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4 DE MARÇO DE 1948 288-(177)

QUADRO XV

Fios, tecidos, feltros respectivas obras

[Ver Quadro na Imagem]

Não necessitam de grandes comentários os números. Vê-se ter havido progresso nos algodões, mas uma grande baixa nas diversas mercadorias. Foi isso devido ao decréscimo na exportação de bordados da Madeira. Passou de 205:750 contos em 1946, sem contar com as remessas postais, para 98:084 em 1947.
Também os bordados dos Açores diminuíram de cerca de 20:000 contos para 11:754.
A situação dos dois arquipélagos deve ter-se ressentido deste importante decréscimo nas exportações, que vieram substituir durante a guerra as saídas de produtos naturais, como os vinhos e os ananases.

III

Produtos alimentares

12. Neste capítulo, a baixa em 1947 teve aspectos bastante graves. Ela atinge todas as rubricas e o conjunto alcançou a cifra de 370:608 contos. As bebidas e as pescarias, que é o mesmo que dizer os vinhos e as conservas, somam a quase totalidade do decréscimo, como se nota no quadro XVI, que segue:

QUADRO XVI

Substâncias alimentícias

[Ver Quadro na Imagem]

Não se pode ainda neste estágio de apuramento de números dar uma ideia completa do que se passou, nem é possível estabelecer em pormenor as causas da grande diminuição que estão relacionadas com a crise dos principais mercados europeus. No entanto marcam-se adiante alguns aspectos de maior interesse.
Diminuiu bastante a exportação de vinhos de todos os tipos e qualidades. Os comuns tintos, maduros, que haviam alcançado a cifra de 190:558 contos em 1946, não ultrapassaram a de 131:600 em 1947. Outro tanto aconteceu aos brancos, com a diminuição de 35:000 contos, números redondos, e aos verdes, embora nestes últimos a menor valia não atingisse 3:000 contos.
No vinho do Porto o decréscimo alcançou a cifra de 62:000 contos, mas o total ainda foi bem superior a 300:000 contos, o quê, considerada a crise, não parece ser mau.
O caso das conservas necessita de ser visto à luz dos principais mercados consumidores. O decréscimo na exportação assumiu um carácter sério na sardinha em azeite ou molhos.
De 444:000 contos enviados para fora do País em 1946, a exportação passou para 327:770 em 1947, menos cerca de 116:230 contos. Houve diminuições em todos os outros tipos de conservas, mas esta foi a mais importante.
A exportação total de conservas de peixe andou à roda de 580:000 contos em 1946 e não passou de cerca de 446:000 em 1947. A diferença para menos de uns 134:000 contos já deve ter afectado a indústria. Os prenúncios para 1948 não se antolham mais prometedores. No resto dos produtos alimentares houve acentuada baixa. Na amêndoa em miolo foi de mais de 50:000 contos, nas azeitonas de 16:000, e assim por diante.
Depositam-se nos comentários feitos atrás grandes esperanças na exportação de frutos e produtos hortícolas, mas os números de 1947 parecem contrariar o que se escreveu no texto sobre este assunto.

IV

Manufacturas diversas

13. Também neste capítulo se deu sensível baixa na exportação, como se deduz dos números insertos no quadro que a seguir se menciona e que se refere aos anos de 1946 e 1947.