O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1502 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 82

índices dos países africanos, verificamos serem dos mais baixos de toda a África.
Em 1960, as taxas de mortalidade infantil e geral foram na União da África do Sul, referentes à população de cor, de 120 e 15,5 por mil, respectivamente No mesmo ano, essas taxas foram na então Federação das Rodésias e Niassalândia de 181 e 18,1 por mil.
Os dados que conseguimos coligir referentes a 1964, publicados pela Organização Mundial de Saúde, mostram--nos as seguintes taxas de mortalidade infantil e mortalidade geral nos países africanos que se seguem.

[Ver Quadro na Imagem].

Pena é não ter a Organização Mundial de Saúde elementos biostatísticos referentes aos restantes países africanos para podermos continuar a comparar com as nossas as suas taxas de mói t alidade infantil e geral. Tudo leva a crer não serem elas inferiores, em média, às que acabo de apresentar.
Sabemos que o problema da penúria de pessoal médico é geral em todos os países do Mundo e apresenta-se com uma acuidade dramática nos países subdesenvolvidos Em África há, em média, um médico por 35 000 habitantes. Fazendo a comparação com S Tomé e as restantes províncias ultramarinas, temos os seguintes números, referi entes a 1964.

S. Tomé e Príncipe - 1 médico por 3300 habitantes.
Cabo Verde - 1 médico por 4580 habitantes.
Angola - 1 médico por 12 000 habitantes.
Guiné - 1 médico por 15 400 habitantes.
Moçambique - 1 médico por 17 000 habitantes.

Apesar de não plenamente satisfeitos com o que se tem feito na província no que diz respeito à promoção p protecção da saúde das populações, não temos, contudo, do nos envergonhar, antes pelo contrário Também neste sector tanto S. Tomé e Príncipe, como os restantes territórios ultramarinos portugueses, não receiam confrontações.
São estas, Sr Presidente, as realidades quanto à nossa política de promoção dos povos africanos, realidades que, dentro e foi a do País, muitos ignoram e outros fingem ignorar.
Deus queira que em S. Tomé e Príncipe a grave situação financeira que a província atravessa não tenha a ser estorvo à continuação dessa política.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. António Santos da Ganha: - Sr. Presidente: Vai V. Exa. permitir-me que, antes das considerações que vou fazer o serão breves - e dando assim mais, uma vez largas ao espírito de benevolência quo sempre tem caracterizado a presidência desta Assembleia e no espírito de compreensão a que já uma vez chamei, não sei se indevidamente, espírito libérrimo que a caracteriza -, eu diga uma pequenina palavra para me associar às palavras que o Sr. Deputado Pinto Buli aqui pronunciou quanto a ida de um grupo de deputados à Guiné.
Foi na verdade uma extraordinária jornada. Foi consolador para nus ver a maneira como as populações de todas as feiras, todas as classes e todas as et as vieram saudar nas nossas pessoas o Portugal uno e indivisível.
E também nós sentimos uma grande saudade daquelas terras que ficámos a amai mais, JÁ que eu tenho paia mim que só se ama aquilo que se conhece.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente: É já tradição - tradição que o País entende e acompanha com o maior interesse - que o debate que precede a aprovação das Contas Gerais do Estado sirva de pretexto para que esta Assembleia, ao debruçar-se sobre as mesmas, possa também pronunciar-se quanto aos problemas económicos e sociais do País, tão intimamente ligados a sua vida financeira, a prioridade que n Administração deve dar a determinados investimentos e ainda aos cuidados a manter paia que a sã política de equilíbrio financeiro e solidez monetária que Salazar impôs a este país e é o segredo de todos os sucessos obtidos e esporados possa continuar fume como condição basilar do desenvolvimento económico da Nação.
Sr. Presidente Mais uma vez a Assembleia Nacional tem forçosamente de se sentir altamente dignificada ao examinar o parecer quê sobre as Contas Gerais do Estado emitiu a Comissão das Contas Públicas, devido ao proficiente e cuidadoso trabalho do seu egrégio relator é justo que ao Sr Deputado Eng.º José Dias de Araújo Correia, decotado servidor da Nação, se afirme o nosso reconhecimento e o nosso mais elevado apreço pelo seu magnífico trabalho.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Depois de uma constante labuta ao serviço da grei, aquele ilustre Deputado - exemplo digno de apontar -, com direito ao justo descanso que a lei lhe conferia, continua a debruçar-se beneditinamente sobre problema de tanta magnitude e a fazê-lo de uma maneira que podemos classificar de ímpar.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Verdadeiro monge das Contas Gerais do Estado, bem mereceu a alta distinão com que há tempos foi agraciado por S. Exa. o Sr. Presidente da República, a quem, do alto desta tribuna, e aproveitando a oportunidade que me é oferecida, afirmo mais uma vez a minha maior veneração, o meu maior respeito e o meu muito alto apreço.
Sr. Presidente Através do parecer a que acabo de me referir, podemos verificar que nem sempre têm sido respeitados os critérios de prioridade que as circunstâncias aconselham e, ameia, que se tornam necessários determinados investimentos cuja rentabilidade muito contribuiria para o bem-estar do povo português.
Já em considerações anteriormente feitas nesta Assembleia reclamei pulso forte na condução das finanças portuguesas. O momento reclama especial atenção e não se compadece com tibiezas ou transigências Pulso forte e coordenação, sem os quais forçosamente se virão a agravar alguns males que nos afligem, de entre os quais, para já, destaco o enorme desequilíbrio da nossa balança comercial