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11 DE ABRIL DE 1957 635

históricas, hábitos e conceitos de vida, moralidade individual e colectiva, anseios e aspirações.
Com Salazar, em que me abono, aqui quero repetir o que ele afirmou em discurso proferido na sede da União Nacional, em 16 de Março de 1933, sobre os «Conceitos económicos da nova Constituição»:

... que nem todo o avanço é progresso e que atraso pode ser apenas não se ter distanciado tanto dos princípios de uma economia nacional. Agora, como em dados momentos críticos, é preciso escolher, saber escolher e saber sacrificar - o acidental ao essencial, a matéria ao espírito, a grandeza ao equilíbrio, a riqueza à equidade, o desperdício à economia, a luta à cooperação ... Nós queremos ir na satisfação das reivindicações operárias, dentro da ordem, da justiça e do equilíbrio nacional, até onde não foram capazes de ir outros que prometeram chegar até ao fim.
Em conformidade com estes e outros princípios preestabelecidos se tem orientado inflexivelmente a política da Revolução Nacional, que em duas dezenas de anos deu ao País o mais acentuado impulso que regista a história da nossa administração pública.
Por isso, políticas de investimentos e sua reprodutividade, de crédito, fiscal, de lucros, de coordenação económica, de salários, de fontes de energia enfim, numa palavra que abrange todos os meios preconizados pelo ilustre Deputado avisante, política económica,- tom de continuar a subordinar-se a estes conceitos à princípios, que são verdadeiros em todas as épocas e perante todos os condicionalismos.
Foi através deles que conseguimos a paz e a tranquilidade em que vivemos e o prestígio sempre crescente, interno e externo, de quem os formulou e sabiamente os tem posto em acção.
Será ainda actuando em conformidade com eles que poderemos prosseguir na marcha ascendente que até aqui temos trazido, na certeza ide que venceremos todas as 'dificuldades que se no apresentem como resultantes de novas estruturas económicas que venham a estabelecer-se nesta Europa, que se encontra disposta a pôr em movimento todas as suas inesgotáveis virtualidades para reencontrar os caminhos abandonados por onde caminhou para as altas missões que no Mundo exercera.
O aviso prévio do Sr. Deputado Daniel Barbosa teve a virtude de fazer surgir nesta Assembleia Nacional, uma vez mais, a demonstração irrefragável, feita pelas suas próprias e fundamentais afirmações e pelas de quantos oradores já subiram a esta tribuna, de que o Governo da Nação impulsionou a vida económica e o uivei de vida do Paia até aos limites máximos que era possível alcançar dentro do condicionalismo de tempo e de meios em que autuou e do estado de ruína em que a Revolução Nacional encontrou a Nação.
Por isso podemos concluir, como Salazar concluiu no seu referido discurso sobre os «Conceitos económicos da nova Constituição»:
Os homens da actual situação política cumpriram com os seus deveres para serem a Nação.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão. O debate continuará em ordem do dia da sessão de amanhã.
Está encerrada a sessão.
Eram 19 horas e 15 minutos.

Srs. Deputados que entraram durante a sessão:

Alexandre Aranha Furtado de Mendonça.
Carlos Mantero Belard.
Joaquim Mendes do Amaral.
José Sarmento de Vasconcelos e Castro.
Tito Castelo Branco Arantes.

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

Alberto Cruz.
Amândio Rebelo de Figueiredo.
António Calheiros Lopes.
António da Purificação Vasconcelos Baptista Felgueiras.
António Russell de Sousa.
António dos Santos Carreto.
Augusto César Cerqueira Gomes.
Camilo António de Almeida Gama Lemos Mendonça.
Elísio de Oliveira Alves Pimenta.
João Carlos de Assis Pereira de Melo.
João Cerveira Pinto. João Maria Porto.
Joaquim de Moura Relvas.
José Gualberto de Sá Carneiro.
José dos Santos Bessa.
Manuel Cerqueira Gomes.
Manuel Colares Pereira.
Manuel Lopes de Almeida.
Manuel Marques Teixeira.
Manuel Trigueiros Sampaio.
D. Maria Leonor Correia Botelho.
Miguel Rodrigues Bastos.
Pedro Joaquim da Cunha Meneses Pinto Cardoso.
Sebastião Garcia Ramires.

O REDACTOR - Leopoldo Nunes.

IMPRENSA NACIONAL DE LISBOA