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6 DE ABRIL DE 1957 592-(137)

E de notar que em todos os distritos a percentagem da exploração agrícola de conta própria é superior a 50 por cento. Nalguns casos, como no de Vila Real, atinge 75 por cento.
Pondo de Indo os distritos da Guarda e Viseu, onde se consideram apenas alguns concelhos, por ordem decrescente, as percentagens de conta própria são maiores em Trás-os-Montes do que no Minho: 75 e 65 por cento, respectivamente, em Vila Real e Bragança, contra 60 e 57 por cento em Viana do Castelo e Braga.
Em todos os casos são percentagens elevadas, mas as de Trás-os-Montes e Alto Douro ultrapassam as médias mais altas noutros distritos.
Deve ter-se em conta que a rubrica do distrito da Guarda apenas inclui o concelho de Vila Nova de Foz Côa e a do distrito de Viseu os concelhos de Armamar, Lamego, 8. João da Pesqueira e Tabuaço.

Distrito de Braga

7. Considerando o distrito de Braga, com 57 por certo de explorações agrícolas de conta própria, verificam-se sérias diferenças entre os vários concelhos. Nos de Braga, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Fafe e Guimarães, o número de explorações agrícolas de conta própria é ulterior a 50 por cento.
Um caso típico neste aspecto é o concelho de Braga, onde existem 2564 explorações agrícolas, das quais apenas 945 são de conta própria. As restantes ou são de renda ou subarrendamento ou mistas, havendo apenas 27 de parceria. Neste concelho predomina a renda ou subarrendamento, com 1346 explorações.
No concelho de Guimarães também a conta própria acusa percentagem inferior a 50 por cento - 2137 explorações, num total de 6140. A renda e subarrendamento predominam muito, com 3859 explorações. Neste concelho são estas as duas formas de exploração que preponderam.
Pareceria haver qualquer ligação com a actividade industrial dos concelhos - gente que deixa a agricultura para se dedicar u indústria. Contudo, em Vila Nova de Famalicão o número de explorações de conta própria é elevado, pois atinge 4630, num total de 7720. Aqui também tem interesse a renda e subarrendamento, embora em menor escala do que nos concelhos acima indicados.
Em quase todos os concelhos é reduzida a importância de outras formas de exploração.

Distrito de Viana do Castelo

8. Neste distrito a percentagem das explorações de conta própria atinge 60 por cento. Todos os concelhos, com excepção de Paredes de Coura e Vila Nova de Cerveira, têm mais de 50 por cento de explorações de conta própria. E até naqueles concelhos, se se adicionar o número de explorações de conta própria e renda e subarrendamento, que nalguns tem certa importância, a percentagem sobe bastante.
Em Arcos de Valdevez, com 7938 explorações, há 4039 de conta própria e 1814 de conta própria, renda ou subarrendamento. A exploração simples, de renda, vem a seguir, com 855 explorações.
Em Caminha, Monção e Melgaço a forma de exploração é essencialmente de conta própria, com percentagens que em dois casos, pelo menos - Melgaço e Monção -, sobem a 80 por cento.
São de assinalar as formas de exploração dos concelhos de Paredes de Coura e Vila Nova de Cerveira, onde a exploração por conta própria é inferior a 50 por cento. Nestas zonas a forma de exploração mista tem bastante relevo, tanto a da conta própria e renda ou subarrendamento e parceria, como a conta própria e parceria.
Finalmente, no concelho de Viana do Castelo as duas formas de exploração agrícola de maior relevo são a de conta própria, com 4497 explorações, e a de conta própria, renda ou subarrendamento, com 2669. É, neste aspecto, um dos concelhos mais equilibrados do distrito.

Distrito de Bragança

9. Os problemas da economia deste distrito quase se resumem aos relacionados com a agricultura. Viu-se que a maior parte da sua população activa (perto de 90 por cento) se dedica a agricultura e pecuária e que a forma de exploração prevalecente é a de couta própria, ou 65 por cento do total, só ultrapassados por Vila Real.
O exame dos diversos concelhos mostra que em todos, menos no de Mirandela, prevalece a forma de exploração agrícola de conta própria. Nalguns casos, como o de Carrazeda de Ansiães. esta fornia de exploração é superior a 90 por cento do total das explorações - 3100 em 3900.
No concelho de Vinhais a percentagem aproxima-se de 80 por cento, e em Miranda do Douro a cifra é da ordem dos 70 por cento.
Em Mirandela, onde havia na data do inquérito 4300 explorações, as de conta própria somavam 2034. Neste concelho tem importância a exploração mista de conta própria, renda ou subarrendamento. Quer dizer: o empresário completa a sua exploração com terras arrendadas ou subarrendadas. Pode, pois, dizer-se que no concelho de Mirandela a exploração por conta própria agrupa maior número de prédios ou tem maior influência, dado que no grupo misto ela se contém em elevado grau.
Segue, assim, a tendência geral do distrito.

Distrito de Vila Real

10. A seguir a Bragança, o distrito do Norte com mais forte percentagem de população activa empregada na agricultura é o de Vila Real, com perto de 73 por cento.
A forma de exploração agrícola que prevalece é de conta própria, mais do que em qualquer outra região do País, pois atinge 75 por cento de todas as explorações agrícolas.
O distrito de Vila Real é, assim, um distrito de pequenos proprietários que exploram directamente a terra.
Se for considerado que há 10 por cento de explorações agrícolas sob a forma de conta própria, renda ou subarrendamento, nota-se a sua semelhança com Bragança. Neste distrito a percentagem das explorações agrícolas independentes é menor - 60 por cento. Mas, em compensação, a exploração mista sob a forma de couta própria, renda ou subarrendamento atinge 22 por cento. De qualquer modo, em Bragança parece haver tendência para fazer subir a percentagem de couta própria para nível idêntico ao de Vila Real.
Apenas um concelho - o de Mondim de Basto - tem percentagem de explorações de conta própria ligeiramente inferior a 50 por cento. Há nele 1668 explorações agrícolas e. destas, 800 são de conta própria, 200 de arrendamento, 385 de parceria e 244 de conta própria e parceria. Quer dizer: a forma de exploração em parceria tem bastante importância neste concelho.
Mas, de um modo geral, o que prevalece é a couta própria, que atinge 4208 explorações, num total de 4839, em Montalegre; 1347, num total de 1648, em Murça; 2182, num total de 2733, em Peso da Régua; 1274, num total de 1932, em Ribeira de Pena; 2178,