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7 DE NOVEMBRO DE 1967 1662-(155)

trias electrónicas, de construções eléctricas, químicas, de construção de máquinas e de material de transporte, comparadas com as nossas indústrias têxteis ou alimentares, que representam ainda grande parte da estrutura industrial portuguesa.

3. Se se pretender sintetizai: o complexo dos problemas que estão na base dos níveis de produtividade verificados em Portugal, encontraremos duas categorias de questões: a primeira referente a deficiências de informação e de investigação no domínio das técnicas de produtividade; a segunda ligada a omissões ou a insuficiências de acções neste domínio, tanto por falta de meios financeiros como pela não convergência dos objectivos prosseguidos e dos processos utilizados nas iniciativas que tiveram lugar até aqui.
O tratamento, com alguma intensidade e amplitude, das questões de produtividade do nosso país iniciou-se em 1959, tendo sido a partir dessa época lançadas pelo Estado, através do Instituto Nacional de Investigação Industrial (I. N. I. I.), numerosas acções de informação e de formação de dirigentes e quadros, não só na indústria, mas também em muitas outras actividades nacionais.
Desse esforço concertado tendente a estabelecer um sistema permanente de iniciação, aperfeiçoamento. e reciclagem em diversas técnicas, nomeadamente de organização, gestão e administração de empresas e serviços para dirigentes e quadros, superiores, merecem ser mencionadas algumas iniciativas que o Instituto desenvolveu por si ou em colaboração com outras entidades:

Realização de dois ciclos de conferências sobre produtividade e planeamento, que tiveram lugar em 1960 e 1961, nas Escolas Superiores de Engenharia e Economia e nas Associações Industriais de Lisboa e Porto;
Organização, desde Outubro de 1960 até Dezembro de 1966, de 250 cursos sobre ternas de interesse directo para o incremento da produtividade, em que participaram mais de 5000 dirigentes e quadros empresariais;
Realização de dois cursos pós-universitários de direcção, gestão e organização de empresas, em Lisboa e Porto, e onze séries de sessões de informação sobre modernas técnicas de direcção e gestão de empresas, nas Faculdades de Engenharia e Economia do Porto e nos Institutos Superiores Técnico, de Ciências Económicas e Financeiras e de Ciências Sociais e Política Ultramarina;
Organização de três debates para o progresso técnico, realizados em. Lisboa, Porto e Marinha Grande, com uma assistência total de mais de 500 industriais;
Organização de cinco estágios em França sobre técnicas de produtividade, com a duração de quatro a seis meses e o apoio da Embaixada da França e da Association pour l'Organisation des Stages en France.

No domínio da promoção e assistência técnica, têm-se efectuado diligências constantes junto de serviços, empresas, organismos profissionais o outros com vista a interessá-los em acções de produtividade, e promoveram-se colóquios e missões de produtividade ao estrangeiro nas indústrias do serração de madeiras, cerâmica (barro vermelho) e construção civil, em colaboração com os respectivos grémios, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas e Direcção-Geral dos Serviços Industriais.
Tem-se também realizado o diagnóstico e a solução de problemas particulares em algumas dezenas de empresas industriais, nomeadamente no aspecto de organização geral, organização da produção e selecção do pessoal, e apoiado grupos de estudo e de auto-organização constituídos por dirigentes e técnicos de empresas e serviços, tendo ainda o I. N. I. I. procedido à distribuição de bibliografia e informação sobre temas de produtividade.
No domínio dos estudos deve referir-se a realização de espectrogramas industriais (conservas de sardinha, fiação de algodão e serração de madeiras), medidas directas e indirectas de produtividade (na indústria de fiação e tecelagem de algodão e na indústria de fundição) à escala nacional e sectorial, e de dois estudos de natureza psicossociológica sobre «Razões do abandono da vida agrícola e dificuldades de adaptação do trabalhador de origem rural ao meio industrial e urbano» e «O aprendiz no meio industrial português».
Ainda no âmbito da Secretaria de Estado da Indústria, funciona, desde 11 de Outubro de 1965, o Grupo de Estudos de Produtividade Administrativa (G. E. P. A.), que tem desenvolvido diversas actividades em colaboração com o Gabinete de Organização e Métodos do Ministério das Obras Públicas (O. M. O. P.), designadamente a realização de dois colóquios para directores-gerais em Julho de 1965 e Novembro de 1966, com 40 participantes, e um primeiro curso do formação sobre produtividade administrativa, com a duração de três meses, de Abril a Julho de 1966.
No que diz respeito à Presidência do Conselho e outros Ministérios, cumpre salientar os estudos realizados pelo Grupo de Trabalho n.º 14 (Reforma Administrativa) da Comissão Interministerial de Planeamento e Integração Económica, nos quais o problema do incremento da produtividade dos serviços públicos é estudado nas suas linhas gerais e sugeridas providências de execução imediata.
No Ministério das Finanças, a Direcção-Geral da Contabilidade Pública, que foi o primeiro organismo oficial a ocupar-se em Portugal de problemas de produtividade, embora no exclusivo domínio da administração pública, mantém em funcionamento, desde 24 de Maio de 1945, o Gabinete de Estudos de António José Mealheiro, onde, ao lado de cursos de aperfeiçoamento do pessoal (11 cursos, quinze palestras, quatro colóquios e seminários), se têm estudado e posto em prática novos métodos de trabalho, com vista à simplificação da acção administrativa e maior eficácia da Administração.
O Laboratório Nacional de Engenharia Civil (L. N. E. C.), do Ministério das Obras Públicas, além da colaboração e apoio prestados a iniciativas de interesse comum, promoveu uma série de reuniões de sensibilização sobre técnicas modernas de produtividade nos estaleiros, a que assistiram cerca de 300 empreiteiros, e pôs em funcionamento, no seu Serviço de Edifícios e Pontes, um sector de produtividade e economia na construção civil e obras públicas, através do qual têm curso as seguintes principais actividades:

Estudo e divulgação dos métodos de programação de obras, com recurso às técnicas mais evoluídas, tais como as baseadas na análise do caminho crítico (P. E. R. T.);
Directivas para a coordenação dos diferentes intervenientes nas obras de construção civil e sua divulgação no meio técnico nacional;
Aperfeiçoamento dos principais documentos necessários para o projecto e execução das obras, mediante