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22 DE FEVEREIRO DE 1961 465

valiosa ajuda. A roupa é pouca e quando se pretende tapar a cabeça destapam-se os pés; o erário municipal não vê crescer em ritmo semelhante ao do aumento dos encargos as suas receitas. Ao invés, parece que se aliaram os poderes contrários no sentido de que as dificuldades cresçam de ano para ano; as populações vão sentindo cada vez mais as necessidades do progresso e a própria expansão económica do País vai exigindo maior capacidade de realização às autarquias locais. A conservação das instalações de determinados serviços públicos, os encargos com os doentes pobres e com a construção e conservação das escolas a electrificação rural e pública, o abastecimento de água, o aumento de ordenados do funcionalismo, para só falar nas últimas medidas em que a Administração Central contou com a colaboração local, são outras dores de cabeça que os heróicos magistrados municipais têm de resolver, numa ginástica de administração de que resultam processos não canónicos para os quais existe censura cuidadosa e pronta.
Supomos que os municipalistas, cheios de razão na defesa das suas damas, já vão ficando pelo caminho e na desoladora convicção de que a perdidos por um ..., perdidos por cem têm razão os presidentes das câmaras quando, correndo o risco de sanção moral dos superiores hierárquicos, desequilibram os seus parcos orçamentos para que as suas gentes, esquecidas pelas grandes iniciativas industriais, possam ter um mínimo de condições que transformem a província de lugar aprazível de férias em locais onde o trabalho permita o bem-estar dos seus naturais.
Ao terminarmos estas considerações reiteramos a admiração, mais uma vez, ao Ministro das Obras Públicas, que, confiante na certeza e justiça de uma política, presta na execução do seu programa de governo um bom serviço ao País e à sua gente, agradecida e trabalhadora.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: - Vou encerrar a sessão.
A próxima será amanhã, quarta-feira, com a mesma ordem do dia da de hoje.
Está encerrada a sessão.

Eram 18 horas e 30 minutos.

Srs. Deputados que faltaram, à sessão:

Adriano Duarte Silva.

Agnelo Orneias do Rego.
Alberto Cruz.
Américo da Costa Ramalho.
António Barbosa Abranches de Soveral.
António Pereira de Meireles Rocha Lacerda.
Augusto César Cerqueira Cromes.
Belchior Cardoso da Costa.
Carlos Coelho.
Carlos Monteiro do Amaral Neto.
Castilho Serpa do Rosário Noronha.
Duarte Pinto de Carvalho Freitas do Amaral.
João da Assunção da Cunha Valença.
João Maria Porto.
Joaquim Mendes do Amaral.
Joaquim Pais de Azevedo.
Joaquim de Pinho Brandão.
Jorge Pereira Jardim.
José António Ferreira Barbosa.
José Gonçalves de Araújo Novo.
José Guilherme de Melo e Castro.
Luís Maria da Silva Lima Faleiro.
Manuel Cerqueira Gomes.
Manuel Homem Albuquerque Ferreira.
Manuel Maria de Lacerda de Sousa Aroso.
Manuel Nunes Fernandes.
Purxotoma Bamanata Quenin.
Ramiro Machado Valadão.
Vítor Manuel Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

O REDACTOR - Luís de Avillez.

IMPRENSA NACIONAL DE LISBOA