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994 ACTAS DA CÂMARA CORPORATIVA N.º 80

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Conforme mostra o quadro anterior, após uma intensificação da actividade, em 1970, no mercado primário de títulos privados, assistiu-se no período de Janeiro a Outubro deste ano a um decréscimo do valor global das emissões efectuadas, em comparação com igual período de 1970. Elevou-se, no entanto, o montante total correspondente às autorizações concedidas para a realização de novas emissões, pelo que é de admitir que até ao final do ano se observe uma recuperação de forma a proporcionar novo acréscimo do montante total das emissões em 1971.
Como no ano anterior, o volume de transacções no mercado de títulos evidenciou decréscimo no 1.° semestre de 1971, que se computou em 12,7 por cento, em relação a igual período do ano precedente. Nesta evolução continuaram a assumir posição preponderante as transacções de acções, que, nos seis primeiros meses de 1971, diminuíram de 11,8 por cento. Registou-se ainda ligeira contracção no quantitativo das obrigações transaccionadas, mas a redução foi mais ampla para os títulos do Estado, em que o respectivo decréscimo atingiu 35,1 por cento.
Nas cotações de acções prosseguia o movimento ascendente registado pràticamente desde Agosto de 1968. Em Julho último, o índice ponderado das cotações destes títulos na Bolsa de Lisboa denunciava um acréscimo de 15,4 por cento sobre o valor registado em Julho de 1970.
Esta evolução ficou a dever-se principalmente à valorização verificada nas cotações referentes às empresas seguradoras, bancárias, de transportes e ultramarinas.
Na sequência do comportamento observado nos últimos anos, o índice de cotações dos títulos de rendimento fixo (dívida pública e obrigações privadas) voltou a decrescer durante os sete primeiros meses de 1971: em Julho o valor atingido por esse índice mostrava-se inferior em 4,7 por cento ao de igual mês do ano precedente.

6 - Comércio externo

33. No decurso do 1.° semestre de 1971 as trocas comerciais da metrópole com o exterior saldaram-se por um deficit de 7 025 000 contos, o que traduz um aumento de 681 000 contos relativamente a igual período do ano precedente. As importações voltaram a progredir a um ritmo (9,5 por cento) que excedeu o das exportações (8,9 por cento), embora a diferença não tenha sido muito ampla. Em face da evolução verificada, o coeficiente de cobertura das importações pelas exportações não se alterou sensìvelmente, em comparação com o 1.º semestre de 1970, situando-se em cerca de 64 por cento.

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Para uma análise mais significativa, convém, todavia excluir o comércio de diamantes, dado que ele tem estado sujeito a profundas oscilações, afectando substancialmente e de modo irregular os valores das importações vindas do ultramar e das exportações para o estrangeiro. Além disso - e essa é uma razão ainda mais importante -, esse comércio traduz-se por um valor acrescentado na metrópole muito reduzido. Feita a exclusão dos diamantes, verifica-se que durante a primeira metade do ano a evolução das exportações registou uma taxa de acréscimo reduzida (+3,2 por cento), em confronto com as obtidas nos últimos anos. A explicação para esse facto encontra-se essencialmente no comércio com o ultramar, em que as vendas metropolitanas acusaram uma redução de 9 por cento, facto a que não serão alheias as restrições temporàriamente introduzidas nesse comércio com o objectivo de por mais essa via, se ajudar as economias ultramarinas a reduzir os deficits registados nas respectivas balanças de pagamentos globais. Nas exportações com destino ao estrangeiro, não considerando as transacções de diamantes, a taxa de acréscimo obtida foi de 7.5 por cento. Esse valor revela-se sensìvelmente inferior ao estimado para o conjunto das exportações dos países da O. C. D E. no ano de 1971, que se situa em cerca de 11 por cento.