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1076 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 127

O Orador: - Já S. Ex.ª o Sr. Presidente da República lho testemunhou, em nome da Nação, quando da inauguração das obras de rega do vale do Sorraia.
Vila do Conde, como a cidade do Porto, onde ainda há poucos dias assistimos a grandiosas inaugurações, a que alguns dos meus ilustres colegas se referiram, sentem que têm no Sr. Eng.º Arantes e Oliveira, além do técnico distinto, o homem que sabe, como poucos,- atender àqueles pequenos problemas quo constituem para o povo as suas grandes aspirações. Esta forma de as realizar, na medida do possível, tem conquistado para o Governo de Salazar a confiança e a simpatia mesmo de alguns que dela andavam, arredados.
Não basta ser-se técnico, por muito competente que se seja; é indispensável o senso político do realizador.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Aliando uma qualidade à outra, o Pais sentirá que todos os seus grandes problemas poderão ser resolvidos a contento das suas populações, sem nunca se perder de vista o alto interesse nacional.
Vila do Conde ó bem um exemplo dê quanto é possível fazer-se para o seu engrandecimento, com a conjugação dos esforços daqueles que são directamente responsáveis pela sua administração e da boa. vontade e auxílio do Governo da Nação, que tão claramente tem sabido compreender e resolver os seus problemas.
Estou certo e confiante de que às realizações já projectadas ou em curso, outras se seguirão para sua completa valorização no plano nacional, a que tem jus pelos pergaminhos de uma terra cujo milénio já celebrou em 1953.
Vila do Conde, berço de um povo bom e bairrista e de coração generoso, agradece ao Governo, na pessoa de S. Exa. o Sr. Presidente do Conselho, tudo quanto já lhe foi concedido.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Santos Bessa: - Sr. Presidente: motivos vários me impediram de estar presente na primeira parte da sessão de ontem. Por isso mesmo me não foi possível usar da palavra para me referir à visita que S. Exa. o Presidente da República se dignou fazer a uma pequena zona do meu distrito. Outros colegas, com o brilho próprio da sua oratória e com o entusiasmo vibrante da sua formação política, expuseram perante a Câmara o que foi essa viagem triunfal do ilustre Chefe do Estado através dos distritos do Norte, no Porto, em Braga, em Guimarães, em Barcelos, em Viana do Castelo, por toda a parte onde o bom povo do Norte pôde dar expansão aos seus sentimentos de elevado patriotismo, dar testemunho incontestável da excelência dos seus deveres cívicos, envolver de carinhosa ternura a nobre figura' do ilustre visitante e afirmar exuberantemente a sua dedicação ao Regime e a sua confiança inabalável nos dirigentes da Revolução Nacional.
Também não quero deixar de trazer a esta Câmara <_ com='com' de='de' estado='estado' homenagens='homenagens' visitada='visitada' do='do' bem='bem' pelo='pelo' mais='mais' concedida='concedida' reconhecimento='reconhecimento' nem='nem' me='me' também='também' vivo='vivo' s.='s.' dispenso='dispenso' pela='pela' sabe='sabe' povos='povos' em='em' nome='nome' particular='particular' ao='ao' visita='visita' câmara='câmara' sobre='sobre' informação='informação' as='as' isso='isso' testemunhar='testemunhar' que='que' foi='foi' visita.br='visita.br' uma='uma' região='região' dos='dos' exa.='exa.' por='por' meramente='meramente' sei='sei' honra='honra' meu='meu' render='render' mas='mas' significado='significado' a='a' e='e' ilustre='ilustre' aqui='aqui' nosso='nosso' o='o' minhas='minhas' honrou='honrou' distrito.='distrito.' chefe='chefe' da='da'> Se é certo que o ilustre visitante não teve a envolvê-lo aquelas apoteóticas manifestações nem a beleza espectacular das grandes recepções que caracterizaram as jornadas do Norte, se é certo que a sua visita não foi assinalada pela inauguração de grandes obras que marcam o progresso material do Pais, é também certo que ela marca o interesse por uma grande obra que silenciosamente se vem executando e que foi, na realidade, assinalada constantemente pela presença da gente humilde, que das aldeias dos fundos dos vales e das lombas daquelas serras se deslocou em massa para vitoriar à sua passagem o Chefe do Estado, que pela primeira vez, ao longo dos séculos, pisava aquelas terras, para o saudar comovidamente e para lhe dizer da sua gratidão pela obra realizada. Nas suas primeiras palavras e nos seus rostos estavam bem patentes a alegria e a gratidão pelos benefícios recebidos e a confiança na prossecução da Revolução Nacional.
Pode parecer estranho que o Chefe do Estado tenha tomado a decisão de ver de perto o trabalho realizado nos perímetros florestais da Senhora das Necessidades, da serra da Aveleira e de S. Pedro de Açor e que tenha consagrado um domingo de bem merecido repouso a todo esse longo trajecto, em incómodo e fatigante, através das serras daquela Região. Ela serve para demonstrar o alto interesse que merecem ao ilustre Presidente da República todos os problemas importantes da vida da Nação e para testemunhar o seu desejo de acompanhar de perto, sem olhar a fadigas nem a sacrifícios, todos os trabalhos tendentes a melhorar as condições de vida dos povos e a enriquecer o património nacional.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Naquelas serras, em trabalho silencioso e persistente,, está-se realizando uma grande obra de valorização do solo nacional, chamando à produção terrenos até há pouco incultos. Ao mesmo tempo que brotam do solo milhões de plantas que hão-de aumentar, por si e pelos seus produtos, a riqueza nacional, combate-se a erosão e a correcção torrencial, rasgam-se muitas dezenas de quilómetros de largos e bem cuidados caminhos, que garantem o acesso a todas aquelas povoações serranas, e abrem-se perspectivas novas ao turismo nacional. Nesta zona, como nas demais a cargo dos serviços florestais, opera-se um trabalho continuo e sério de aumento da riqueza nacional. O Governo consagra-lhe, muito justamente, uma particular atenção, e por isso mesmo no I Plano de Fomento lhe destinou 464 000 contos e no II Plano 828 000 contos (incluindo o povoamento, o combate às epifitias e a investigação).
E bem a merece a nossa floresta, a floresta portuguesa, já que no último quinquénio as exportações das madeiras, dos resinosos, da cortiça e da pasta de papel andou por mais de 3 000 0001, representando cerca de 30 por cento da nossa exportação.
A floresta portuguesa cobre hoje cerca de 3 000 000 há - cerca de 33 por cento da área total do País- e tem um rendimento anual de cerca de 2 milhões de contos. Estimativas da maior confiança habilitam-nos a pensar que a aplicação dos planos de fomento elevará, daqui a anos, a área para 66 por cento e o rendimento anual para cerca de 5 milhões de contos.
Confiamos nos técnicos que estão à frente dos serviços, na sua perseverança, na sua tenacidade e na sua aversão a exibicionistas. Em silêncio, com aquele mesmo silêncio com que crescem as árvores, se abrem as flores e se sazonam os frutos, eles levarão a bom termo a extraordinária obra em que todos estamos empenhados.

O Sr. Alberto Cruz: - Muito bem!

O Orador: - Compreende-se bem esta atitude do ilustro Presidente da República querendo ver com os seus