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1196 ACTAS DA CÂMARA CORPORATIVA N.º 94

Internacional da O. I. V., realizado em 1950, em Istambul), num evidente propósito de tornar acessível um produto que, devido as suas características alimentares, higiénicas e energéticas, merece a maior divulgação 12.
A comparação das produções médias de 1959-1962 e de 18963-.1966, dos principais produtores mundiais de uvas de mesa, frescos, com as de 1969 e 1970 resulta do quadro VIII.

QUADRO VIII

[Ver Quadro na Imagem].

(*) Estimativa.

Fonte: Office International de la Vigne et du Vin.

Os grandes produtores têm-se esforçado por reduzir o número das variedades, procurando, sobretudo, consagrar castas precoces e tardias, com vista a um mais dilatado período de comercialização.
Em Itália, a Regina representa cerca de 50 por cento da produção e mais de 75 por cento das exportações. Na Grécia e na Bulgária é praticamente a única variedade exportada. Na Espanha juntam-se-lhe as castas Valência, Aledo e Almeria (Chanes); na ilha de Chipre, República da África do Sul e Austrália, a Sultana, e na Roménia a Moscatel de Hamburgo e Chasselas.
Na Califórnia, a produção de uva de mesa sem grainha conheceu particular expansão, atingindo cerca de 1 500 000 t, dias quais 450 000 t destinadas ao consumo em fresco.

10. Nos últimos anos o desenvolvimento do comércio internacional de uva de mesa tem-se processado a uma taxa de 10 por cento ao ano, quantidades transaccionadas, na sua maior parte, na Europa. De facto, neste continente, verificam-se 80 por cento das trocas.
Os Estados Unidos da América colocam os seus excedentes no Canadá; a Republica da África do Sul abastece mercados do Reino Unido, da República Federal da Alemanha e da Suécia; as exportações da Argentina e do Chile dirigem-se para a América do Norte e para a Escandinávia.
A situação das principais produtores e exportadores europeus ao começar a década de 70 pode, em certa medida, apreender-se dos elementos constantes do quadro IX.

QUADRO X

[Ver Quadro na Imagem].

(1) Mais 70 000 t de passas.

Fonte: Ferreira de Almeida, Sobre o Problema da Uva de Mesa em Portugal Continental (exemplar ciclostilado).

O grande incremento nas exportações italianas para os outros países da Europa Ocidental (mais do que duplicaram a partir de 1950) encontrou emulação no caso da Bulgária. Este país, que no período de 1955-1958 exportou, em media, 57 000b, atingiu, em 1965, um valor record de 259 500 t.
A situação especial da Itália no Mercado Comum permitiu-lhe já no período de 1963-1966 destinar a este vasto e rico mercado 80 por cento das suas exportações de uvas de mesa.
A Bélgica e a Holanda, países que tradicionalmente cultivavam, uvas de mesa em estufas, foram obrigadas a abrirem-se a produção dos seus companheiros da C. E. E. (Itália e França). De importações inexistentes em 1962 passaram, assim, para mais de 40 000 t por ano.
Mas as exportações da França têm-se dirigido particularmente para a República Federal da Alemanha e para a Suíça.
A República Federal da Alemanha é, de longe, o maior importador da Europa, com cerca de 40 par cento do volume total das uvas de mesa comercializada neste continente (250 000 .t).
E para este mercado que a Grécia tem dirigido grande parte das suas exportações, embora alguns excedentes tenham colocação igualmente no Reino Unido e na Escandinávia. A situação da Grécia como membro associado do Mercado Comum permite-lhe beneficiar de regime preferencial, o que reforçará as suas exportações para a Comunidade.
A Espanha tem repartido principalmente as suas exportações pela C. E. E. (45 por cento), pelo Reino Unido (27 por cento) e pela Escandinávia (16 por cento).
Assinala-se no trabalho da F. A. O., citado, que «a análise do consumo da uva de mesa nos países importadores revela que o seu nível em valor absoluto diminui em função da distância dos países exportadores, o que reflecte as dificuldades materiais levantadas pelo transporte de um género tão perecivel, e, consequentemente, a incidência dos seus elevados encargos sobre os preços de importação».13
O movimento das importações das uvas de mesa na Europa conheceu a evolução que se segue (quadro x).

12 Cf. J. Leão Ferreira de Almeida, «Vamos comer uvas de mesa», in Vida Rural, n.° 691, de 13 de Agosto de 1966.
13 L'Economie Vitivinicole Mondiale, p. 81.