O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

19 DE JANEIRO DE 1973 4195

Maio), em sacos de papel de 20 kg, para os mesmos mercados - e atrevemo-nos a acrescentar, também para o nosso.
4) Cebola. - Competindo com a desidratada, possibilidades de exportação de cebola fresca para o Reino Unido e Escandinávia, em redes de plástico vermelho contendo 25 kg cada, de variedade similar à Grano da bem sucedida exportação espanhola.
5) Cenouras. - Sem menosprezar cenouras industrializadas e enlatadas, potencial se afirma para cenouras frescas finas do tipo «Amesterdam Forcing» produzidas no cedo (de fins da Primavera até Junho) para o Reino Unido e Suécia, lavadas, raspadas e pré-embaladas em sacos de polythene contendo 250 g cada; por sua vez embalados em sacos de papel com 20 kg.
7) Pimentos. - Produto relativamente novo nos mercados do Norte da Europa, tem encontrado larga expansão ultimamente e mais promete continuar, oferecendo interessantes possibilidades tanto em cultura ao ar livre como sob plástico, a exportar em caixas de madeira ou cartão contendo 5 kg ou 10 kg.
8) Couve-flor. - Baixa prioridade, a menos que se trate da mini-couve-flór ou das novas variedades híbridas australianas que outros vão descobrindo e antecipando na colheita das margens brutas da inovação.
9) Pepinos. - Boas perspectivas no período de Dezembro a Maio para pepinos sem sementes do tipo «Sporn» ou outros híbridos, embrulhados individualmente e embalados em caixas de madeira ou cartão, com destino a Inglaterra ou Suécia.
10) Espargos. - Produto de luxo de alto preço, parece oferecer interessantes oportunidades e deve merecer lugar prioritário nas nossas exportações, quer para o Reino Unido (espargo verde), quer para outros mercados (do tipo branco), embalados em caixas de madeira ou cartão.
11) Feijão verde. - Apesar da concorrência do produto congelado, enlatado e desidratado de alta qualidade, persistem oportunidades de colocação do produto fresco no mercado inglês nos fins da Primavera e princípios de Verão.
15) Beringelas.-Elevadas prioridades para variedades do tipo «Long Purple», exportáveis para todos os mercados, a uma temperatura vizinha de 10ºC e embalado em caixas de madeira ou cartão, contendo 5 kg ou 10 kg cada uma.
16) Tomate. - Apesar da temível concorrência da exportação do produto em fresco, por parte de outras regiões mais a sul, Marrocos, ilhas Canárias, etc., afirmam-se oportunidades de Janeiro a Abril, do tipo «Moneymaker», exportáveis sobretudo por via aérea em embalagens de 6 kg.
22) Rabanetes. - Possibilidades de exportação por frete aéreo de variedades diferentes, consoante os países de importação, em emlagens de fibra resistentes à água, contendo 40 molhos de 125 g cada um.
23) Cebola de salada. - Sobretudo se «de Primavera», do tipo bolbo pronunciado, para o comércio hoteleiro de primeira categoria, em ramos de 125 g, embalada em recipientes de 4 kg a 5 kg.

As demais espécies hortícolas consideradas não se afiguraram aos especialistas dos mercados deverem merecer, de momento, primeira prioridade.
Por aí se ajuizará das necessidades e características de uma nova horticultura e de novos hortelões - sem pejorativo na expressão - à escala intra-europeia ou mesmo internacional.
Como iremos corresponder em instrução e habilitação profissional agrárias, em investigação, em experimentação, em vulgarização, na criação de orgânicas institucionais e no funcionamento ide empresas ao (desafio assim lançado e ajudar a erguer essa nova horticultura, não já de quinteiro ou de quintal, mas «de vastos espaços geográficos, voltada para uma forte concorrência e dura competitividade internacional?
Não bastará pensar apenas - ainda quando seja necessário, e muito - no comércio exportador e nos transportes, no estabelecimento de múltiplos contactos e acordos que possam ser estabelecidos com os importadores, grossistas ou cadeias de retalho dos países dê importação. É necessário pensar mais vasto, profunda, integradamente.
Interessante remodelação orgânica veio a lume no Diário do Governo no período das férias grandes parlamentares do ano transacto e surge agora à luz do dia a respeito dos organismos de coordenação económica - mas, com surpresa, não vimos ao menos alterada em sua designação a Junta que dá pelo nome «de Nacional das Frutas» e cujas atribuições ou funções excedem largamente as que deveriam competir ao restrito sector da fruticultura metropolitana ou nacional - para estar de acordo com o nome, que não com as suas funções.
Que política o Governo se propõe seguir em tal matéria para o erguer de uma nova horticultura, «horticultura industrial» lhe chamam já, e o País colaborar?

O Sr. Casal-Ribeiro: - Sr. Presidente: Antes de iniciar a minha intervenção, desejava, como Deputado da Nação, aplaudir vivamente a doutrina expressa no artigo publicado pelo jornal Diário Popular no passado dia 13 sobre a nota emanada pela Secretaria Patriarcal de Lisboa.
Ele reflecte o pensamento da grande maioria dos portugueses conscientes do seu dever para com a Pátria. Daí a minha concordância e o meu aplauso.
Sr. Presidente: Começo estas palavras, que serão breves, embora a matéria que vou tratar seja da maior importância, com uma pergunta que constantemente e angustiadamente faço a mim próprio: para onde vamos?
O País sabe que em fins de Outubro do ano corrente será chamado a pronunciar-se sobre quem serão os Deputados que durante quatro anos devem representá-lo nesta Assembleia. Que me conste, estamos longe ainda do início da campanha eleitoral, pelo menos no que diz respeito à Acção Nacional Popular, e de acordo com o que se encontra estabelecido.