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16 DE MARÇO DE 1967 1481

para avaLar da falta que lhe faz quanto acima deixámos exposto, sem coisas negras a toldarem o horizonte, mas também com poucos laivos de luz rosácea como a verdade requer
As gentes do distrito de Bragança pedem isto a quem de direito. Entre nós, convenhamos que não pedem muito, e o que podem é de interna justiça

Vozes: -Muito bem!

O Orador:-Esperemos que ela lhes seja feita - a eles e a todos os mais, pois parece que por outras terras se ouviram uivos de lobo. Que se faço de modo que por entre o arvoredo que já veio ou vai outra coisa se não ouça que suai es gorjeios de rouxinol.

Vozes: -Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentada.

O Sr José Alberto de Carvalho: - Sr. Presidente. Algumas noticias ultimamente trazidas a publico merecem atente meditação na medida em que traduzem claramente a preocupação dos responsáveis quanto ao futuro da civilização que é a nossa. Uma mostra-nos a profunda preocupação da Santa Sé quanto ao destino para que no campo da moral e dos bons costumes se encaminha a juventude nos diferentes países o que a leva a recomendar aos governos que caem o ministério da saúde moral a outra mana-nos a batalha travada pela policia na Inglaterra a fim de salvaguardar da uma moral e física a sua juventude pedida já nos trágicos caminhos do vicio e da designação.
Por nossa casa muito embora não tenhamos ainda uma situação que de verdade se possa considerar como de use alguns indícios aconselham-nos a que tratemos de pôr trancas na porta caso queríamos continuar a Ter na juventude o escol que permite repousar sobre o futuro da Nação. Como já mais de uma vez foi dito aqui e necessário tornar validas as leis que possuímos de protecção moral aos menores de censura aos espectáculos e a [...] de cuidados que os quiosques e as [...] pensem mais em exibir revistas decentes e [...] formativos do que em documentarem as suas exposições com os mais nus dos nus que as revistas exibem que a violência, o ódio o roubo a pornografia, abandonem o seu ascendente sobre os espectáculos da televisão e do cinema e que a luxuria e o erotismo deixem de construir o prato preferido pela literatura que se vê nas montras das [...] ou se escondem a meia evidencia no seu interior numa aperfeiçoada técnica psicológica de vendas.
Não basta que se inicie uma campanha de repressão, de boa vontade ou de educação dos pais, ao jeito de campanha relâmpago de grande aparato com [...] e exibicionismo para «inglês ver», o que é preciso é uma acção persistente estudada persuasória com base num plano previamente traçado com fins de continuidade e de assistência aos menos preparados para realizarem a selecção da Intentara que adquiram para vender. Talvez que na verdade fosse de pensar na organização de um departamento especialmente preparado para isso sob a égide do Ministério da Educação Nacional, que só assim poderá ser um ministério da educação departamento provido por pessoas capazes e não com lugares preenchidos por pessoas sem a mais pequena preparação pedagógica ou sociológica e que possam dar garantia de eficiência. Numa luta a que temos de travar neste campo não se compadecem as necessidades de bons resultados com os compadrios ou as acumulações em sentido de composição de vencimentos insuficientes, o que é preciso é que a organização satisfaça os fins em vista e os elementos tenham as condições indispensáveis para fazer vencer a iniciativa.
Mas Sr. Presidente ao mesmo tempo que sinto a necessidade de trazer mais uma vez a esta tribuna a minha palavra relativamente a problemas de educação, não posso deixar de considerar factos que me preocupam e que constituem a confirmação de receios por mim expressos anteriormente. Já disse um dia e para ninguém é isto novidade que educação e instrução devem andar ligadas pois que somente pela capacidade de compreensão e possível daí á pessoa os elementos indispensáveis para que realize juízos de valor. O tempo em que os conceitos [...] transmitidos por decantação - seja-se permitido o termo - foi ultrapassado há muito e hoje as crianças desejam saber a razão valorativa e conceitual da regra que se lhes apresenta. Para mais e melhor educação é necessária também mais e melhor instrução. É neste sentido que vem trabalhando o Ministro da Educação Nacional, o Prof. Doutor Galvão Teles, o qual nos vai anunciando progressivamente as reformas legais que a folha oficial vai publicando. Procura-se assim melhorar e tornar mais obrigatório o ensino no sentido de abarcar em maior extensão as capacidades validas da Nação qualquer que seja o ambiente ou a lugar em que elas se situem. Certamente toda a Nação e nesse contentamento se satisfaz a grande esperança que todos temos de que brevemente se efective uma verdadeira política de educação nacional que bem desejávamos já tivesse tido concretização. É esta condicional que novamente me traz a pôr a questão agora que se vão encerar os trabalhadores desta Assembleia os quais sòmente voltarão a abrir a um ano de iniciada a obrigatoriedade de frequência de cinco anos de escola primaria o que aumentará em 50 por cento a frequência daquelas escolas. Para que esse alargamento de obrigatoriedade se possa concretizar há que resolver duas questões que hoje são ,motivo de preocupação a falta de professores e a falta de salas.
Pois reside precisamente na preocupação que actualmente constituem estes aspectos a razão que me traz de novo a encarar este assunto. Será apenas um apontamento em relação ao panorama actual pois que as soluções certamente estarão a ser tomadas no bom sentido de forma que não falhe uma disposição legal que bem quiséramos ver cumprida em pleno.
Como já tive ocasião de dizer não é operante na boa interpretação dos conceitos de educação a substituição ou a simples subestimação da acção do agente educador na função de ensinar e educar. Sem professor não é possível levar-se a efeito um eficiente plano educativo pelo que se torna absolutamente indispensável cuidar de trazer á função as pessoas que a possam executar capazmente. Desta maneira será falsa o inoperante toda a planificação que não assente neste pressuposto, como serão inexpressivos os diplomas que se promulguem sem que em primeiro lugar se não cuide de criar os quadros docentes com capacidade suficiente de execução. Ora o panorama já por mais de uma vez debatido da preocupante falta de quadros ou da existência de situações de incapacidade dentro dos quadros existentes vem a agravar-se dia a dia levando a um recrutamento eventual sem a mínima preocupação de selecção de dotes morais ou simplesmente de bagagem cientifica ou qualidades docentes.
Na situação actual, os responsáveis pelo preenchimento dos quadros docentes vão-se satisfazer com a única ideia de conseguir unidades para a preenchimento dos