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21 DE ABRIL DE 1965 4743

de estender os seus voos até aos Estados Unidos e mais de 600000 açorianos, ela só em escassa medida solvei os problemas da emigração, do comércio e dos outros interesses pessoais que movimentam, na actualidade, mais de 30000 passageiros, mais de 100t de carga e mais de 200 t de correio nos dois sentidos
Os Açores, salvo na ligação aérea com a como se viu, não satisfaz completamente ( nela se haver eliminado a tarifa de excursão), pois na dependência principal dos aviões estrangeiros destas ilhas se vão a pouco e pouco ausentando motivo da evolução técnica dos aparelhos, por múltiplos e desalentadores obstáculos pôs próprios à sua acção.
Assim, desde que a TAP estabeleceu a sua carreira semanal para os Açores, logo as outras companhias foram obrigadas a dai-lhe 18 por cento das importâncias cobradas nas passagens do trajecto Lisboa-Santa Maria Lisboa, diminuindo de igual volume ou reduzido a zero os seus já minguados lucos.
Enquanto as taxas de utilização do aeroporto se mantiveram em 25$ por tonelada até Dezembro passado e só este ano subiram para 30$) em Santa Maria estas taxas foram sempre de 50$, o que eleva o custo das aterragens e das descolagens dos grandes aviões, neste aeroporto, de 4000$ para mais de 7000:
Os vastos consulares nos passaportes, que Lisboa não exige, continuam a ser obrigatórios em Santa Maria para os cidadãos do Canadá e dos Estados Unidos incluindo os luso-americanos que todos os anos acorrem ao arquipélago em mera tomagem de saudade.
Porquê e para que todos estes ónus e todas estas pelas?
Para que os Açorianos não confraternizem, em demas a com os seus irmãos da Madeira ou vice-versa?
Para acabar de vez com as carreiras estrangeiras como se prova atrás, são indispensáveis à vida do arquipélago?
Para diminua ou impedir o afluxo turístico ou canadiano àquelas ilhas ou a visita periódica dos emigrantes a terra dos seus maiores?
Não creio que semelhantes determina tão tristes quão negregados fins.
O que deve haver em tudo isto é uma et comercial. É supor que mais vale obter de poucos escasso lucro imediato, com apertada fiscalização penalização daqueles que são obrigados a aceitai condições impostas, do que conseguir mais ventos futuros, através de facilidades e do barateamento que promovam o agrado e a mobilização de maior número de viajantes e, portanto avultada massa contribuinte.
Mas não são só estes desajustamentos que na hora actual, as comunicações aéreas dos Açores.
Na parte central e ocidental do arquipélago pá ainda seis ilhas, com mais de 74000 habitantes, que, por ficarem a grandes distâncias de Santa Mana, tão grande que em certos casos excedem 200 milhas (Flores e Corvo), quase estão impossibilitadas de utilizar os meios aéreos.
Não dispondo de portos capazes, a não ser na Horta, o seu isolamento é tão grande e o seu comercio que as populações se limitam a uma pobre economia de subsistência a extraída do próprio solo ou do próprio mar onde quase só umas dúzias de cabeças de gado litros de óleo de baleia se exportam, na roda através de pequenos barcos, que, partindo das m anfractuosidades naturais das costas atingem penosamente, os nativos que pairam ao largo nas quadras de bom tempo. Com tão elementares condições de vida estas ilhas precisam, como de pão para a boca, de portos e aeroportos que as façam despertar do marasmo da tristeza em que têm vegetado.
Não se exigem grandes realizações, mas pedem-se pequenos ancoradouros e pequenas pistas de aterragem e de descolagem que permitam modificar esta deplorável situação.
E entre estas realizações é o aeroporto do Faial aquele que se impõe com mais urgência.
Ele chegou a ter já à sua disposição uma pequena verba (2000 contos) e um primeiro estudo.
Pela sua construção imediata sabemos que muito se empenhou o Sr. Ministro das Comunicações, tal como já o havia feito aquando da melhoria das telecomunicações telegráficas e telefónicas dos Açores e do novo aeroporto de S. Miguel, bem como a Direcção-Geral da Aeronáutica Civil, que nunca se poupa a esforços para bem corresponder aos trabalhos que lhe são cometidos.
Preciso é, porém, que o Conselho Económico tome plena consciência desta imperiosa necessidade e converta em lealdade, tão breve quanto possível, as vagas alusões que o Plano Intercalar de Fomento lhe consigna.

Para os Açores, ilhas pequenas e despesas no meio do oceano, onde vivem mais de 330000 portugueses de boa lei, as comunicações marítimas e aéreas não são só poderosos agentes de desenvolvimento económico, são meios imprescindíveis de sobrevivência.

Vejamos agora o que se passa em S. Miguel
S. Miguel, ilha maior e de mais densa demografia, como atrás se disse, possui, desde o termo da última guerra, um reduzido aeroporto de terra batida que, por não oferecer boas condições de segurança a aviões de médio ou grande porte e não ser susceptível de suficiente ampliação no futuro, foi sempre objecto de múltiplos reparos e justificados queixumes por pai te dos seus utentes
Na verdade, o «aeroporto» ou «aerovacas» de Santana (como ironicamente o apelidam) nunca satisfez, cabalmente, a sua função, nem mesmo no início da bua vida civil, quando o seu movimento era ainda diminuto.

Agora, porém, que a ele acorrem mais de 15 000 pessoas para embarcarem e desembarcarem, com correio e mercadorias que ultrapassam a centena de toneladas anualmente, essa incapacidade, gerando enormes aglomerações de passageiros e de encomendas (que ficam aguardando, em arreliantes listas de espera, a sua vez), tornou-se não só agoniante, mas altamente lesiva dos interesses da terra e da sua população.
A S A T A , no desejo de enfrentar, com melhor e mais amplo serviço, tão notável aumento de tráfego comercial, adquiriu recentemente dois Dakota, de 30 lugares, para reforçar a exígua capacidade dos dois pequenos Dover, de 8, que há muito possuía.
As precárias condições das pistas, não permitindo, porém, a actuação destas unidades mais pesadas, com todo o tempo, reduziram, em larga medida, as possibilidades da melhoria que se esperava, continuando, pois, irregulares e insuficientes, em certos dias, as ligações aéreas desta ilha com Santa Mana e Terceira.
Mas estas ocasionais contrariedades não devem demorar muito
E não devem durar porque o Estado, apercebendo-se, alfim, de tão difícil situação e indo ao encontro de repetidos e clamorosos apelos de muitos anos, ordenou que