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13 DE MARÇO DE 1965 4543

lar-se no Instituto de Orientação e Assistência Técnica do Oeste, adstrito a Universidade de Salamanca (cf. Prof Otero Aenlle, Los Estúdios Regionales en el Desarrollo Económico).
Tem-se afirmado que desta devoção da Universidade pelos problemas regionais se tiram do» proveitos para a instituição actualizar a Universidade como órfão impulsionador e coordenador dos estudos e investigaras, abrir, em toda a sua amplitude, a Universidade à sociedade.
Renne Pleven, no preâmbulo do programar prestão de acção regional, salienta que a Universidade deve desempenhar um papel de relevo na França do futuro, acentuando que as Universidades das várias provi , nas constituirão um dos principais motores de ressurgimento económico regional. A investigação na Universidade, ou em centros coordenados por ela, disporá de n (tos financeiros mais eficazes, dado que a sociedade estará compenetrada da necessidade de apoiar a Universidade em proveito próprio. Por seu turno, os Poderes Públicos encontrarão nessa instituição algo que possa coadjuvá-los na implantação de novas actividades económicas, rompendo assim a Universidade com o seu tradicional isolamento ao participar abertamente na vida da Nação.
O apoio da Universidade de Coimbra ao desenvolvimento regional do Mondego será jubilosamente saudado por todos os que amam a velha Alma Mater e simultaneamente lutam pelo progresso económico-social do Centro do País.
A criação junto da Universidade de Coimbra de um instituto nos moldes do que no país vizinho se liga à Universidade de Salamanca talvez não fosse despropositada.
Tal instituto orientaria a racionalização do desenvolvimento económico-agrário e industrial da região do Mondego, mediante os indispensáveis trabalhos de investigação.
Para isso competir-lhe-ia, além do mais.

Estudar o melhor aproveitamento da riqueza agrícola, silvícola, pecuária, mineira e industrial da legião, fomentando a racionalização dal Agricultura, silvicultura e pecuária e a implantação das indústrias que se adaptem às possibilidade regionais.
Fomentar a investigação científica nos seus diversos aspectos;
Pôr os respectivos serviços técnicos à d posição das actividades privadas, tanto no que resta ao controle das matérias-primas como dos produtos acabados;
Estudar os mercados internos e exterior com vista à valorização do comércio regional.
Proceder à divulgação científica em colaboração com outros organismos ou instituições.
Realizar outros fins, segundo directivas da Universidade ou do Instituto de Alta Cultura.

O ensino e a formação profissional são e mentos essenciais a qualquer plano de desenvolvimento À Universidade apoia, em nível superior, tal desígnio Mas o sucesso de um esforço de desenvolvimento depende de uma utilização integral de todos os meios aã valorização humana, desde a escola à Universidade (cf. mor exemplo, a publicação da O N. U L'eneignement et la formation profissionnelle, 1964).
Excede os limites dos meus propósitos abordar, neste momento, em toda a sua extensão, tão relevante problema Voltarei, contudo, a uma questão quina advoguei, algumas vezes, nesta Assembleia a restauração do Instituto Comercial e Industrial em Coimbra.
A própria Universidade de Coimbra reconheceu publicamente a importância e a oportunidade de um instituto desta natureza Isto reforça a convicção dos que se têm batido por ele.
Assiste-se em Portugal ao fenómeno estranho, e não menos grave, de serem as conclusões do ensino superior em número mais elevado do que as do ensino médio, impondo-se remover as causas que têm provocado a existência da acentuada penúria de técnicos de grau médio, absolutamente indispensáveis na fase de expansão industrial que o País atravessa (cf. o relatório Analise Quantitativa da Estrutura Escolar Portuguesa, 1950-1959).
Na verdade, esta insuficiência de diplomados do ensino médio (institutos industriais e comerciais e escolas de regentes agrícolas) - que na sua totalidade constituem apenas 0,4 por cento da população activa é ainda mais flagrante quando se observa a relação entre técnicos superiores e técnicos intermédios Enquanto nos países industrializados essa relação é de 1/3, 1/4 ou, até, 1/6, em Portugal, em 1960, era de 1,5/1 (cf. o relatório Evolução da Estrutura Escolar Portuguesa - Previsão para 1975).
A situação parece, de resto, agravar-se Em 1952-1953 terminaram o curso nos institutos industriais 209 alunos, em 1962-1963 o número de conclusões não foi além de 71 Quanto aos institutos comerciais, as conclusões baixaram, no mesmo período, de 91 para 60.
Quero prestar homenagem ao interesse posto pelos Srs. Ministros da Educação Nacional, Prof Galvão Teles, e da Economia, Prof Teixeira Pinto, na instalação em Coimbra de um instituto industrial O apoio que uma iniciativa desta natureza encontra em toda a população da cidade é por outro lado o melhor penhor do seu êxito.
Ainda a propósito do espírito de actualização e de colaboração manifestado pela Universidade de Coimbra se poderia falar no apoio aos Estudos Gerais Universitários, nos contactos internacionais, no Gabinete de Higiene e Segurança do Trabalho, no Centro de Estudos Corporativos, no curso de especialização têxtil, nos cursos de férias e no Museu Monográfico de Conímbriga.
Também eu desejo deixar aqui uma palavra de evocação e comovida homenagem aos estudantes que no ultramar caíram em defesa da Pátria. O seu sacrifício heróico foi ainda um testemunho de fidelidade ao espírito universitário.
A Universidade de Coimbra honra-se de colaborar na patriótica valorização da Universidade portuguesa através do maior apoio aos Estudos Gerais Universitários de Angola e de Moçambique.
Já no relatório de 1962-1963 o magnífico reitor salientava que de Coimbra se tinham deslocado para os Estudos Gerais quatro professores catedráticos, dois professores extraordinários, um primeiro-assistente e nove segundos-assistentes
O que toda a Nação deseja é que esta colaboração se intensifique para prestígio da Universidade portuguesa e maior coesão entre os Portugueses de todo o Mundo.
A colaboração internacional universitária acentua-se por todo o Mundo Este estado de espírito não é estranho à Universidade de Coimbra, que nos períodos áureos da sua história se caracterizou precisamente pelos contactos com os grandes centros intelectuais europeus Devem, pois, prodigalizar-se à Universidade todos os meios para que tal intercâmbio se intensifique.
Merece uma referência especial o caso dos bolseiros. Nos últimos anos, beneficiando de bolsas de estudo concedidas por numerosas instituições, um número elevado de assistentes e pessoal técnico tem completado a sua preparação no estrangeiro Impõe-se que o Estado apoie tal