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7 DE NOVEMBRO DE 1967 1662-(39)

QUADRO XIX

Novas operações realizadas pela Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência

(Metrópole)

[Ver tabela de imagem]

23. O confronto das taxas de progressão dos depósitos de particulares nos períodos de 1953-1960 e 1962-1964 mostra que a do último foi superior à do primeiro, apesar de a Caixa se estar a ressentir mais intensamente da concorrência bancária na captação de depósitos e, em menor grau, da emissão de certificados de aforro. Todavia, partindo do princípio de que serão tomadas as providências necessárias para limitar a acção dos factores desfavoráveis, admite-se que a taxa anual de crescimento dos depósitos da Caixa se possa estimar em 3,5 por cento, na hipótese de não se verificarem desequilíbrios na balança de pagamentos da zona do escudo. Nesta base, a extrapolação para 1973, a partir do saldo dos depósitos no fim de 1964, daria 10 302 000 contos.
Deste apuramento resulta o acréscimo de 2 743 000 contos para os depósitos de particulares no período de 1964-1973, dos quais cerca de 2 milhões de contos correspondem ao hexénio com termo em 1973.
A estimativa dos depósitos recolhidos pela Caixa deve incluir igualmente um cômputo relativo aos «depósitos necessários», ou sejam os depósitos efectuados ao abrigo de determinações legais. Estes depósitos, originados, na maioria, por disponibilidades do sector público, caracterizam-se por grande velocidade de rotação, o que não obsta a que se encare a sua comparticipação na origem dos fundos disponíveis para financiamentos. A acentuada mobilidade destes depósitos e as causas que impulsionaram as elevações dos saldos de determinados agrupamentos concorrem para que se não fixe em mais de 850 000 contos o montante que se estima poder aplicar em operações de crédito de tipo especial, do ponto de vista da sua rotação e implicitamente de liquidez.
Também o método de avaliação da poupança própria desta instituição financeira, proveniente do reforço anual dos seus fundos de reserva e de previsão, não poderá efectuar-se por mera extrapolação. Por um lado, parece inevitável ter de se contar com maiores encargos de pessoal e, por outro, considera-se a possibilidade de estimular os depositantes com elevações de taxas ou criação de condições especiais para os genuínos depósitos de poupança. Não parece, portanto, prudente aceitar-se que ultrapasse 750 000 contos o reforço dos fundos próprios das duas instituições da Caixa que desempenham funções de crédito -serviços privativos e Caixa Nacional de Crédito - ao longo do hexénio de 1968-1973, o que corresponde à média anual de 125 000 contos.
Assim, dado prever-se que o, volume de acréscimo da poupança formada nesta instituição financeira abrandará nos próximos anos, e não sendo de admitir que os «depósitos necessários», na quase totalidade provenientes do sector público ou por ele comandados, possam progredir em ritmo tão intenso como se verificou desde 1961, justifica-se se estime a expansão do montante das novas operações a taxa ligeiramente inferior à que se utilizou para os depósitos de particulares. Admitindo, portanto, uma taxa da ordem dos 2 3/4, montante das novas operações, calculado na base do valor médio de 1 milhão de contos no período de 1965-1967, situar-se-á em 6,6 milhões de contos de 1968 a 1973.
Para a confirmação deste valor, torna-se necessário supor que poderão aplicar-se em novas operações de crédito 80 por cento do acréscimo dos depósitos de particulares, assimiláveis a poupanças individuais, e um montante proveniente dos «depósitos necessários» que se computou em 850000 contos, a que se deverão adicionar 750000 contos referentes ao reforço dos fundos próprios no período considerado.
Finalmente, atendendo ao ritmo a que se têm processado as amortizações das operações contratadas a médio e longo prazos, estima-se o seu total em 2 milhões de contos no decurso dos seis anos em referência, fixando-se em 1 400 000 contos o reembolso provável das operações a curto prazo renovável.
O resumo dos dados anteriores permite justificar a estimativa da capacidade de financiamento para o período de 1968-1973, obtida por extrapolação:

Finalmente, atendendo a que os montantes das promissórias do fomento nacional que se vencerem no período de 1968-1973 poderão vir a ser reinvestidos em títulos da mesma natureza, na hipótese de a evolução da liquidez da Caixa não exigir a sua representação em disponibilidades