O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

840 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 176

tudar se sim ou não é indispensável no interesse geral da economia portuguesa que a exportação da madeira de eucalipto seja sustada; se é conveniente ou não que os produtores portugueses de madeira de eucalipto sejam obrigados a vende-la sensivelmente mais barata para, alimentação da indústria interna do que poderiam faze-lo para abastecimento dos consumidores externos que, com interesse o avidez, vieram procurar esta matéria-prima entre nós.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Augusto Simões: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: o Orfeão Académico de Coimbra, vai comemorar, na próxima semana, o seu 80.º aniversário!
Herdeiro e mantenedor du muito nobres tradições e pergaminhos doutro da nobre Academia de Coimbra, por ele passaram muitas gerações do moços, de corações ardentes e alunas enfeitiçadas pelos sortilégios da arte e da benemerência que na linda cidade do Mondego, viveram dias felizes no encantamento e na irreverência, da vida estudantil ...
Mas não é um organismo qualquer o Orfeão Académico de Coimbra!...

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: -Se não houvera, a unir as belas páginas do seu tão longo historial, alguma coisa mais do que um mero pensamento de associarão, nunca essas páginas nos poderiam dar o testemunho dos destacados acontecimentos que assinalam desde que, em 1880, o que foi notável parlamentar desta Casa. o Dr. António Arroio, o fundou.
Arte e cavalheirismo, benemerência e música -nesta, o altíssimo teor do espiritualidade da sua polifonia, que comove e encanta, até ao arrebatamento- são as salientes virtualidades deste orfeão de jovens que sem embargo da sua. longa veterania, é tão jovem como eles nos 80 anos que vai comemorar!

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador:-Todas estas virtualidades, cultivadas e mantidas por sucessivas gerações de estudantes, são, de resto, o traço especifico da Academia de Coimbra, que pode orgulhar-se da elevada expressão dos seus muitos e valorosos organismos, dos melhores adentro do acervo dos bons valores nacionais.

Vozes: - Muito bem!

O Orador:-Assim, ao aparecer no tablado da vida a evidência, de um fasto como aquele quo vai ser comemorado. Jogo de todo o Portugal, assim metropolitano, como insular ou ultramarino - que em todas as latitudes se projecta a nossa pátria, e onde ela estiver estará, seguramente, um estudante do Coimbra-, se ergue uma saudade e a juventude renasce nas recordações de uma hora ou de um minuto que furam da nossa existência o que a perfumarão por toda a vida !
E por isso que, Sr. Presidente o Srs. Deputados, ao fazer aqui, hoje, este singelo apontamento de um momento da vida do Orfeão Académico do Coimbra, sei que assinalo uma data quo a todos é simpática!

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador:-É que todos nós, os que nele cantámos e os que apenas o admiramos, não podemos deixar de, comovidamente, em jeito de uma prece, lhe desejarmos que os 80 anos do agora só multipliquem no tempo e na ascensão gloriosa, para que o organismo que tantas vezes cantou Portugal aos Portugueses por esse Mundo de Cristo e no estrangeiro possa continuar na sua bendita tarefa de servir a arte, a benemerência o a própria causa de Portugal.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Carlos Coelho: - Sr. Presidente: a frequência e o modo como nesta Assembleia têm sido abordadas variadas facetas de problemas ligados ao turismo, em intervenções plenas do interesse o algumas bem exaustivas, denotam o reconhecimento do valor que justifícadamente se concede àquela actividade e ao mesmo tempo o desejo e a contribuição da Câmara para que se vinquem e alarguem as condições propiciadoras do seu rápido e frutuoso desenvolvimento.
Igual propósito nos move, o se porventura vamos reeditar afirmações por nós expendidas noutras circunstancias é para as culminar com um apelo que, embora já formulado por outras vias, tem agora a precisa oportunidade para se renovar, acrescendo-o da força e projecção que possam conceder-lhe o lugar donde é lançado.
No seguimento de sugestões que vinham de longe, mormente da Câmara Corporativa, quando em 1952 se pronunciou sobro um projecto do estatuto de turismo, o Governo, ao apresentar à Assembleia Nacional a proposta de lei de que veio a sair a Lei n.º 2082, incluiu na reforma a introduzir nos serviços de turismo a instituição das regiões de turismo.
Para a execução e regulamentação das disposições da lei, o Governo promulgou, em Março de 1957, o Decreto n.º 41 035, que criou as regiões de turismo, e entregou a sua administração a comissões regionais de turismo.
E fê-lo na convicção, que julgamos certa, de «haver casos em que verdadeiramente não se concebe a obtenção de resultados apreciáveis de uma acção de valorização turística senão no plano regional».
As comissões regionais de turismo surgiram, assim, como instrumentos com características completamente novas, na anterior organização periférica do turismo português.
Com plena autonomia administrativa e financeira o que até ali não acontecia -, as comissões regionais visam a valorização turística de espaços superconselhios pela junção de vários concelhos, ou zonas de turismo, com automática integração de órgãos locais de turismo já existentes nas áreas confiadas à sua jurisdição.
Pode dizer-se que representam uma tentativa coordenadora e polarizadora de posições por de mais fragmentárias para poderem resultar eficientes e serem ao mesmo tempo os veículos apropriados através dos quais se concretize o apoio e auxilio efectivos que o Estado entendeu dever facultar ao impulsionamento do turismo nacional.
Desta forma, as regiões de turismo devem surgir naqueles relativamente grandes espaços quo resultam da associação de núcleos múltiplos com feições turísticas afins, mas sobretudo que sujam tributários o centrados por um motivo turístico comum de forte e indiscutível valor.
Todas as possibilidades e valores que integram o agregado regional devem visar primordialmente o desenvolvimento do motivo turístico dominante com força e projecção bastantes para desencadear uma corrente turística para a região.