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7 DE NOVEMBRO DE 1967 1662-(677)

[Ver Quadro na Imagem].

A «Despesa de consumo dos organismos privados sem fins lucrativos», que pouca expressão assume na «Despesa de consumo privado» (cerca de 2 por cento), apresenta, ao longo do período analisado, um movimento ininterrupto e regular de crescimento.
A inclusão dos fluxos não monetários na «Despesa de consumo privado» faria quase sextuplicar os valores estimados para aquela despesa (em 1963: 184,9 e 1049,2 milhares de contos, respectivamente, sem e com inclusão de fluxos não monetários).

14. O quadro da origem do produto interno bruto revela o predomínio dos ramos de actividade «Agricultura, silvicultura, caça e pesca», «Comércio por grosso e a retalho», «Administração pública e defesa» e «Serviços», que, em conjunto, representam mais de 92 por cento do total do produto sobre os restantes, alguns dos quais («Transportes, entrepostos e comunicações» e «Propriedade de casas de habitação») não atingem 1 por cento na sua participação relativa. No quadro seguinte indica-se essa participação relativa a cada um dos ramos de actividade na formação do «Produto interno bruto aos preços do mercado» nos anos extremos do decénio 1953-1962:

[Ver Quadro na Imagem].

Sendo a economia de Timor essencialmente agrícola, não surpreende a posição de «Agricultura, silvicultura, caça e pesca» (32,5 por cento em 1962), mas poderia esperar-se que, pelo menos, a indústria transformadora dos seus produtos contribuísse para uma melhor posição do respectivo ramo do que aquela que apresenta. O comércio ocupa posição destacada (25,8 por cento), em natural paralelismo com a agricultura e silvicultura, e destacada é também a posição do Estado na formação do produto interno (17,9 por cento) e da economia geral. De assinalar o pouco relevo do ramo da «Propriedade de casas de habitação», praticamente sem contribuição no produto (0,2 por cento), já que toda a actividade neste ramo tem sido desenvolvida pelo Estado. Os «Serviços» são o outro ramo de actividade com saliente participação no produto interno bruto, mas é, de certo modo, uru mau sintoma o facto de a sua importância relativa ter decaído (em 1953: 18,7 por cento; em 1962: 15,9 por cento).
Analisando a evolução do «Produto interno bruto ao custo dos factores» (a preços constantes) no período considerado (1953-1962), observa-se que o mesmo apresenta um movimento alternado de descida e subida, bastante perturbado, mas sem deixar de revelar uma tendência ascendente. Assim, entre 1953 e 1955, o produto baixa, subindo em 1956, para no ano seguinte voltar a descer; em 1958 sobe novamente, tornando a baixar em 1959 e 1960. Nos dois últimos anos (1961 e 1962) elevou-se aos seus maiores valores, o que permitiu definir-se a tendência ascendente assinalada.
Entre 1953 (193 milhares de contos) e 1962 (229,1 milhares de contos), o aumento foi apenas de 18,7 por cento (36,1 milhares de contos), o que corresponde a um acréscimo anual médio à volta de 2 por cento. Para este aumento contribuíram, de uma maneira geral, a maioria dos ramos de actividade económica. Excluem-se as «Indústrias extractivas», «Indústrias manufactureiras» e «Bancos, seguros e transacções sobre imobiliários», que apresentaram recessão, e «Transportes, entrepostos e comunicações» e «Serviços», que se mostram praticamente estacionários. A evolução mais firme foi a de «Administração pública e defesa», porquanto a «Agricultura, silvicultura, caça e pesca» esteve dependente de vários factores climatéricos e de comercialização, que lhe imprimiram um movimento muito perturbado; o «Comércio por grosso e a retalho» acompanhou paralelamente o movimento da actividade agrícola.
Em 1963, definiu-se melhor a tendência ascensional do produto interno bruto, que apresentou, nesse ano, o maior valor de sempre (268,9 milhares de contos), com uma taxa de acréscimo em relação ao ano anterior de 17,4 por cento, verdadeiramente notável se não fora o baixo nível do produto.
Este acréscimo foi devido, em especial, aos quatro ramos de actividade já referidos, acompanhados, no entanto, por todos os restantes. O maior aumento foi o acusado pela «Administração pública e defesa», por razões já deduzidas a propósito do rendimento nacional da província.

4. Relações económicas com o exterior

15. Constituem características fundamentais do comércio externo da província a forte dependência do sector primário e a fraca projecção das exportações, traduzida por uma balança comercial normalmente deficitária.
A partir de 1960 - ano em que mais baixaram tanto as importações como as exportações - regista-se uma progressão gradual do comércio externo.

16. As dez primeiras rubricas de importação indicadas no quadro seguinte denunciam uma certa concentração, com a posição máxima em 1965, perfazendo 56,3 por cento das importações totais.