O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

3234-(59)
21 DE FEVEREIRO DE 1969
Mas as perspectivas petrolíferas também se repetem nas zonas continentais do Congo, Ambriza e Cuanza, estando em curso prospecções em várias localidades.
A extracção de petróleo bruto decaiu, desde 1964, ano em que atingiu o máximo, de 904 700 t para 537 000 t, no valor de 254 000 contos.
Neste caso, como no do ferro, o valor unitário é baixo, cerca de 475$ por tonelada.
Mas as condições de exploração permitem resultados altamente remuneradores, em especial em regiões como as de Angola, próximas dos portos de embarque fàcilmente atingíveis por transporte por tubagens.
Durante o ano de 1967 nove minas de manganês e outros metais estiveram em laboração, mas o seu contributo para a economia de Angola foi modesto.
Indústrias transformadoras
8. Estimativas de diversa origem elevam o produto das indústrias transformadoras a cerca de 4 milhões de contos, mais 290 000 contos do que no ano anterior.
Estas indústrias tiveram grande increm,ento desde 1962. O seu valor quase duplicou no espaço de cinco anos, o que é notável. O ritmo de aumento afrouxou em 1967.
As indústrias transformadoras de maior relevo são as seguintes:
Contos
Bebidas................ 511 000
Produtos refinados (derivados do petróleo
bruto)............... 591 600
Tabaco................. 271 000
Produtos minerais não metálicos..... 266 000
Têxteis................ 477 000
Nas indústrias de alimentação destaca-se a cerveja, que produziu 45 789 000 l, no valor de 400 909 contos. A produção de cimento subiu para 179 832 contos, correspondentes a 279 000 t.
Além da pesca, já mencionada, há as indústrias têxteis, de moagem, de papel e pasta, de açúcar, de bebidas e químicas, estas últimas com 458 000 contos de produção.
Mas a produção de óleos e gorduras vegetais está muito longe do que poderia ser.
Também merece referência a fabricação de produtos metálicos, em progresso. A taxa média de crescimento destas indústrias nos últimos cinco anos atingiu 43,5 por cento.
As leves referências que acabam de fazer-se não incluem a indústria de petróleo, no valor de 591 500 contos. A produção da refinaria de Luanda foi inferior à do ano antecedente. Elevou-se a 591 602 t, quase inteiramente consumida na província.
Com o desenvolvimento da extracção de petróleo bruto, estas indústrias têm diante de si um futuro de grande relevo na economia provincial.
Bens e serviços
9. A estatística da província não permite ainda dar uma ideia aproximada dos bens e serviços, mas vale a pena nomear alguns e examinar a sua evolução.
A energia ocupa em todos os países uma posição' que por si só dá o seu grau de progresso. E a base da produtividade nos países industriais.
Em Angola a produção de energia em 1967 elevou-se a 391 000 000 kWh para um consumo de 373 000000 kWh. 0 aumento seguiu-se à construção da Central de Cambambe, no Cuanza, já conhecida dos leitores dos pareceres. Produziu cerca de 185 milhões de unidades. Luanda, com 173 000 000 kWh, é o maior consumidor da província, vindo, a seguir os distritos de Benguela (93 000 000 kWh) e da Lunda (42 000 000 kWh). O aumento do consumo em 1967 foi da ordem dos 11,5 por cento.
As centrais hidroeléctricas de maior potência são as de Cambambe, Alto Catumbela, que produziu cerca de 74 000 000 kWh, e Matala, explorada pela Junta Provincial de Electrificação, com a produção de 18 500 000 kWh.
10. Uma das actividades de grande relevo na economia de Angola é constituída pelo sistema de portos e caminhos de ferro. O movimento de passageiros evolui lentamente e é mais intenso nos caminhos de ferro de Benguela (829 000) e de Luanda (569 000).
Em 1967 a carga transportada diminuiu no caminho de ferro de Luanda (419 400 t) e aumentou no caminho de ferro de Benguela (1 804 000 t) e em elevado grau no caminho de ferro de Moçâmedes, onde subiu de 291 000 t para 938 000 t, em consequência do transporte de minérios de ferro.
Em 1967 houve um acréscimo de 6 por cento no transporte de passageiros e de 28 por cento na carga, em especial nos caminhos de ferro de Benguela e Moçâmedes, porque desceu no de Luanda.
No caso dos portos, Luanda e o Lobito destacam-se quer em entradas e saídas de navios, quer em passageiros e carga.
Os dois portos de Moçâmedes, onde se instalou um porto mineiro, e o de Cabinda, como servidor do complexo petrolífero, têm um grande futuro.
Em 1967 a carga manuseada aumentou ligeiramente em Luanda e desceu muito no porto do Lobito.
Comércio externo
11.0 desequilíbrio negativo de 10601886 contos ó grave e vem a seguir a uma série de saldos positivos. Num ano, o de, 1964, o saldo positivo foi da ordem dos 1 153 300 contos, e ainda em 1966 o saldo se fixara em 412 000 contos, números redondos.
A explicação do grande salto em sentido negativo será dada mais adiante.
Apenas se dirá agora que é preciso envidar todos os esforços no sentido de evitar tão desagradável situação. A exploração de petróleo e de minérios de ferro auxiliará a balança do comércio talvez já em 1968. Mas devem tomar-se medidas no sentido de evitar consumos supérfluos, como aconteceu em 1967, que também influíram na balança.
O comércio externo resume-se no quadro seguinte:
[Ver Diário Original]
A última coluna indica o aumento de 1 951 080 contos nas importações, e apenas a maior valia de 478 410 contos nas exportações. O desequilíbrio entre os dois anos atingiu 1472 670 contos.