões de dólares), quase se compensando as variações positivas e negativas averbadas pelos outros países (com evidência para os acréscimos da Alemanha Ocidental e Suécia e para os decréscimos da Itália, Holanda, Espanha e Suíça).

6. Referindo-se, por último, às perspectivas a curto prazo de alguns dos principais países da Europa Ocidental, o relatório do projecto de proposta de lei de meios anota, particularmente.

Em França, a previsão de uma recuperação rápida, atendendo à política expansionista adoptada e à melhoria recente da balança de pagamentos;
No Reino Unido, as possibilidades de contenção das pressões da procura interna e do incremento de actividade em diversos sectores importantes da exportação, mas ressalvando-se que a evolução da situação económica dependerá, principalmente, do êxito das medidas atinentes, por um lado, a refrear as altas dos preços, da procura dos consumidores e das importações e, por outro lado, a fomentar as exportações de bens e serviços;
Na Alemanha Ocidental, as perspectivas de continuidade da expansão, dadas as políticas orçamental e monetária adoptadas e os estímulos à colocação de capitais privados no exterior, continuando os saldos positivos das transacções correntes;
Na Itália, a possibilidade de um afrouxamento da expansão, por efeito de diversos factores, levando a admitir que tenham de promulgar-se certas medidas estimulantes da economia, posto que de carácter selectivo;

b) A conjuntura nos Estados Unidos e Canadá

7. Nos Estados Unidos prosseguia no 1.º semestre de 1968 a expansão da produção global de bens e serviços (mais acentuada, até, do que em igual semestre do ano precedente), devida, principalmente, à subida das despesas dos consumidores e à vultosa acumulação de stocks. Cabe notar, a este respeito, que o índice da produção industrial mostrava nítido sentido de acréscimo no 1.º semestre do ano corrente, mas nos meses de Julho e Agosto a produção de aço bruto e de automóveis baixava fortemente.
Quanto à taxa do volume de desemprego, corrigido de variações sazonais, oscilava no l.º semestre de 1968 à volta de 8,6 por cento, contra 3,9 por cento na segunda metade do ano passado. E o índice de salários industriais, depois de uma alta considerável entre o 4.º trimestre de 1967 e o l.º trimestre de 1968, manteve-se sem oscilação apreciável até Agosto, enquanto o índice geral de preços no consumidor manifestava um movimento de alta continuado, alta que; entre os meses de Agosto de 1967 e 1968, atingia 4,8 por cento, denunciando uma intensificação da tensão inflacionista.
Em consequência, a política monetário-financeira assumiu nítido carácter restritivo, elevando-se a taxa de desconto do Banco de, Reserva Federal de Nova Iorque de 4,5 para 5 por cento em Março e 5,5 por cento em Abril, o mais alto nível das últimas décadas, e adoptando-se em Junho uma política orçamental e fiscal mais rigorosa.
Contudo, os resultados da balança geral de pagamentos, avaliados pelo critério da liquidez, melhoravam um tanto entre os l.º semestres de 1967 e 1968, devido à quebra do excedente comercial, com os seus reflexos na balança de transacções correntes, ter sido ultrapassada pela variação positiva na balança de capitais. Deste modo, o valor das reservas oficiais de ouro e divisas desciam de 910 milhões de dólares de Janeiro a Agosto de 1968, enquanto as responsabilidades em dólares para com o estrangeiro não revelavam variação significativa.
Quanto às perspectivas da economia dos Estados Unidos, admite-se no relatório do projecto de, proposta de lei de meios uma contracção da cadência da expansão económica, por efeito das providências que foram promulgadas.

8. No que respeita à economia do Canadá, a sua evolução recente foi bastante semelhante à observada para os Estados Unidos acentuação da expansão económica no l.º semestre de 1968, mas por virtude principalmente, neste caso, do comportamento das exportações de bens e serviços e das despesas dos consumidores, acréscimo sensível do índice da produção industrial, acompanhado de tendência de subida da taxa de desemprego; elevação dos índices de salários e dos índices de preços no consumidor. E a taxa de desconto, que se elevara de 4,5 para 5 por cento em Setembro e para 6 por cento em Novembro de 1967, aumentava para 7 por cento em Janeiro de 1968 e 7,5 por cento em Marco, descendo, porém, para 6,5 por cento em Julho, denunciando uma inversão na orientação da política monetário-financeira, justificável, sem dúvida pela necessidade de aliviar efeitos de contenção da actividade económica, aliás, as reservas oficiais de ouro e divisas denunciavam um sentido de quebra a partir de Maio.

c) A política económica e financeira internacional

9. Os problemas inerentes às duas principais «moedas de reserva» - o dólar e o esterlino -, que se haviam